Folha de S. Paulo


Com maior demanda, indústria de material de construção tenta baixar preços

O aumento da renda da população e a inclusão de 40 milhões de brasileiros na classe C tiveram impacto na indústria de material de construção.

Empresas têm lançado produtos segmentados, atendendo a uma população para quem o preço ainda é importante, mas já não é o único fator de decisão.

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"As empresas tiveram que, sem perder qualidade, ter produtos com custo que atendesse a essas famílias. Eventualmente, com simplificação de modelos e da parte estética", afirma Walter Cover, presidente da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção).

Neylor Brito, da Sasasaki (fabricante de suportes para janelas em aço e alumínio), afirma que a empresa precisou aumentar o número de fornecedores para que os preços não explodissem com o crescimento da demanda. Houve também, segundo ele, ganho de escala --quando o aumento da produção reduz o custo por unidade.

A Astra lançou um sistema de descargas de caixa acoplada, geralmente de louça, usado em privadas, feito de plástico, um meio termo entre o produto popular (caixa alta de plástico) com o mais caro (caixa baixa de louça). O grupo afirma que aumentou as cores em seus produtos. "As cores conseguem atrair mais no ponto de vendas", afirma Joaquim Coelho, diretor comercial.

A Deca, fabricante de utensílios hidráulicos, aumentou a gama de produtos entre R$ 150 e R$ 200. Segundo Flávio Soares, diretor de desenvolvimento e marketing, a empresa procura desconstruir a ideia de que a Deca possui apenas produtos caros. "Tenho produto para todo mundo", afirma.


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