Folha de S. Paulo


Confira o dicionário de 'economês' e tire dúvidas sobre os termos

A Folha preparou uma lista com os principais termos utilizados no mundo dos investimentos e da economia.

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Fontes: www.academiadodinheiro.com.br; Anbima; BM&FBovespa; Dicionário de Economia (Paulo Sandroni); Finanças Práticas; Folha.

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A

ABRASCA
Associação Brasileira das Companhias Abertas. Representa as empresas de capital aberto (com ações negociadas na Bolsa de Valores). Veja verbetes AÇÃO e CAPITAL ABERTO.

ABECIP
Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança.

ABRAPP
Associação Brasileira de Entidades Fechadas da Previdência Privada. Reúne os fundos de pensão, entidades fechadas da previdência privada. Veja FUNDO DE PENSÃO.

AÇÃO
Documento que representa a menor parcela do capital de uma empresa. Ao comprar uma ação, o investidor se torna, na prática, sócio da empresa, com direito a receber dividendos (lucros da empresa distribuídos periodicamente aos acionistas) e participar das decisões da companhia, conforme o tipo de ação. As ações são negociadas em Bolsa de Valores. Veja DIVIDENDO, AÇÃO ORDINÁRIA e AÇÃO PREFERENCIAL.

AÇÃO CHEIA
Aquela ação com dividendos e/ou bonificações a serem pagos. Também são chamadas assim as ações cujo direito de subscrição (direito dado ao acionista de comprar novas ações que sejam emitidas pela empresa) ainda não foi exercido. Veja SUBSCRIÇÃO.

AÇÃO ORDINÁRIA
Ação que dá ao investidor o direito de votar nas decisões da empresa, como a eleição da diretoria. É representada pela sigla ON.

AÇÃO PREFERENCIAL
Tipo de ação que dá preferência ao acionista na distribuição de dividendos (lucro da empresa distribuído periodicamente aos acionistas). Em caso de extinção da empresa, os detentores desse tipo de ação também têm prioridade na restituição do capital. A ação preferencial, porém, não dá direito a voto em assembleias da empresa. É representada pela sigla PN.

AÇÃO VAZIA
Ação cujos direitos a dividendos (lucros da empresa distribuídos periodicamente aos acionistas), bonificações e subscrição (direito dado ao acionista de comprar novas ações que sejam emitidas pela empresa) já foram exercidos. Veja DIVIDENDO e SUBSCRIÇÃO.

ACIONISTA
Quem possui ações de uma empresa de capital aberto.

ACIONISTA MAJORITÁRIO
Acionista que detém o maior número de ações com direito a voto de uma empresa, o que lhe garante o controle de uma empresa.

ACIONISTA MINORITÁRIO
Acionista que possui ações com direito a voto, mas não em número suficiente para ter o controle da empresa sozinho.

ADR
Sigla para "American Depositary Receipt", termo em inglês dado às ações de empresas de fora dos EUA negociadas nas Bolsas americanas. Assim, empresas brasileiras podem ser negociadas nas Bolsas americanas por meio de ADRs.

AFTER MARKET
Pregão eletrônico da Bolsa de Valores realizado após o encerramento do horário regular de negócios.

AGÊNCIA DE RISCO
Companhia que analisa e classifica empresas e governos em função do risco que apresentam de não pagar suas dívidas. Emitem pareceres (opiniões) que podem servir de referência para decisões de investidores. As principais agências internacionais de classificação de risco são: Moody´s, Standard & Poor's e Fitch. Um país ou uma empresa que obtenham má classificação de risco podem deixar de ser destino de grandes investidores intrernacionais, como fundos, dependendo das regras internas que eles tenham determinado para o perfil de seus investimentos. Veja FUNDO DE INVESTIMENTO.

ÁGIO
Valor pago acima do preço de um produto, título ou taxa. Sobrepreço.

ALAVANCAGEM
É o termo geral para qualquer técnica realizada por uma empresa para aumentar os lucros elevando o risco da operação. Há dois tipos de alavancagem.
1) Alavancagem financeira: ocorre quando uma empresa usa encargos financeiros para aumentar sua possibilidade de ganho. Por exemplo, uma compahia pode alavancar seu PATRIMÔNIO LÍQUIDO (veja verbete) tomando dinheiro emprestado. Quanto mais ela toma empréstimos, menos capital próprio (dinheiro e bens pertencentes a ela) ela precisa. Assim, a companhia poderá ter mais lucros (ou perdas, se a operação der errado) em relação ao seu capital próprio.
2) Alavancagem operacional: quando uma empresa expande operações (produção ou vendas) para aumentar os lucros, mantendo inalterados os custos fixos (por exemplo, com pagamento de funcionários, aluguel e compra de materiais; veja CUSTO FIXO).

ANBIMA
Associação Brasileira da Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. Atua como entidade autorreguladora. Também compila e divulga informações sobre o desempenho de fundos de investimento.

ARBITRAGEM
Compra ou venda de ativos (como ações, moedas ou commodities; veja verbetes AÇÃO, COMMODITIES e MOEDA) para comprar ou vender depois, aproveitando a diferença de preços, com objetivo de lucrar. A arbitragem pode ser feita entre o mercado à vista (em que são negociados os ativos a preços formados naquele momento) e o mercado futuro (que negocia contratos com diversos prazos de vencimento, a diferentes preços). A arbitragem também pode ser feita entre contratos com prazos diferentes no mercado futuro.

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
Reunião de acionistas convocada pela diretoria da empresa para deliberar sobre qualquer matéria de interesse da empresa. Em geral, participam os acionistas com direito a voto. Veja: AÇÃO PREFERENCIAL e AÇÃO ORDINÁRIA.

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
Reunião periódica de acionistas de uma empresa. Geralmente, participam os acionistas com direito a voto, mas, conforme resolução da empresa, também podem participar aqueles que não votam. Nesse encontro, são apresentados os resultados da companhia em determinado período, além de serem feitas votações dos relatórios de diretoria e a eleição do conselho fiscal. Veja: AÇÃO PREFERENCIAL e AÇÃO ORDINÁRIA.

ATIVO
Termo que designa qualquer bem, valor ou crédito que forma o patrimônio de uma empresa ou de uma pessoa e que pode ser convertido em dinheiro. Por exemplo, são ativos: ações, títulos, imóveis, funcionários. Veja: AÇÃO e TÍTULO.

AUDITORIA
Exame analítico da contabilidade de uma empresa ou fundo. Pode ser feita pela própria empresa (auditoria interna) ou de forma independente por um auditor sem nenhum vínculo permanente com a empresa (auditoria externa).

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B

BALANÇA COMERCIAL
Relação entre importações e exportações de um país. Se as exportações superam as importações, ocorre um superavit comercial. Quando as importações são maiores que as exportações, há um deficit comercial. É um componente da BALANÇA DE PAGAMENTOS (veja verbete).

BALANÇA DE SERVIÇOS
É constituída pelos registos dos valores de todas as prestações de serviços (como turismo, transportes, fretes, seguros) e de rendimentos de capitais (juros, dividendos etc.) de um país. É um componente da BALANÇA DE PAGAMENTOS (veja verbete).

BALANÇA DE PAGAMENTOS
Registra o total de dinheiro que entra e sai de um país, na forma de importações e exportações de produtos, serviços, capital financeiro, assim como transferências comerciais.

