Folha de S. Paulo


Um balanço da produção arquitetônica no Brasil e no exterior em 2015

RESUMO Crítico faz um balanço das construções inauguradas no Brasil e no exterior ao longo do ano que passou. Marcado pelas crises econômica e dos refugiados e pelo medo do terrorismo, 2015 teve uma arquitetura que olhou para o passado de diferentes formas, tanto em obras espetaculares e grandiosas quanto nas funcionais.

Leonardo Finotti
Pavilhão de Claudia Andujar em Inhotim, fotografado por Leonardo Finotti
Pavilhão de Claudia Andujar em Inhotim, fotografado por Leonardo Finotti

Com 40 mil habitantes, Bentonville é uma cidade do interior dos EUA que, de tão típica, poderia ser cenário de Hill Valley, o fictício vilarejo de "De Volta Para o Futuro".

Numa manhã de novembro passado, enquanto a principal manchete nos periódicos da cidadezinha do Arkansas era um encontro de jogadores de beisebol aposentados, ocorria um feito anunciado dois anos antes pelo jornal "The New York Times": a abertura ao público de uma casa criada há seis décadas por Frank Lloyd Wright (1867-1959) e reconstruída, tábua por tábua, a mais de 2.000 quilômetros do terreno original.

O relevo da notícia não se deve ao fato de uma casa projetada pelo arquiteto ser aberta a visitação –algumas até se podem alugar para pernoite. Tampouco é inédita a remontagem. A novidade reside no fato de que a residência Bachman-Wilson foi a primeira obra arquitetônica da história a se tornar, inteiramente, uma peça de museu, o Crystal Bridges, instituição dos herdeiros do Walmart.

Em geral, reconstruções assim são desaprovadas, pois modificam fundamentos como a topografia, sendo toleradas quando há ameaça de desaparecimento, caso da construção de Wright.

Após restaurá-la, seu quinto proprietário foi derrotado por furacões que encheram o rio vizinho: o Floyd destruiu a cozinha, e o Irene inundou-a com dois metros. Para salvá-la, a saída foi vendê-la, com o compromisso da remontagem. A transferência da casa para o museu é um termômetro do ambiente arquitetônico de 2015, quando o presente se ligou ao passado como em raros momentos.

MOMA

Nos anos 1930, a arquitetura moderna foi incluída na programação de museus em mostras pioneiras do MoMA. Em 2015 o museu nova-iorquino fez mais uma revisão do passado arquitetônico: montou "Latin America in Construction: Architecture 1955-1980", exposição centrada no desenvolvimentismo, mas que excluía revisões críticas, como as do britânico Justin McGuirk, para quem o continente sepultou a utopia moderna.

Além de ter representantes de sua arquitetura na mostra, o Brasil esteve presente na figura de Leonardo Finotti. Um dos principais fotógrafos de arquitetura em atuação no país, ele foi comissionado pelo MoMA para registrar criações de arquitetos em diferentes pontos do continente latino-americano.

PASSADO

O passado também deu as caras no festejado retorno da expografia original de Lina Bo Bardi para o Masp, recriada pelo escritório Metro, assim como nos eventos do centenário de Vilanova Artigas, com exposições, publicações e documentário.

A lembrança teve contrapartida negativa na desmontagem da passarela criada por Artigas diante do aeroporto de Congonhas, que havia décadas não recebia manutenção adequada e ameaçava ruir.

Enquanto o MoMA louvou o modernismo brasileiro, a ganância destruirá a Estação da Lapa, projetada em Salvador por João Filgueiras Lima, o Lelé (1932-2014): sob protestos do Instituto de Arquitetos do Brasil, ela será macaqueada em shopping center, com o aval do prefeito ACM Neto (DEM). Ninguém cogitou, nem por ironia, fazer o que se fez em Bentonville.

Em outra chave, o passado também se fez presente em um dos mais marcantes edifícios do ano: a Fundação Prada, em Milão, da lavra do holandês Rem Koolhaas.

Como ele se contrapõe à onda conservadora mais interessada em preservar do que em construir, é sempre interessante seu diálogo com a história. Interagindo com o de antigas fábricas milanesas, seu desenho ampliou os limites de intervenções do gênero, utilizando, por exemplo, materiais vulgares com requinte, dourando prédios antigos e tecendo um novo capítulo de seu diálogo com a moda, aproximando arte e mercado.

