Um apartamento de dois dormitórios, duas vagas de garagem, entre 50 metros quadrados e 69 metros quadrados e na faixa de R$ 500 mil. Esse é o perfil do imóvel residencial mais desejado por investidores, segundo pesquisa da imobiliária Lopes.
O estudo também indica a preferência de 86% dos entrevistados pela aquisição de imóveis na planta, que se valorizam durante as obras.
O aumento de preços dos últimos anos é um grande atrativo para quem quer investir. Mas é preciso cuidado: a valorização não deve se repetir no mesmo ritmo, afirmam consultores.
Imóvel comercial atrai 'órfãos' da Bolsa e renda fixa
Segundo índice do Banco Central que mede a valorização dos imóveis no país, o aumento médio dos preços em 2010 foi de 20%. Em 2012, ficou em 3% e tende a permanecer nesse nível, dizem especialistas.
RETORNO MENSAL
Segundo o Secovi-SP (sindicato que representa as construtoras), as taxas de retorno do aluguel residencial são mais baixas que as do imóvel comercial, de cerca de 0,4% ao mês.
| Joel Silva/Folhapress |
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| Alberto Abe no imóvel que comprou como investimento |
Por isso, muitos investidores optam por comprar o imóvel para revenda. É o caso do empresário Alberto Abe, que possui sete apartamentos já prontos, adquiridos no lançamento das obras. Abe, que atua no mercado imobiliário há vinte anos, é hoje diretor da imobiliária Seiko.
Abe privilegia justamente a zona sul de São Paulo, a preferida de 38% dos entrevistados da Lopes. A Saúde é o bairro da zona sul favorito dos entrevistados.
O empresário afirma que tem retorno mensal de 3% e que nunca perdeu dinheiro.
Abe diz que, nos últimos anos, o número de vagas tornou-se um diferencial.
Muitos compradores optam até por adquirir um imóvel com um dormitório a menos que o desejado em troca de ter duas vagas de garagem, afirma. Apartamentos com duas vagas são os preferidos de 54% dos entrevistados.
As suítes foram citadas por 63% dos consultados na pesquisa como algo relevante, enquanto 34% afirmaram que não fazem questão.
Celso Petrucci, economista chefe do Secovi, diz que o investimento em imóveis residenciais para revenda pode contribuir para a queda de preços. Quando o investidor vê que não terá o retorno esperado revende por valores abaixo dos praticados. (CR)