BALANÇO
É um demonstrativo financeiro que retrata a situação de uma empresa em determinado momento. As empresas com ações negociadas em Bolsa de Valores (veja CAPITAL ABERTO) precisam divulgar balanços periodicamente (a cada três meses). Nessas divulgações, as companhias costumam apresentar, juntamente com o balanço, um relatório descritivo das atividades realizadas no período. Esse documento complementar, em geral, detalha as metas alcançadas, as eventualmente não batidas e os desafios a serem superados. Os relatórios de balanço são um importante instrumento de informação ao investidor sobre as empresas com ações em Bolsa, que podem ser alvo de aplicações financeiras. Tanto os balanços quanto os relatórios podem ser encontrados nos sites das empresas, na seção "relação com investidores" ou "informações financeiras". Os balanços também são colocados à disposição para consulta pública no site da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), órgão regulador do mercado de capitais (veja verbete CVM).

BANCO
Empresa do setor financeiro. Há diferentes tipos de bancos:
1) Banco comercial: guarda dinheiro ou valores de clientes e concede empréstimos.
2) Banco de investimento: auxilia pessoas físicas ou jurídicas (seus clientes) a alocar o seu dinheiro nos mais diversos tipos de investimento. (veja BANCO DE INVESTIMENTO).
3) Banco de desenvolvimento: instituição financeira controlada pelo governo que tem por objetivo prover os recursos necessários ao financiamento, a médio e a longo prazos, de programas e projetos/empresas para promover o desenvolvimento econômico e social (veja BANCO DE DESENVOLVIMENTO).

BANCO CENTRAL
Instituição financeira governamental responsável por garantir a estabilidade da moeda de um país e regular o sistema financeiro. Emite papel-moeda. Também coloca em prática a política monetária, através do controle das taxas de juros de curto prazo, entre outras. No Brasil, é o Banco Central do Brasil (BC). Outros bancos centrais pelo mundo são: Federal Reserve (EUA); Bank of England (Inglaterra); Banco do Japão (Japão) e Banco Central Europeu (zona do euro).

BANCO CENTRAL DO BRASIL
É a instituição governamental responsável por cuidar do Sistema Financeiro Nacional. Entre suas atribuições estão a execução da política monetária do governo, a emissão de papel-moeda, autorização e fiscalização das instituições financeiras, compra e venda de títulos públicos federais, custódia e administração das reservas nacionais e em moedas estrangeiras, controle do crédito e do capital estrangeiro e representação do governo brasileiro junto aos organismos financeiros internacionais. Foi criado em 1964, para substituir a Sumoc (Superintendência da Moeda e do Crédito), quando recebeu também funções exercidas pelo Banco do Brasil. Também chamado de Bacen.

BANCO DE DESENVOLVIMENTO
Instituição financeira pública que tem por objetivo prover os recursos necessários ao financiamento, a médio e a longo prazos, de programas e projetos/empresas com vistas a promover o desenvolvimento econômico e social.

BANCO DE INVESTIMENTO
Instituição financeira privada que auxilia pessoas físicas ou jurídicas (seus clientes) a alocar o seu dinheiro nos mais diversos tipos de investimento, como por exemplo, no mercado financeiro. Também assessora negócios, estrutura lançamentos de ações de empresas (veja verbete IPO) e institui, organiza e administra fundos de investimento.

BANCO DO BRASIL
O Banco do Brasil (BB) é uma sociedade anônima de economia mista controlada pelo governo, que detém 51% das ações. Como acionista majoritário, o governo indica o presidente e a diretoria. É uma das autoridades monetárias do país.

BANCO MÚLTIPLO
Banco que opera, obrigatoriamente, carteiras de banco comercial ou de investimento simultaneamente. Outras carteiras disponíveis para operação: banco comercial, banco de investimento e/ou banco de desenvolvimento (neste caso, exclusivamente para bancos oficiais), sociedade de crédito imobiliário, sociedade de crédito, financiamento e investimento e sociedade de arrendamento mercantil (leasing).

BANCO MUNDIAL
Ver Bird (Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento).

BANCO DO NORDESTE DO BRASIL
Sociedade de economia mista criada pelo governo para promover o desenvolvimento da região Nordeste. Com sede em Fortaleza, abrange a região do Polígono das Secas, que inclui o norte de Minas Gerais.

BENCHMARK
Expressão em inglês que significa ponto de referência. É o nome dado a um indicador que serve como referência de desempenho de determinado investimento financeiro. Por exemplo, os fundos de ações costumam ter como "benchmark" (ou referêcia) o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira (veja verbete IBOVESPA). Assim, um fundo de ações desse tipo obtém um desempenho melhor que o do Ibovespa em determinado período, ele superou o seu "benchmark".

BID
Banco Interamericano de Desenvolvimento. É uma instituição internacional para financiar projetos de desenvolvimento social e econômico na América Latina e no Caribe. Os principais acionistas são EUA, Canadá, Brasil, Argentina e México. Formada originalmente por nações do continente americano, tem participação de mais 14 países de outras regiões, como o Reino Unido. Criada em 1959, tem sede em Washington, nos EUA.

BIRD
Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento, também conhecido como Banco Mundial (World Bank). Ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), o Bird é uma instituição financeira internacional que concede empréstimos e assistência para o desenvolvimento dos países. A maior parte dos seus recursos é obtida através da venda de títulos nos mercados internacionais de capital. Foi criada durante a Conferência de Bretton Woods, em 1944, para financiar a reconstrução de países atingidos pela 2ª Grande Guerra.

BLUE CHIPS
Nome dado às ações mais negociadas no mercado financeiro. Também chamadas de ação de primeira linha.

BM&FBOVESPA
Bolsa de Valores brasileira, sediada em São Paulo, que reúne mercados à vista (Bovespa) e de contratos futuros (BM&F - Bolsa de Mercadorias & Futuros), como derivativos de juros, câmbio, índices e mercadorias (commodities, como soja, milho, café etc). BM&F e Bovespa fundiram-se em 2008.

BNDES
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Instituição financeira federal criada em 1952 para fomentar o desenvolvimento de setores básicos da economia e desenvolver políticas de investimentos empresariais de longo prazo.

BOLSA DE VALORES
Instituição sem fins lucrativos na qual são negociados ações e contratos (veja DERIVATIVOS). A Bolsa deve ter, obrigatoriamente, um local ou um sistema eletrônico de negociação, adequado à realização de transações de compra e venda dos papéis.

BÔNUS DE AÇÕES
Bonificação em ações concedida aos acionistas quando ocorre aumento de capital de uma empresa.

BOOM
Termo em inglês que significa "explosão". Refere-se a períodos de rápida expansão econômica. No mercado financeiro, é usado para momentos de grande valorização.

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C

C-BOND
Títulos da dívida externa do Brasil, emitidos pelo governo federal. Um título de dívida é uma espécie de "vale" que atesta que o comprador (investidor) emprestou dinheiro a um governo ou empresa, e que descreve os termos de reembolso (veja verbete TÍTULO DE DÍVIDA).

CADE
Conselho Administrativo de Defesa do Consumidor. Criado em 1965, é responsável pela defesa da concorrência e pela prevenção e repressão dos abusos do poder econômico.