Outra novidade cultural de 2015 foi o novo Whitney, em Nova York. Bordeando o High Line, o museu brotou da prancheta do italiano Renzo Piano, cultuado, desde o Pompidou, por sua precisão tectônica. A estranheza volumétrica, que fez alguns críticos torcerem o nariz, responde a restrições legais, que impõem recortes obrigatórios no prédio, e o ponto alto é o cuidado com os visitantes e o acervo: os acessos são claros, os espaços internos, impressionantes, e os terraços viraram atração turística.

O ramo da cultura ofereceu mais um exemplo de impacto com o museu The Broad, em Los Angeles. O prédio, dedicado à arte contemporânea, foi projetado por Diller Scofidio + Renfro, autores do High Line e da futura nova sede do MIS no Rio, cuja construção deve ser concluída em 2016. Ao contrário de Piano, eles enfatizam a superfície. O museu, localizado em frente ao Walt Disney Concert Hall, foi financiado pelo bilionário Eli Broad –daí o nome da instituição.

Apesar das imagens sedutoras, o projeto não convenceu alguns críticos, como Sarah Goldhagen, que, num artigo na revista "Art in America", afirmou que houve falha na escala do pedestre e até mesmo na fachada.

No Brasil, o edifício cultural que roubou a cena foi o Museu do Amanhã, de Santiago Calatrava, implantado em píer na redesenhada praça Mauá, no centro do Rio.

O arquiteto espanhol causou impressão no meio arquitetônico no final dos anos de 1980 com obras que reavivaram o binômio arquitetura-engenharia de pioneiros do moderno, como o suíço Robert Maillart (1872-1940). Por isso, sua melhor expressão são equipamentos de infraestrutura, como pontes ou estações, ficando em segundo plano seus espaços culturais que, monumentais, apelam para a tecnologia –nem sempre com sucesso, como no museu de Milwaukee, nos EUA, cujas partes móveis não funcionam.

Seu projeto carioca, que ele diz ter sido inspirado numa bromélia, corresponde ao cenário –mais do que vegetal, porém, a reminiscência formal, como é comum em seu trabalho, é a de uma ossatura animal. Seria o Museu do Amanhã uma anfisbena, serpente mitológica com duas cabeças?

As bocas são as marquises: uma recebe o público e a outra, voltada para a baía, protege a escultura de Frank Stella, minimizada pela escala do museu. Quase simétricas, as marquises possuem a mesma área da parte fechada, fazendo o edifício parecer maior –são 12,5 mil metros quadrados que custaram R$ 215 milhões.

Arquitetura e exposição se relacionam de maneira equilibrada e independente. O museu é a mais ambiciosa realização da Fundação Roberto Marinho, com conteúdo interativo sem acervo, modelo iniciado no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo –que, coincidentemente, ardeu quando o espaço carioca abriu.

A recepção ao projeto foi dividida, aqui e no exterior –uma colega norte-americana o qualificou como o "Museu do Ontem", portador de um debate arquitetônico ultrapassado. A despeito disso, o objetivo do projeto era o de ser o maior legado dos Jogos Olímpicos no Rio, atraindo público e ajudando a revitalizar o porto.

Mais importante que a singularidade da obra, deve-se louvar a renovação da praça Mauá, com a retirada da via Perimetral e o novo VLT: o espaço ilustrou capas de jornais com meninos pulando na água –mesmo se a poluição da baía de Guanabara, tema de apreensão há décadas, persiste, tornando impossível até mesmo sonhar com o que em Berlim se estuda fazer: usar as águas ao redor das Ilhas dos Museus como piscina pública.

Entre os equipamentos esportivos desenhados para o evento de 2016, destaca-se a sede do golfe, na Barra da Tijuca.

A obra foi alvo de uma novela jurídica, que chegou a ameaçar seu andamento. Apesar de a Prefeitura do Rio dizer ter recuperado a área de restinga onde o complexo foi instalado, grupos de ativistas qualificaram a construção, em zona de proteção, de 22 torres de mais de 20 andares –contrapartida ao investimento privado no equipamento– como "crime ambiental".

