Folha de S. Paulo


Crédito cresce menos no Sudeste e mais no Centro-Oeste, aponta BC

A expansão do crédito no Sudeste no trimestre encerrado em fevereiro de 2013 foi a mais fraca entre as regiões brasileiras. A região responde por 55% do mercado de crédito do país.

De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (7) pelo Banco Central, o crescimento dos empréstimos e financiamentos na região foi de 2,8% em relação aos três meses anteriores. O desempenho da região foi o único abaixo da média nacional, de 3,2%, na mesma base de comparação.

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O saldo das operações de crédito superiores a R$ 1 mil no Brasil chegou a R$ 2,293 bilhões em fevereiro. O incremento foi maior nas operações com famílias (3,4%) do que com empresas (3%).

Na leitura em 12 meses findos em fevereiro, o Sudeste, novamente, registra a menor expansão do crédito, de 15,2%, enquanto o crescimento dos empréstimos e financiamentos no Brasil como um todo nesse período foi de 16,4%. Nesse critério também, só o Sudeste tem expansão menor do que a do país.

CENTRO-OESTE

Na outra ponta, o Centro-Oeste é a região que apresenta o ritmo de crescimento mais intenso. No trimestre terminado em fevereiro, o crescimento foi de 4,4%.

Na região --que detém 9,5% do crédito total-- ocorre um comportamento distinto do verificado no restante do país. A expansão foi maior nas operações com empresas do que com famílias. O crédito às pessoas jurídicas aumentou 4,8% no trimestre enquanto o das pessoas físicas subiu 4%.

Em 12 meses findos em fevereiro deste ano, a expansão do crédito na região Centro-Oeste é de 21,3% --a maior do país. Enquanto o saldo das operações direcionadas às empresas subiu 27%, a alta dos empréstimos e financiamentos às famílias da região foi um pouco mais modesta, de 17,3%.

Depois do Centro-Oeste, o crescimento do crédito no trimestre foi maior no Norte (3,6%), no Sul (3,5%) e no Nordeste (3,3%), que antes era o responsável por liderar o avanço das carteiras. Na leitura em 12 meses findos em fevereiro, depois do líder, seguem Norte (17,7%), Nordeste (17,1%) e Sul (17%).

O BC afirma que o crédito direcionado às famílias foi puxado pelas expansões do financiamento imobiliário e pelo crédito consignado em todas as regiões do país. Contribuiu também o aumento do financiamento rural no Norte, Centro-Oeste e Sul.

No crédito às empresas, os destaques foram os aumentos dos financiamentos para administração pública --com exceção para os segmentos de saúde e educação-- seguida pelas contratações de empréstimos para empresas dos setores elétrico e de construção.

INADIMPLÊNCIA

O crescimento moderado do crédito ocorre em meio a uma pequena queda da inadimplência em todas as regiões do país, afirmou o BC

No período de 12 meses encerrados em fevereiro deste ano, a inadimplência manteve-se estável no Sudeste e recuou nas regiões Norte (0,1 ponto percentual), Nordeste (0,2 ponto percentual), Sul (0,2 ponto percentual) e Centro-Oeste (0,4 ponto percentual).

No trimestre encerrado em fevereiro, a inadimplência ficou em 4,3% no Norte, 4,1% no Nordeste, 3,1% no Sudeste, 2,9% no Sul e 3,2% no Centro-Oeste.

Nos indicadores mais atualizados da autoridade monetária, a inadimplência no segmento de recursos livres no país ficou em 5,5% em abril, estável em relação a março, quando encerrou uma trajetória de duas quedas consecutivas.


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