CADERNETA DE POUPANÇA
O mais tradicional e popular investimento no Brasil. Não há incidência de Imposto de Renda nem custos como taxa de administração (cobrada em outras aplicações, como fundos de investimento). Os recursos aplicados em poupança são de fácil resgate, que pode ser feito a qualquer momento e sem custo. Com a queda da taxa de juros, o governo decidiu mudar as regras da poupança em maio de 2012. Pelas novas regras, cada vez que a taxa Selic (juro básico do país) for igual ou menor que 8,5% ao ano, a poupança renderá o equivalente a 70% da Selic, acrescidos da Taxa Referencial (TR). Depósitos feitos antes da alteração continuam com a regra antiga, de rendimento de 6,17% ao ano mais a TR.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Instituição bancária que concede empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas como habitação, assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte. Faz parte do Sistema Financeiro Habitacional, tendo ainda a competência de vender bilhetes de loterias e a responsabilidade de centralizar o recolhimento e a aplicação de todos os recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

CALOTE
Dívida cujo devedor declara não ter intenção de pagar.

CÂMARA DE COMPENSAÇÃO
Organização que reúne vários bancos comerciais de uma localidade para liquidar os débitos entre eles, registrando todos os cheques emitidos pelos clientes de cada um naquele dia. No Brasil, a compensação de cheques é função do Banco do Brasil.

CÂMBIO
Operação financeira que consiste em vender, trocar ou comprar valores em moedas de outros países.

CÂMBIO FIXO
Regime cambial em que o governo estabelece um valor fixo entre sua moeda e outra moedas fortes, em geral o dólar americano.

CÂMBIO FLUTUANTE
Regime cambial em que a moeda varia de acordo com oferta e procura de uma moeda, em geral o dólar. Também chamado de câmbio livre.

CAPITAL ABERTO
Termo que designa a situação de uma empresa que já lançou ações em Bolsa de Valores. Quando uma empresa passa a ser de capital aberto, suas ações são compradas e vendidas por investidores no mercado financeiro. Companhias de capital aberto precisam divulgar informações financeiras períódicas aos seus investidores, os chamados balanços. Veja verbetes AÇÃO e BALANÇO.

CARTEIRA
Conjunto de ativos (como ações e títulos) de um investidor ou fundo de investimento. Por exemplo, um determinado investidor que tenha uma ampla carteira em ações de energia elétrica detém papéis negociados em Bolsa de todas as principais empresas do setor. Veja verbetes AÇÃO e TÍTULO.

CBLC
Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia. Presta serviços de guarda e liquidação financeira (a entrega ao vendedor do pagamento acordado em determinado negócio) das operações realizadas na BM&FBovespa e em outros mercados. Veja LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA.

CAPITAL
Soma de recursos e bens que formam um patrimônio. Recursos investidos em ativos ou em atividades econômicas, com intenção de lucro. Veja ATIVO.

CARÊNCIA
Período de tempo estabelecido em contrato em que o investidor não pode resgatar seus recursos, ou durante o qual está sujeito a penalizações se resgatar, como descontos ou pagamentos de taxas.

CARTEIRA DE AÇÕES
Conjunto das ações pertencentes a um investidor.

CDB
Certificado de Depósito Bancário. Título emitido pelos bancos, é uma modalidade de investimento de renda fixa que paga um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro), que é a taxa de juros praticada nos empréstimos entre bancos. O CDB funciona como um empréstimo feito pelo investidor à instituição, que se compromete a devolver a quantia com juros depois de um determinado período. Leia mais em "opções de investimentos", neste site. Veja verbetes TÍTULO e CDI.

CDI
Certificado de Depósito Interfinanceiro. É a taxa de juros praticada em empréstimos feitos entre bancos. O CDI também serve de base para remuneração de investimentos, como os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e fundos de investimentos. Veja verbetes CDB e FUNDO DE INVESTIMENTO.

CETIP
Companhia de capital aberto que oferece custódia, registro, negociação e liquidação financeira (a entrega ao vendedor do pagamento acordado em determinado negócio) de operações feitas com títulos privados e públicos (estaduais e municipais). É a maior depositária de títulos privados de renda fixa da América Latina e a maior câmara de ativos privados do país. Mais de 15 mil instituições utilizam os serviços da Cetip, como fundos de investimento, bancos, corretoras e distribuidoras, financeiras e consórcios. A empresa também presta serviços de liquidação de DOCs e processamento TEDs, bem como registros de Gravame, de CDBs e de títulos de Renda Fixa. Veja verbetes TÍTULO, LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA e CAPITAL ABERTO.

CIRCUIT BREAKER
Dispositivo adotado por Bolsas de Valores que interrompe as negociações de ações na Bolsa quando há queda ou alta muito expressiva de ações em um curto período de tempo. Historicamente, é mais comum seu acionamento em caso de grandes quedas. Na BM&FBovespa (Bolsa brasileira), a regra é que o sistema é acionado quando o Ibovespa (principal índice do mercado acionário do país), que agrega as ações mais negociadas, cai mais de 10% em relação ao desempenho obtido no fechamento dos negócios na véspera. As negociações ficam paralisadas durante 30 minutos. Se, depois de retomadas as negociações, o índice registrar mais 5% de baixa (perfazendo um total de 15% de queda no dia), o "circuit breaker" é novamente acionado. Desta vez, as negociações ficam paradas por 60 minutos. Se após novo retorno a queda chegar a 20%, os negócios são suspensos por tempo indereminado. A Bolsa informa ao mercado qual será esse prazo. A regra prevê, no entanto, que um dia de negócios na Bolsa nunca termine com um "circuit breaker". Sempre haverá pelo menos mais meia hora de negócios depois do retorno de uma paralisação. O objetivo é que os investidores possam ajustas suas aplicações antes do fechamento da Bolsa. Também há na BM&FBovespa o "circuit breaker" para ativos individuais (como ações), que é acionado quando ocorre queda ou alta de mais de 15% do preço. Nesse caso, a negociação desse papel é suspensa e ele é colocado em leilão. Veja LEILÃO DE AÇÕES.

CLUBE DE INVESTIMENTOS
Sociedade de investidores para atuar em mercado de ações. Os clubes devem ser registrados na Bolsa de Valores e possuir um estatuto próprio. Ao contrário dos fundos de investimento, não precisam ter patrimônio mínimo. Um clube de investimento pode ser composto por três pessoas, no mínimo, e 150, no máximo.

CMN
Conselho Monetário Nacional. É o órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional. O CMN estabelece as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia, e regula as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras. Por exemplo, é o CMN que autoriza a emissão de papel-moeda e define qual é o valor máximo do imóvel cuja compra pode ser feita com uso do FGTS (Fundo Garantidor do Tempo de Serviço). Compõem o CMN: os ministros da Fazenda (que é o presidente do conselho) e do Planejamento, Orçamento e Gestão, e o presidente do Banco Central.

COMMODITY ou COMMODITIES
Commodities são produtos, geralmente matérias-primas (como grãos, metais e petróleo) cujo preço é estabelecido no mercado internacional (Bolsas de Valores).

CONCORDATA
Recurso jurídico que permite que uma empresa continue a funcionar mesmo em situação de insolvência, como forma de evitar a falência. A empresa declara que é incapaz de saldar seus débitos nos prazos estabelecidos, mas se obriga a liquidar suas dívidas, conforme regras determinadas pela Justiça.

