Folha de S. Paulo


Imóvel de até R$ 500 mil está mais raro em São Paulo

Imóveis novos de até R$ 500 mil estão cada vez mais raros em São Paulo, segundo dados do Geoimovel, empresa de informações imobiliárias.

O valor é o teto para o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) na aquisição.

Saiba como usar o dinheiro do FGTS na compra da moradia

Em 2009, quando esse valor foi instituído, os imóveis novos se enquadravam no limite em 81% dos bairros com lançamentos. Em 2012, o número caiu para 64%, e as moradias mais baratas foram empurradas para pontos mais distantes do centro.

Editoria de Arte/Folhapress

Bairros como Lapa, Jabaquara, Saúde, Santo Amaro, Vila Maria e Carrão saíram da lista com lançamentos de até R$ 500 mil.

No período, houve uma redução de 46% no número de imóveis de até R$ 500 mil lançados e aumento de 237% dos imóveis acima desse preço.

"A população que era atendida pelos imóveis de até R$ 500 mil em 2009 precisa de unidades de maior valor hoje", afirma Celso Amaral, diretor corporativo do Geoimovel.

Esse é um dos argumentos de quem defende que o teto suba para R$ 750 mil.

João da Rocha Lima Júnior, professor de mercado imobiliário da Poli (Escola Politécnica da USP), afirma que a reforma da lei de uso e ocupação do solo, que deve ocorrer neste ano, pode equilibrar os preços na cidade.

Isso acontecerá, afirma, se houver uma preocupação maior em aproximar os novos centros comerciais das casas. "No sul da cidade, que vive um crescimento comercial agressivo, há muito terreno disponível. Mas tem que disciplinar, não adianta fazer prédio de escritório, tem que fazer residência", diz.


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