Folha de S. Paulo


Panasonic planeja deixar de fabricar televisões de plasma a partir de 2014

A Panasonic planeja deixar de fabricar aparelhos de TV com telas de plasma no próximo ano para reduzir suas operações no setor, informou neste domingo (17) o jornal econômico "Nikkei".

A empresa prevê acabar com a produção destes aparelhos em sua fábrica de Amagasaki, na província de Hyogo, durante o ano fiscal 2014, disse à publicação uma fonte executiva da empresa.

A companhia considerou a fabricação de aparelhos de plasma e de cristal líquido (LCD) como ineficiente, especialmente no Japão, onde o mercado de televisões de tela plana não deixa de encolher.

A Panasonic prevê que o seu negócio de televisores, que gerou um volume de receitas em vendas de mais de 1 trilhão de ienes (US$ 10,5 bilhões) durante o exercício fiscal 2009, arrecade menos da metade dessa quantia em 2015.

Deste modo, espera-se que o ramo de televisores registre este ano, que no Japão se encerra em 31 de março, sua quinta perda operacional consecutiva.

Após a realização de uma reforma estrutural planejada para esta área, a Panasonic pretende concentrar seus esforços na fabricação e fornecimento de produtos com melhores perspectivas, como as autopeças e sistemas para aeronáutica.

A empresa com sede em Osaka, que interrompeu há algum tempo o desenvolvimento de novos modelos de televisores de plasma, reduzirá sua produção de maneira gradual até cobrir todas as necessidades de sócios e varejistas.

A redução no ramo de aparelhos de LCD também está nos planos da corporação, que durante o próximo ano deve receber de provedores externos, como a sul-coreana LG Electronics, 70% dos monitores para seus televisores deste tipo.

Ao mesmo tempo, a empresa pretende que sua fábrica de telas de LCD em Himeji, também em Hyogo, fabrique estas telas somente para os tablets.

No entanto, a Panasonic pretende entrar no mercado dos televisores com telas de diodos orgânicos (Oled) em 2014.

Outro gigante japonês, a Sony, desenvolve atualmente com a Panasonic tecnologias para conseguir a produção conjunta em massa de monitores oled para o próximo ano.

As duas companhias devem fabricar boa parte da produção no exterior para diminuir o valor dos investimentos.


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