Atendo-nos estritamente ao mérito arquitetônico, a iniciativa apoiou a jovem produção, carente de demanda pública ou privada de qualidade. O concurso do comitê olímpico foi vencido pela equipe do Rua Arquitetos. O escritório carioca de Pedro Évora e Pedro Rivera, estabelecido em 2008, define o conjunto que abrigará a sede social e a sede da Confederação Brasileira de Golfe como uma "confortável varanda" sobre o gramado.

Se o Rio não produzirá nenhum ícone arquitetônico global, a Olimpíada de 2020 promete: em Tóquio, está avançada a discussão sobre o estádio, descartando a proposta inicial de Zaha Hadid em razão da reação pública. Na metade de dezembro, o governo divulgou imagens dos dois finalistas enquanto o vencedor, Kengo Kuma, almoçava no parque Ibirapuera.

Kuma estava em São Paulo para conhecer o espaço que abrigará seu projeto para a Japan House, espaço oficial dedicado a fortalecer os laços Brasil-Japão, que ocupará dois pavimentos de um edifício já existente na avenida Paulista.

PESSIMISMO

Novos projetos, como o do japonês, foram raros no cenário brasileiro: o pessimismo do mercado e a paralisia do governo congelaram a cena arquitetônica, e os escritórios demitiram. Basta um dado para estampar a catástrofe: em dezembro de 2014, já com Dilma reeleita e o mercado dando sinais de nervosismo, um dos maiores escritórios desenvolvia 1 milhão de metros quadrados em projetos; após um ano, a somatória sofreu uma queda de 95%.

Ao contrário do que acontece no setor de embalagens, que reflete rapidamente as mudanças no cenário econômico, a produção arquitetônica funciona como um termômetro tardio, dada a lentidão entre os primeiros croquis e a inauguração de uma obra.

Ainda assim, dois exemplos simbólicos brotaram em Minas Gerais, no entorno do maior desastre ambiental do país, fazendo aflorar pérolas arquitetônicas em Brumadinho e Congonhas. A primeira é a galeria Claudia Andujar, em Inhotim, criada pelos Arquitetos Associados. O pavilhão se camufla na mata ao redor com uma espécie de "pele" de tijolos –o xamã ianomâmi Davi Kopenawa, autor do livro "A Queda do Céu", apelidou o espaço, quase todo dedicado ao trabalho da fotógrafa entre seu povo, de "casa de terra". Contrariando a opacidade das paredes, a surpreendente luz natural entra por claraboias no teto para iluminar a coleção de fotos.

O projeto do Museu de Congonhas, desenhado por Gustavo Penna, envolveu a Unesco, a prefeitura e o Iphan e tem o objetivo de revalorizar o patrimônio de Aleijadinho. Foi também um diálogo com o passado que Penna estabeleceu em seu projeto. Ele se comunica não só com Aleijadinho (1730-1814) mas também com as referências do entorno, tomando emprestado, por exemplo, a curva do edifício dos romeiros –razão primordial do conjunto.

ÁGUA

Em São Paulo, chamaram a atenção duas obras públicas que, entre outras qualidades, potencializam a relação urbana com a água. A primeira é uma escola estadual em Guarulhos, desenhada pelo H+F Arquitetos, que abriu a entrada principal para a frente de um córrego, dando-lhe protagonismo. A segunda é a reurbanização da Favela do Sapé, na zona oeste da capital, que requalificou um quilômetro e meio das margens de outro córrego, retirando habitações precárias e construindo unidades dignas, com desenho de Marina Grinover, Catherine Otondo e Jorge Pessoa.

Apesar das nobres intenções, ambos os projetos guardam ecos de ações públicas de outrora –evocando novamente o passado, mas numa nota negativa. A escola foi construída pelo governo estadual usando fórmula que, há 15 anos, era inovadora, mas desde então só se repete: estruturas criadas por arquitetos de vanguarda a partir de peças pré-moldadas de concreto.

(Seria justo, porém, assinalar que o governo do Estado sabe apostar em reais novidades, como mostrou ao solicitar ao escritório Levisky Arquitetos a adequação da área livre de três reservatórios da Sabesp para uso recreativo.)

O caso da habitação social envolve a prefeitura paulistana, que entregou 15% das 55 mil unidades anunciadas em campanha. O fracasso é justificado pela administração municipal pelo fato de o repasse federal ter sido de apenas 11% do esperado. Sem dinheiro, a prefeitura paralisou dezenas de projetos e entregou o que estava adiantado, caso do Sapé, cujo desenho é uma espécie de cartilha de ação estabelecida na gestão anterior, quando Elisabete França dava as cartas na secretaria.