COPOM
Comitê de Política Monetária. É um órgão do Banco Central e se reúne periodicamente para definir diretrizes da política monetária, na qual se destaca a definição da taxa Selic (juro básico da economia). Também elabora um documento em que faz uma análise da situação econômica nacional e internacional para embasar suas decisões e indicar tendências futuras (ata do Copom).

CONTROLE ACIONÁRIO
Quando um acionista, ou grupo de acionistas, detém a maior parcela de ações com direito a voto (não necessariamente mais da metade do total) de uma empresa. Isso garante o poder de decisão sobre a companhia.

CORRETAGEM
Atividade do intermediário entre o comprador e vendedor de ativos (como ações e moedas). O corretor cobra uma taxa para realizar o negócio (taxa de corretagem). Veja ATIVO.

CORRETORA
Instituição do sistema financeiro que age como intermediária nas transações entre os investidores e a Bolsa de Valores.

COTA
É a fração de um fundo. Todo o patrimônio de um fundo de investimento é a soma de cotas que foram compradas por diferentes investidores. Todos que investem em fundos compram cotas. O comprador é chamado no mercado de cotista.

COTAÇÃO
Preço de determinado ativo negociado no mercado financeiro. Por exemplo, a cotação do dólar ao final de um dia de negócios ficou em R$ 2,10.

CRASH
Termo utilizado para designar uma forte queda na Bolsa de Valores. A palavra, que em inglês significa "colisão", ficou conhecida após a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929.

CUSTO FIXO
É a soma dos custos da empresa que permanecem inalterados mesmo que a companhia esteja de "portas fechadas". Por exemplo, com funcionários (mesmo que estejam em férias coletivas), aluguel ou IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).

CVM
Comissão de Valores Mobiliários. Autarquia federal que regula, disciplina e fiscaliza o mercado de capitais.

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D

DATA DE EXERCÍCIO DA OPÇÃO
Data em que o investidor pode exercer a opção de comprar ou vender determinado ativo (como ação ou contrato).

DAY TRADE
Considera-se "day trade" a operação ou a conjugação de operações iniciadas e encerradas em um mesmo dia, com o mesmo ativo, em uma mesma instituição intermediadora (como uma corretora).

DEBÊNTURE
Título de crédito emitido por empresas para captar recursos. Ao comprar uma debênture, o investidor se torna credor da empresa, que se compromete a pagar o valor do título mais uma remuneração previamente acordada (como uma taxa de juros) no vencimento do papel. A garantia da debênture é o patrimônio da empresa. Existe um tipo de debênture chamada de debênture conversível, que pode ser convertido em ação no futuro.

DEFAULT
É o não cumprimento de obrigações contratuais, como o não pagamento de dívidas na data estabelecida.

DEFICIT
Em contabilidade, quando despesas superam as receitas. Oposto de saldo.

DEFICIT COMERCIAL
Situação na qual o valor das exportações está abaixo do valor das importações de um país.

DEFICIT PÚBLICO
Quando as despesas de um governo são superiores à arrecadação (receita). Diferente de Deficit nominal, que inlcui os gastos com juros e a correção monetária.

DEFLAÇÃO
Queda do nível geral de preços causada por oferta excessiva de bens ou pela demanda escassa. Índice de inflação negativo.

DEMANDA REPRIMIDA
Consumo contido por fatores como pouca oferta de determinado item (por exemplo, a pouca oferta de imóveis residenciais novos no passado contribuiu para uma demanda reprimida por moradias no Brasil), alta de preços, falta de crédito e desemprego.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Demonstrativos contábeis e demais informações apresentados pelas empresas que relatam a situação econômica e financeira de uma companhia. Veja BALANÇO.

DEPÓSITO COMPULSÓRIO
Dinheiro que os bancos são obrigados a deixar depositado no Banco Central, sem poder emprestar a clientes.

DERIVATIVOS
Contratos que derivam de outros ativos e que têm vencimento futuro. São exemplos de derivativos os contratos que apostam no preço de uma commodity (matéria-prima negociada em Bolsa, como soja, milho e petróleo) em determinada data futura, os que apostam no preço do dólar em determinada data futura ou os que apostam no valor do Ibovespa (principal índice da Bolsa brasileira) no futuro. Veja IBOVESPA.

DESÁGIO
Diferença negativa entre o preço de venda e o valor nominal de determinado ativo (como um título; veja ATIVO e TÍTULO). Desconto. Por exemplo, um investidor pode adquirir um título de dívida de determinada empresa por um valor menor (com deságio) que o nominal (valor de face) para, no vencimento desse papel, embolsar a diferença como lucro. Para a empresa, a vantagem é a captação imediata de recursos (dinheiro do comprador do título).

DISCLOSURE
Medida impositiva dos órgãos oficiais reguladores dos mercados de capitais, que obriga a companhia a divulgar todas as informações relevantes, boas ou más, que possam influenciar numa decisão de investimento naquela companhia.

DIVERSIFICAÇÃO
Estratégia de distribuir os investimentos em diversas modalidades para reduzir os riscos inerentes às aplicações. Por exemplo, um investidor pode ter uma carteira diversificada em ações, imóveis e fundos de investimento.

DIVIDENDO
Parcela do lucro de uma empresa que é distribuída entre os acionistas.

DIVISAS
Reservas internacionais de um país, incluindo valores em moeda estrangeira, ordens de pagamento, ouro, letras e outros ativos (como títulos) em moeda estrangeira. Veja TÍTULO.

DÓLAR COMERCIAL
Taxa de câmbio que é publicada pelo Banco Central e utilizada nas operações de balança comercial e de serviços do país (exportações, importações), no pagamento da dívida externa e na remessa de dividendos das empresas com sede no exterior.

DÓLAR FLUTUANTE ou DÓLAR TURISMO
Taxa de câmbio usada como referência para compra de moeda estrangeira para viagem, tanto em espécie quanto em "travellers" (cheques-viagem). O dólar turismo também é usado para contribuições a entidades, doações, heranças, aposentadorias e pensões, manutenção de residentes e tratamento de saúde.

DÓLAR FUTURO
Cotação projetada para o valor do dólar frente ao real no mercado futuro de câmbio.

DOW JONES
Dow Jones Industrial Average. Utilizado para acompanhar o desempenho das ações da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). Seu cálculo é uma média simples das cotações das ações das trinta empresas industriais mais importantes dos EUA, todas listadas na NYSE, com exceção da Microsoft e da Intel, que são listadas na Nasdaq. Veja NASDAQ.

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E

EBITDA
Lucro de uma empresa antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês.

EMISSÃO
Operação de colocação de dinheiro, títulos ou outros ativos (como ações) em circulação.

ESPECULAÇÃO
Operação de compra e venda sistemática de ativos (como ações, títulos e moedas) em um curto prazo, com objetivo de lucrar.

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F

FATO RELEVANTE
Documento divulgado ao mercado pelas empresas com ações negociadas em Bolsa, postado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), com conteúdo sobre decisões e operações realizadas por essas companhias (como uma fusão ou aquisição). É importante objeto de análise para o investidor. Veja CVM.

FECHAMENTO DE CAPITAL
Situação em que uma empresa recompra suas ações negociadas na Bolsa. Companhia deixa de ser de capital aberto. Veja CAPITAL ABERTO.

