Folha de S. Paulo


Brasileira Petra Energia lidera primeiras compras do leilão de blocos da ANP

A brasileira Petra Energia foi a maior arrematadora de blocos do primeiro e do segundo lotes de áreas da 11ª rodada da ANP (Agência Nacional de Petróleo).

A empresa adquiriu cinco de treze áreas ofertadas no primeiro lote, na região SPN-SE da Bacia do Parnaíba, localizada na região nordeste do país.

Os blocos do Parnaíba estão localizados em terra e têm potencial para a produção de gás natural.

ANP prevê arrecadar pelo menos R$ 2 bi com leilão de blocos de petróleo e gás

Os cinco blocos adquiridos pela Petra, que a empresa disputou sozinha, somam um bônus de assinatura --o valor oferecido pelo lance-- de R$ 26,4 milhões.

A segunda maior arrematante de blocos na área SPN-SE da Bacia do Paranaíba foi o consórcio formado pela Petrobras e a portuguesa Petrogal, dividido igualmente entre as duas empresas. O consórcio pagou um bônus de assinatura de R$ 22 milhões por quatro blocos na área. A parceria confirma a expectativa do mercado de que a estatal participaria do leilão por meio de consórcios.

A OGX, que é atualmente a única operadora na Bacia, com o campo de Gavião Azul, adquiriu dois blocos por R$ 7 milhões no total. A empresa de Eike Batista participou sem sócios e, como de hábito, colocou os números 63 no final de cada lance por superstição.

Os outros blocos foram adquiridos pelas estreantes Ouro Preto e Sabre Internacional, ambas brasileiras. As companhias pagaram, respectivamente, R$ 3,5 milhões e R$ 2 milhões.

Ao todo, o primeiro setor arrecadou cerca de R$ 61 milhões, com investimentos previstos de R$ 443,4 milhões. Todos os 13 blocos ofertados na área foram arrematados.

SEGUNDO LOTE

No segundo lote, na região SPN-N, a companhia arrematou quatro dos seis blocos em terra ofertados. Os outros dois ficaram com a OGX.

A Petra deu até o momento o maior lance do leilão para um bloco, de R$ 12 milhões, para a área PNT-47. A empresa pagou ao todo R$ 34,6 milhões em seus quatro blocos.

A OGX, por sua vez, pagou R$ 13 milhões pelos dois blocos na mesma bacia. A empresa já opera em área próxima, chamada Gavião Real.

A Bacia do Parnaíba tem potencial para a produção de gás natural. No total, o setor SPN-N arrecadou R$ 47,5 milhões.

Os investimentos previstos para área são da ordem de R$ 315 milhões.

TERCEIRO LOTE

A Ouro Preto levou o último bloco ofertado na Bacia do Parnaíba. A área, chamada SPN-O, ofertou apenas um bloco, chamado PN-T-113.

A empresa pagou R$ 10,4 milhões pelo bloco. O investimento previsto na área é de R$ 34,3 milhões.

BLOCOS

No leilão, serão oferecidos 289 blocos, totalizando 155,8 mil km2 em 11 bacias: Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano.

Do total dos blocos, 166 estão localizados no mar, sendo 94 em águas profundas e 72 em águas rasas, e 123 em terra.


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