Os gastos com publicidade na internet brasileira deverão crescer 91% entre 2013 e 2017, segundo projeções da consultoria PwC, representando US$ 3,1 bilhões, uma taxa média anual de crescimento de 18,6%.
No mesmo período, a publicidade na TV aberta deve crescer 52%, segundo o estudo. Mesmo com crescimento menor, os gastos na TV serão quatro vezes maior que o online, totalizando US$ 12,3 bilhões.
A tendência, portanto, é que as mídias tradicionais continuem dominantes, mas com presença cada vez maior das plataformas digitais.
As receitas com assinatura de serviços de internet terão crescimento de 66% nesse período e alcançarão US$ 23,5 bilhões, estima a consultoria.
Segundo Estela Maris de Souza, responsável pela área de entretenimento e mídia da PwC, grandes investimentos em infraestrutura, impulsionados pela Copa do Mundo e pela Olimpíada no país, vão estimular o crescimento do setor de mídia na internet.
Nesse contexto, o Brasil se insere em um grupo de países cujo crescimento médio será de 11,6% no setor de mídia e entretenimento nos próximos anos, consequência do aumento da população urbana e do crescimento da classe média.
Até 2017, países em desenvolvimento, grupo no qual o Brasil está inserido, representarão 45% da banda larga no mundo, e 50% da internet móvel,. ainda de acordo com o estudo.
Segundo Souza, esse número está ligado ao maior número de habitantes nesses países, em comparação ao dos países desenvolvidos, que terão crescimento de 3,7%, mas com uma base de comparação muito maior.
TV POR ASSINATURA E INTERNET MÓVEL
O estudo também destacou o crescimento do país no mercado de TV por assinaturas. Em 2013, o Brasil ultrapassará Reino Unido, Canadá e Índia e se tornará o terceiro maior mercado do setor, que cresce com uma taxa média anual de 13% no país, estima a PwC.
Em relação à internet móvel, a taxa de penetração no país será de 19% até o fim do ano, mas chegará a 42% em 2017, devido aos incrementos de infraestrutura.
No gasto total com mídia e entretenimento, o Brasil se tornará o sétimo maior mercado do mundo em 2017, ultrapassando Canadá, Coreia do Sul e Itália.