FED
Federal Reserve Bank. É o banco central dos Estados Unidos. Criado pelo Congresso norte-americano em 1913, opera o sistema nacional de pagamentos, distribui a moeda nacional, supervisiona e regulamenta o sistema bancário.

FENAPREVI
Federação Nacional de Previdência Privada e Vida. Representa as instituições que oferecem planos de previdência privada (PGBL e VGBL - veja verbetes neste glossário).

FGC
Fundo Garantidor de Créditos. Instituição que fornece cobertura, em caso de quebra de bancos, de até R$ 250 mil por CPF para pessoas que possuam determinados tipos de crédito nessas instituições financeiras (por exemplo, conta-corrente, poupança e CDBs). Veja CDB.

FGTS
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Reúne recursos depositados em nome dos empregados (valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário). O trabalhador pode usar os recursos do fundo para adquirir a casa própria, ou sacar o valor no caso de aposentadoria. O FGTS também financia programas de habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana.

FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL OU FÓRUM DE DAVOS
Encontro de chefes de Estado, autoridades econômicas e empresários para discutir os problemas da economia mundial. Ocorre anualmente em Davos, na Suíça, e não tem caráter deliberativo.

FMI
Fundo Monetário Internacional. Organização financeira internacional, criada em 1944, que reúne 184 países para proporcionar assistência financeira temporária a países em dificuldade.

FUNDING
Volume de recursos disponíveis para determinada operação financeira.

FUNDO DE INVESTIMENTO
Condomínio de investidores gerido por uma instituição financeira, que cobra uma taxa de administração pelo serviço. Há várias modalidades de fundo. Detalhes sobre elas podem ser obtidos no site da Anbima.

FUNDO DE PENSÃO
Nome dado às entidades fechadas de previdência privada. Atendem a empresas (seus funcionários) ou sindicatos (seus integrantes). Em geral, são fundos mais antigos.

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G

G7
Grupo formado pelos dirigentes das sete mais importantes potências econômicas que se reúne para coordenar suas políticas econômicas e monetárias. Os países que fazem parte do G7 são: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Devido à sua importância política e militar, a Rússia foi incluída em 1997 e o grupo passou a adotar a sigla de G8.

G8
Grupo das principais economias do mundo mais a Rússia.

G20
Grupo formado pelo G7 –as sete maiores economias do mundo– mais Brasil, Rússia, Argentina, Austrália, China, Índia, Indonésia, Coreia do Sul, México, Arábia Saudita, África do Sul e Turquia. Reuniu-se pela primeira vez em 1

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H

HEDGE
Mecanismo usado por investidores (individuais ou fundos) e empresas para se proteger do risco de oscilações de preços. Por exemplo, se uma empresa tem de pagar uma fatura em moeda estrangeira no prazo de 60 dias, pode fazer "hedge" comprando essa moeda hoje para evitar o risco de que, daqui a dois meses, o preço esteja mais alto, o que elevaria o custo final (em reais) dessa dívida.

HEDGE FUND
Termo utilizado para designar fundos que aplicam em diversos ativos (como ações, moedas e títulos) simultaneamente para compensar os riscos dos investimentos.

HOLDING
Empresa cuja função é controlar outras companhias mediante a posse da maioria das ações.

HOME BROKER
Nome dado ao sistema quer permite o investimento em ações pela internet. Qualquer investidor pode participar. É preciso se cadastrar em uma corretora. Veja CORRETORA.

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I

IBOVESPA
Principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo. Reúne as ações mais negociadas da Bolsa, que representaram 80% do volume negociado no mercado nos últimos 12 meses. Os papéis do Ibovespa também devem ter presença mínima de 80% dos pregões analisados e participação superior a 0,1% do volume financeiro total. Essa carteira é revisada a cada quatro meses.

IBOVESPA FUTURO
Contrato de derivativo do Ibovespa negociado no mercado futuro. Expressa a pontuação estimada do Ibovespa em uma data futura.

IBX
Índice Brasil. Reúne as 100 ações mais negociadas na BM&FBovespa. Essa carteira é revisada a cada quatro meses.

IGP-DI
Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna. Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Mede a variação de preços no mercado de atacado, de consumo e construção civil. É composto pela soma de outros três índices: IPA (Índice de Preços por Atacado), com peso de 60%; IPC (Índice de Preços ao Consumidor), com peso de 30%, e INCC (Índice Nacional de Custos da Construção), com peso de 10%. O IGP-DI exclui os produtos importados, considerando apenas o que é produzido internamente. É calculado com base nos preços apurados do primeiro ao último dia de cada mês.

IGP-M
Índice Geral de Preços do Mercado. Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Mede a variação de preços no mercado de atacado, de consumo e construção civil. É composto pela soma ponderada de outros três índices: IPA (Índice de Preços por Atacado), com peso de 60%, IPC (Índice de Preços ao Consumidor), com peso de 30% e INCC (Índice Nacional de Custos da Construção), com peso de 10%. O IGP-M considera todos os produtos disponíveis no mercado, inclusive o que é importado, sendo calculado com base nos preços coletados entre o dia 21 do mês anterior e 20 do mês em curso.

INDEXADOR
É o índice escolhido para correção de valores de contratos e investimentos.

INFLAÇÃO
Aumento persistente de preços, de forma generalizada, que resulta em perda do poder aquisitivo da moeda.

INPC
Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Média ponderada de índices elaborados pelo IBGE para as regiões metropolitanas do País (Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília e Goiânia).

INSIDER
Investidor ou pessoa do mercado que tem acesso a informações privilegiadas antes de se tornarem públicas.

INSOLVÊNCIA
Situação em que uma pessoa física ou jurídica admite ser incapaz de pagar seus compromissos financeiros.

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Organizações autorizadas a funcionar pelo Banco Central, que compõem o mercado financeiro. Bancos comerciais, bancos de investimento, sociedades corretoras e cooperativas de crédito são exemplos de instituições financeiras.

IOF
Imposto sobre Operações Financeiras. Cobrado, em diferentes alíquotas (taxas), nas operações financeiras, como investimentos e tranferências de valores.

IPCA
Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Calculado pelo IBGE. Índice oficialmente usado pelo governo para medir a inflação no país e definir a política monetária.

IPC/FIPE
Índice de Preço ao Consumidor. Calcula a variação dos preços de uma cesta de consumo média e provável para a população da cidade de São Paulo, calculado pela Fundação de Pesquisas Econômicas da USP.

IPO
Sigla em inglês para Oferta Pública Inicial de Ações. Refere-se ao lançamento de ações feito por uma empresa na Bolsa de Valores, momento em esses papéis podem ser adquiridos por qualquer investidor interessado. A partir do IPO, a empresa passa a ser de CAPITAL ABERTO (veja verbete).

IMPOSTO DE RENDA (IR)
Imposto cobrado sobre a renda de físicas e empresas. No caso das pessoas físicas, quanto maior a renda, maior a taxa do imposto incidente. Para as empresas, o percentual do imposto de renda depende do tipo da empresa e do regime de tributação no qual ela se enquadra.

INVESTIDOR QUALIFICADO
Instituições financeiras, companhias seguradoras, sociedades de capitalização, entidades abertas e fechadas de previdência complementar, administradores de carteira, consultores de investimento e pessoas físicas ou jurídicas que possuam patrimônio acima de R$ 300 mil e que, adicionalmente, atestem por escrito tal condição, mediante termo específico. Os fundos de investimento destinados exclusivamente a investidores qualificados são considerados igualmente qualificados.

