Folha de S. Paulo


ANP define em breve destino de poço da OGX

O destino do principal poço da OGX na bacia de Campos, responsável por 6.000 dos cerca de 10 mil barris produzidos diariamente pela empresa, está a um passo de ser definido.

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Após ser alvo de uma polêmica que envolveu cancelamento de uma autuação, realocação de funcionários, vazamento de documentos e gravações internas, está na reta final o relatório que vai dizer se o poço poderá ou não operar sem uma válvula considerada fator de segurança pela indústria, informou à Folha a diretora-geral da agência, Magda Chambriard.

A polêmica foi aberta depois de a ANP cancelar a autuação contra a empresa feita pelo funcionário Pietro Mendes sob o argumento de que ele não estava designado para cuidar do caso.

Mendes multara a OGX porque a plataforma funcionava sem uma válvula chamada DHSV (Down Hole Safety Valve)

Segundo Magda, há outros poços que funcionam sem a DHSV, como os do campo de Urucu, da Petrobras, na Amazônia, sem que isso signifique comprometimento de sua segurança.

De acordo com o ex-diretor da Petrobras Wagner Freire, a válvula DHSV é um complemento adicional de segurança nos poços, servindo para evitar derramamentos.

"As agências reguladoras, tanto quanto eu sei, não costumam exigir o uso dessa válvula, mas, por questão de segurança, as companhias de petróleo preferem utilizá-la."

A OGX informou que o poço 9-OGX-26HP-RJS é insurgente, ou seja, precisa de bomba para a extração do petróleo.

Dessa forma, não haveria a necessidade da válvula, já que, se for necessário, a própria bomba fecha o fluxo de óleo. (DENISE LUNA)


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