*

J

JURO
Remuneração que o tomador de empréstimo precisa pagar ao detentor do dinheiro emprestado. Pode ser simples (quando é calculado sobre o montante do capital) ou composto (quando o juro é somado ao capital emprestado formando o montante sobre o qual se calcula o juro seguinte). Leia também sobre juro básico da economia, no verbete SELIC.

JURO NOMINAL
Valor pelo qual o juro é contratado.

JUROS DE MORA
Juros decorrentes de atraso no pagamento.

JURO REAL
Valor do juro nominal descontada a taxa de inflação do período.

*

L

LAIR
Sigla para lucro antes do Imposto de Renda de uma empresa.

LAJIR
Sigla para lucro antes dos juros e do Imposto de Renda de uma empresa.

LEILÃO DE AÇÕES
No leilão de ações, a Bolsa não fecha negócios com os papéis à medida que as ofertas chegam, como ocorre normalmente durante as negociações. No leilão, as ofertas de compra e de venda das ações são apenas registradas e só depois de todas aceitas é que os negócios são fechados, na medida em que os preços de compra e venda se encaixem. Os leilões ocorrem antes do início das negociações regulares na Bolsa (durante 15 minutos) e em caso de "circuit breaker". Veja verbete CIRCUIT BREAKER.

LETRA DO TESOURO
Letra do Tesouro Nacional (LTN). É um título de responsabilidade do Tesouro Nacional emitido para a cobertura de deficit orçamentário. Título de rentabilidade prefixada.

LETRA DE CÂMBIO
Tipo de título negociável no mercado, emitido por sociedades de crédito, financiamento e investimento, e utilizado como fonte de recursos para o crédito direto ao consumidor.

LETRA HIPOTECÁRIA
Título de crédito emitido por instituições autorizadas, garantido pelo penhor de créditos hipotecários e que confere direito de crédito pelo valor nominal, atualização monetária e juros determinados.

LETRA IMOBILIÁRIA
Título emitido por sociedades de crédito imobiliário, destinado à captação de recursos para o financiamento de construtores e adquirentes de imóveis e que rende juros.

LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA
Consiste no pagamento pelo comprador ao vendedor do valor acordado em uma transação.

LIQUIDEZ
Refere-se à velocidade e à facilidade com que um ativo (como ação, título ou ouro) pode ser convertido em dinheiro. Ouro é um ativo relativamente líquido; um imóvel não é. Um ativo de alta liquidez, portanto, é aquele que pode ser vendido rapidamente sem perda significativa de valor. Um ativo ilíquido é aquele que não pode ser convertido em caixa rapidamente, sem que haja redução substancial do preço.

LUCRO BRUTO
É o resultado obtido do total de receitas menos as despesas incorridas para manter o negócio, como custos de produção, de vendas, de salários de uma empresa, sem considerar a dedução de impostos e participações.

LUCRO LÍQUIDO
É o saldo que resulta após a dedução de impostos, despesas financeiras e diversas participações sobre o lucro bruto.

LUCRO RETIDO
É a parte do lucro de uma empresa que não é dividida entre os acionistas e funciona como uma reserva para a companhia.

*

M

MARCAÇÃO A MERCADO
Significa contabilizar os ativos pertencentes a uma carteira de investimentos pelo valor diário do mercado, não pelo valor de aquisição corrigido pela taxa contratada. Mesmo os fundos, cujas carteiras são compostas por títulos de renda fixa, que têm taxa predeterminada no momento da compra, sofrem oscilação até o vencimento do papel. Isso porque, no mercado financeiro, os títulos são negociados diariamente, no chamado mercado secundário. É nesse mercado que se reflete a oscilação diária da taxa.

MERCADO A TERMO
Os contratos a termo são acordos de compra ou venda em determinada data futura por preços previamente estabelecidos, cuja liquidação financeira ou entrega física do ativo acontece, geralmente, no vencimento. Os contratos a termo podem ser negociados em Bolsa de Valores, entre duas instituições financeiras ou entre uma instituição e um cliente.

MERCADO À VISTA DE AÇÕES
Mercado que reúne negociações cuja liquidação física (entrega dos títulos pelo vendedor) ocorre no segundo dia útil após a realização do negócio em pregão. A liquidação financeira (pagamento dos títulos pelo comprador) se dá no terceiro dia útil posterior à negociação, logo após a liquidação física.

MERCADO ABERTO OU MERCADO SECUNDÁRIO
É qualquer mercado sem local físico determinado e com livre acesso à negociação. No Brasil, um exemplo de mercado aberto é o mercado de compra e venda de títulos públicos, orientado e fiscalizado pelo Banco Central, um instrumento de política monetária para expandir ou contrair as disponibilidades em dinheiro no mercado financeiro, e otimizar a liquidez da economia. No caso dos bancos, open market são reservas secundárias de alta liquidez, permitindo a cada banco ajustar instantaneamente sua própria liquidez, remunerando disponibilidades de curtíssimo prazo.

MERCADO DE AÇÕES
Parte do mercado de capitais que compreende à colocação primária de ações novas, emitidas por empresas, e à negociação secundária (em Bolsas de Valores e no mercado de balcão) das ações já colocadas em circulação.

MERCADO DE BALCÃO
Mercado em que as negociações ocorrem fora do ambiente de Bolsas de Valores.

MERCADO DE CAPITAIS
Compreende toda a rede de Bolsas de Valores e instituições financeiras, na qual se realiza as operações de compra e venda de ações, títulos e valores mobiliários, efetuadas entre empresas e investidores, com intermediação obrigatória de instituições financeiras do sistema de distribuição de títulos e valores mobiliários.

MERCADO FUTURO
É o segmento do mercado que compreende as operações de compra e venda, realizadas em pregão, de contratos autorizados pela Bolsa de futuros, para liquidação em data futura prefixada. A negociação inclui um comprador que aceita pagar um determinado valor na data estabelecida pela mercadoria oferecida pelo vendedor. O objeto negociado pode ser uma commodity, um título, uma moeda ou um índice de referência, como o Ibovespa. Os contratos negociados são padronizados pela BM&F, o que permite agilidade nas negociações.

MERCADO DE SWAPS
Swap significa troca. No caso dos contratos de swaps, pode-se trocar moedas, taxa de juro ou commodities. Um swap de taxas de juros pode ser utilizado para transformar uma taxa flutuante numa taxa fixa, e vice-versa. Um swap de moedas pode ser usado para transformar um empréstimo numa moeda estrangeira em outra moeda. É uma operação mais sofisticada. Por isso, as tesourarias de bancos e os gestores de fundos de investimento são os que mais usam o mercado de swaps. A idéia é que dois investidores façam aplicações "casadas" que, no dia do vencimento, servirão como proteção do dinheiro ou até mesmo como especulação para aumentar o capital.

MERCADO DE OPÇÕES
Mercado no qual são negociados direitos de compra ou venda de ações, índices de ações, moedas, contratos futuros ou títulos, com preços de exercício preestabelecidos. No mercado de opções, compradores têm o direito de comprar ou vender uma certa quantidade de ativos, a um preço prefixado até uma data, enquanto os vendedores ficam com a obrigação de vendê-la ou comprá-la conforme o acordado. O comprador que adquire uma opção de compra espera que o preço futuro suba. Na compra de uma opção de venda, ele espera que o preço futuro caia. Já a expectativa do vendedor é oposta: se ele vende uma opção de compra é porque espera que o preço futuro caia. Se espera que o preço futuro suba, vende a opção de venda. A diferença do valor pago e do valor recebido é chamada de prêmio.

MERCADO PRIMÁRIO
Mercado onde ações, títulos e valores mobiliários são negociadas pela primeira vez, provenientes de novas emissões. As empresas recorrem ao mercado primário para completar os recursos de que necessitam, visando o financiamento de seus projetos ou seu emprego em outras atividades.

MERCADO SECUNDÁRIO
Onde ocorre a negociação de títulos já adquiridos no mercado primário.

MORA
Atraso no cumprimento de uma obrigação, em geral, pagamentos.

MORATÓRIA
Prorrogação de prazo para pagamento de uma dívida concedida pelo credor ao seu devedor. Também pode ser a declaração unilateral do poder público de que não honrará suas dívidas no vencimento dos contratos.

*

N

NASDAQ
Bolsa americana que negocia ações de empresas de tecnologia, como a Microsoft. Sigla em inglês para Associação Nacional Corretora de Valores e Cotações Automatizadas.

NOVO MERCADO
Novo segmento de listagem de empresas da BM&FBovespa. Para ser incluída neste grupo, a empresa deve ter boas práticas de governança corporativa, ou seja, adotar um conjunto de regras mais rígidas do que a exigida pela legislação brasileira. Essas práticas permitem a melhora na qualidade das informações prestadas e ampliam os direitos dos acionistas.

*

O

OPÇÃO
Direito que o investidor compra de adquirir ou vender determinado ativo (como ação ou contrato) por determinado preço em uma data futura. Quando chega essa data, ele pode exercer ou não essa opção de compra ou venda, conforme julgue mais vantajoso (veja DATA DE EXERCÍCIO DE OPÇÃO). A opção serve, por exemplo, para que um investidor que aposte na valorização de determinado papel possa comprar hoje o direito de adquirir esse papel no futuro por um valor menor do que ele possivelmente estará valendo. Se no vencimento dessa opção essa ação estiver custando menos do que o valor estipulado para a compra, o investidor não é obrigado a exercer a opção e pode comprar o papel pelo valor de mercado.

OPERADOR DE PREGÃO
Profissional representante de uma sociedade corretora que executa ordens de compra e de venda de ações no pregão de uma Bolsa de Valores.

ORDEM
Instrução dada por um investidor para que a sociedade corretora da qual é cliente execute a compra ou venda valores mobiliários.

*

P

PAPEL-MOEDA
Cédula de moeda de curso legal de um país.

PASSIVO
É o total das dívidas e obrigações de uma empresa ou de uma pessoa.

PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA
Relação entre o estoque de capital de determinado acionista, ou grupo de acionistas, e o estoque de capital total da empresa.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Diferença entre o valor dos ativos e dos passivos de uma empresa. Patrimônio líquido é o valor contábil pertencente aos acionistas ou sócios. No caso dos fundos de investimento, o patrimônio líquido é a soma de todos os ativos e operações dos fundos, descontados os custos e taxas.

PESSOA JURÍDICA
Expressão empregada para designar instituições, corporações, associações e empresas em geral, em contraposição à pessoa física, que designa indivíduos.

PIB
Produto Interno Bruto. Soma do valor de todos os bens e serviços produzidos em um país ou uma região, durante um determinado período.

PGBL
Plano Gerador de Benefício Livre. Plano de previdência privada (investimento de longo prazo, cujo objetivo principal é a aposentadoria). No PGBL, é possível deduzir as contribuições feitas do Imposto de Renda até um limite de 12% da renda total tributável. Quando dos resgates, a tributação do plano incidirá sobre o principal e os rendimentos.

PN
Sigla que identifica as ações preferenciais nominativas. Veja ação preferencial.

POLÍTICA DE INVESTIMENTO
Na administração de recursos, política de investimento é a definição das regras e a forma de atuação relativas à gestão de uma carteira de investimento.

PORTFÓLIO
Conjunto de títulos e valores mantido por um fundo mútuo ou por um investidor.

PRECIFICAÇÃO
Ato de estabelecer, mediante critérios, o preço de compra ou de venda de uma ação ou um título.

PREGÃO
Sessão de compra e venda de papéis numa Bolsa de Valores, que pode ocorrer diretamente na sala de negociações ou pelo sistema eletrônico.

PRIVATIZAÇÃO
Processo de transferência do controle acionário governamental para instituições privadas ou pessoas físicas através de leilão.

PROSPECTO
Informativo elaborado com linguagem mais clara para que seja acessível ao investidor. No prospecto de um fundo de investimento, estão as informações que o investidor precisa saber sobre o funcionamento do fundo. É um documento elaborado pelos administradores de fundos de investimento e nas ofertas públicas de títulos e valores mobiliários, que permite ao investidor conhecer as características do investimento.

POUPANÇA
Parte da renda não utilizada em despesas. Para o investimento, veja CADERNETA DE POUPANÇA.
p(star). *

R

RATING
Nota atribuída por agências de classificação de risco a instituições financeiras, governos ou ativos de acordo com o risco que apresentam

RDB
Recibo de Depósito Bancário. Tipo de aplicação em renda fixa, cujo rendimento é uma taxa de juros previamente combinada e negociável diretamente com o banco. O RDB não permite retirada antecipada dos recursos aplicados.

REGISTRO EM BOLSA
Inscrição necessária para que uma empresa tenha suas ações admitidas à cotação em uma Bolsa de Valores. O registro depende do cumprimento de uma série de normas estabelecidas pela Bolsa de Valores, entre elas ter registro de companhia aberta na CVM e de prévia autorização para venda dos valores mobiliários.

REMESSA DE LUCROS
Envio de lucros para o exterior de uma empresa multinacional instalada em um país.

RENDIMENTO BRUTO
Em aplicações financeiras, são ganhos obtidos numa operação antes do desconto de impostos.

RENDIMENTO LÍQUIDO
Em aplicações financeiras, é o conjunto de ganhos obtidos numa operação após o desconto de impostos.

RENDIMENTO NOMINAL
Ganhos obtidos numa operação sem descontar a inflação.

RENDIMENTO REAL
Ganhos obtidos em uma operação já descontada a inflação.

RENTABILIDADE
Taxa de retorno de um investimento.

RESGATE
Ato de pagamento de um título (duplicata, nota promissória etc.) ou de recebimento de uma aplicação.

RISCO
Grau de incerteza da rentabilidade (retorno) de um investimento. A possível remuneração oferecida por determinado investimento é proporcional ao grau de risco que ele oferece.

*

S

SBPE
Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos. Reúne agentes que captam dinheiro da poupança e emprestam para o setor imobiliário.

SEC
Securities and Exchange Commission. É o órgão regulador do mercado de capitais norte-americano, equivalente à CVM no Brasil. Veja CVM.

SECURITIZAÇÃO
Processo de conversão de uma dívida ou obrigação em títulos negociáveis (securities). O termo é derivado do inglês "security".

SELIC
Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Sistema do Banco Central que registra negócios com títulos públicos federais e de depósitos interfinanceiros. A taxa de juros praticada neste sistema, a taxa Selic, serve é o juro básico da economia brasiliera. A taxa é revista periodicamente pelo Copom. Veja COPOM.

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Conjunto de instituições e instrumentos financeiros que possibilita a transferência de recursos e cria condições para que títulos e valores mobiliários tenham liquidez no mercado financeiro. É coordenado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e é composto pelo Banco Central, Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal e estaduais, Bolsas de Valores e outras instituições financeiras.

SISBACEN
Sistema de informações do Banco Central, que armazena e recupera dados on-line com atualização em tempo real.

SMALL CAPS
Ações menos negociadas na Bolsa de Valores e que, portanto, tem baixa liquidez. Também chamadas de ações de segunda linha. Veja LIQUIDEZ.

SPREAD
Diferença entre o custo de captação dos bancos/instituições financeiras e a taxa cobrada ao cliente final.

SUBSCRIÇÃO
Quando precisam ampliar a infraestrutura ou pagar dívidas, as empresas costumam emitir novas ações no mercado (Bolsa de Valores). Isso pode ser feito de dois modos: por meio de uma oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês; veja verbete), quando todo e qualquer investidor pode comprar as ações, ou pela subscrição, quando os já acionistas recebem o direito de adquirir essas ações por preço e período fixados pela própria empresa emissora. Com esse direito, o acionista irá escolher se decide comprar ou não as novas ações pelo valor definido.

SUPERAVIT COMERCIAL
Quando valor das exportações de um país supera o valor das importações.

SUPERAVIT PRIMÁRIO
Valor que o governo federal economiza para pagar os juros da dívida pública. Veja DÍVIDA PÚBLICA.

*

T

TAKE OVER
Processo de aquisição do controle de uma empresa por outro grupo através da compra, em Bolsa de Valores, de ações da empresa. Pode ser amigável, quando há acordo prévio entre as partes.

TAXA DE ADMINISTRAÇÃO
Valor pago pelos cotistas de um fundo ao administrador como remuneração pelo serviço prestado. Incide anualmente sobre o valor total aplicado, não apenas sobre a rentabilidade.

TAXA DE CÂMBIO
Valor pago na conversão entre duas moedas.

TAXA DE CUSTÓDIA
Em fundos de investimento, é o valor cobrado para a guarda, liquidação financeira e administração de proventos dos ativos que compõem o fundo. Veja LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA.

TAXA DE PERFORMANCE
Valor cobrado pelo administrador sobre a parcela da rentabilidade do fundo de investimento que tiver variação acima do índice estabelecido como referência.

TÍTULO
Termo genérico para qualquer papel negociável, como ação, CDBs, letras de câmbio, etc.

TÍTULOS CAMBIAIS
Papéis vendidos pelo Banco Central com o compromisso de pagar a variação do dólar (mais uma taxa de juro previamente definida) até o seu prazo de vencimento. São utilizados para proteger um investimento das oscilações futuras no preço de uma moeda estrangeira, mas não representam proteção perfeita, já que estão sujeitos à tributação.

TÍTULO DE DÍVIDA
É uma espécie de "vale" que atesta que o comprador (investidor) emprestou dinheiro a um governo ou companhia, e que descreve os termos de reembolso. O comprador pode adquirir um título de dívida com desconto. O título tem uma taxa de juros fixa por um período determinado. Quando o tempo se esgota, diz-se que o título "venceu" e o comprador pode resgatá-lo pelo valor nominal integral. Há diferentes tipos de títulos de dívida (veja TÍTULO DE DÍVIDA EXTERNA, TÍTULO DE DÍVIDA PÚBLICA, TÍTULO PÓS-FIXADO, TÍTULO PREFIXADO, TÍTULO PRIVADO).

TÍTULO DE DÍVIDA EXTERNA
Título de dívida pública colocado no mercado internacional, em geral denominado em moeda estrangeira. Existem vários títulos de dívida externa, dentre os quais os "Bradies" e os "bônus globais" são os mais conhecidos.

TÍTULO DE DÍVIDA PÚBLICA ou TÍTULO PÚBLICO
São papéis emitidos pelo governo para financiar projetos ou equilibrar as contas. Para o investidor, esses títulos são ativos de renda fixa. Ou seja, seu percentual de rendimento pode ser estimado no momento da aplicação, ao contrário do que ocorre com ativos de renda variável (como ações), cujo retorno não pode ser estimado no investimento. Veja RENDA FIXA e AÇÃO.

TÍTULO PÓS-FIXADO
Quando o investidor compra um título pós-fixado, descobre sabe o quanto irá receber somente no final da aplicação. Isso ocorre porque o rendimento é determinado pela variação de certo índice (como o de inflação, por exemplo) mais uma taxa de juros determinada no início.

TÍTULO PREFIXDO
É aquele cuja remuneração é determinada no momento da aplicação. Exemplo, um CDB (Certificado de Dpósito Bancário) prefixado. Veja verbete CDB.

TÍTULO PRIVADO
Título emitido por uma empresa. Um CDB (Certificado de Depósito Bancário), por exemplo, é um título privado, emitido por um banco. Veja CDB.

TÍTULO PODRE
Título de pagamento duvidoso, normalmente de longo prazo, negociado com grande deságio (desconto).

TJLP
Taxa de Juros de Longo Prazo. Indexador oficial para operações financeiras, calculado sobre a lucratividade média dos Títulos da Dívida Externa emitidos pelo Brasil e dos Títulos da Dívida Pública Mobiliária Interna Federal, quando de sua emissão no mercado primário. É a taxa utilizada para corrigir financiamentos feitos junto ao BNDES.

TR
Taxa Referencial de Juros. O valor da TR é calculado pelo Banco Central a partir da remuneração mensal média dos CDBs e RDBs emitidos pelos maiores bancos do país.

TRIBUTO
Valor pago obrigatoriamente ao governo. Podem ser de cinco espécies: 1) impostos, não vinculados à prestação de serviço por parte do governo; 2) taxa, paga pela prestação de um serviço público específico (por exemplo, registro de empresa na junta comercial) ou pelo exercício de fiscalização (por exemplo, fornecimento de alvará); 3) contribuição social, para a seguridade social (exemplos: PIS, Cofins); 4) contribuição de melhoria, para cobrir custos com obra pública que resulte em valorização do imóvel; 5) empréstimo compulsório, que pode ser instituído pela União em caso de guerra, calamidade pública ou investimento público relevante

*

V

VALOR AGREGADO
Valor adicionado a um produto em cada etapa de produção. Assim, um produto industrializado tem mais valor agregado que uma matéria-prima.

VARIAÇÃO CAMBIAL
Percentual que indica a variação da taxa de câmbio em um determinado período.

VGBL
Vida Gerador de Benefício Livre. É um plano de previdência privada (investimento de longo prazo, cujo objetivo principal é a aposentadoria). Não permite deduzir as aplicações do Imposto de Renda (indicado, portanto, para quem faz declaração simplificada de IR). O IR será cobrado no momento do resgate. No VGBL, não há custos para transmiti-lo em herança.

VOLATILIDADE
Indicador da intensidade da variação das cotações de um título em relação às oscilações médias ou típicas do mercado em um determinado período.

*

W

WALL STREET
O termo designa a comunidade financeira de Nova York. É também o nome da rua, em Manhattan, onde estão a Bolsa de Valores de Nova York, várias bolsas de mercadorias e as sedes dos principais bancos.


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