A falta de verba também foi a justificativa do prefeito para deixar no papel planos urbanísticos para o centro, como a reforma do Anhangabaú. Polêmica e inovadora, a ideia do dinamarquês Jan Gehl pretende incentivar a ocupação do vale, definindo uma zona central para recreações com jatos d'água e limitando as laterais como se fossem ruas.

Quebrada, a prefeitura adotou estratégias de grande impacto e baixo custo, como ciclovias, o fechamento dominical da Paulista para carros e a diminuição de velocidade em ruas e avenidas. São medidas positivas, que contribuem para a valorização do uso do espaço público pelo pedestre.

O ano que passou também imprimiu novos capítulos à questão do ativismo urbano. Patinou no Recife, com a batalha quase perdida do Cais Estelita. Em São Paulo, parou a possibilidade do parque Augusta, enquanto se desenvolveu o largo da Batata e, principalmente, o parque Minhocão, com ampliação do fechamento do elevado para os carros aos sábados, além da implantação de jardins verticais e de novos painéis artísticos nas empenas dos prédios.

Entre projetos que têm o automóvel na mira, um dos mais interessantes foi apresentando pela equipe de Bancoc na 1ª Bienal de Arquitetura de Chicago: transformar em microapartamentos as vagas de um edifício-garagem obsoleto. A exposição, que foi a maior do ano, deu sede ao pensamento de vanguarda no país do pragmatismo.

Durante quase 300 anos, a primazia do debate arquitetônico coube aos periódicos impressos, que sofrem baixas: por cortes orçamentários, a USP deixou de assiná-los para a biblioteca da Faculdade de Arquitetura, uma lacuna na formação de estudantes; em outra ponta, a inglesa "Architectural Review", que circula há 120 anos, anunciou que sairá em formato digital.

PUJANÇA

Por causa do já apontado ritmo mais lento do setor arquitetônico, realizações do setor privado ainda refletem a pujança econômica anterior. É o caso de três fábricas que despontaram em meio ao desmonte do parque industrial nacional: uma multinacional de tintas no Rio de Janeiro recebeu o traço de Loeb Capote; uma nova unidade da Unilever foi criada pela GCP no interior paulista; e uma nova fábrica da Natura no Pará, com desenho da Gesto. As três demonstram cuidados com a sustentabilidade, refletindo na arquitetura a gestão empresarial.

O mercado imobiliário congelou lançamentos e viveu de estoque. Um dos destaques foi o complexo FL 4300, na avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, com três torres que circundam uma praça, desenho de Aflalo Gasperini. O conjunto foi totalmente vendido no lançamento, por R$ 250 milhões, em 2011, quando o dólar estava R$ 1,60.

Outros destaques são pequenos edifícios de apartamentos na Vila Madalena, de Isay Weinfeld e Andrade Morettin, que reafirmam a transformação de parte do mercado imobiliário, valorizando a arquitetura de vanguarda em processo iniciado há dez anos.

A crise deixou o mercado em ponto morto com os projetos ganhando mais tempo de prancheta: os próximos anos prometem prédios impactantes de Angelo Bucci, Héctor Vigliecca e Arthur Casas. Este é responsável por uma boa surpresa de 2015: em parceria com Marko Brajovic, criou o pavilhão do Brasil na Expo Milão.

Nos últimos 45 anos, o Brasil só ocupara espaços alugados nesse evento comercial, sem construir um pavilhão temporário como o que acabou se tornando um dos mais concorridos do evento, com 5,3 milhões de visitantes –o último, em 1970, havia sido desenhado por Paulo Mendes da Rocha.

Seu ímã foi uma rede, quase um pula-pula gigante, que fazia alusão à trama entre agentes que produzem alimentos. O desenho de Casas representou o país na capital mundial do design.

Outra obra brasileira no exterior foi o Museu dos Coches, de Paulo Mendes da Rocha, nova sede do mais visitado museu português, próximo à Torre de Belém, em Lisboa. O espaço custou €40 milhões e foi inaugurado com prestígio político e cultural que, infelizmente, ele não viu numa obra sua em seu próprio país.

Em 2015, Mendes da Rocha participou de consórcio, liderado pelo Instituto Urbem, que concorreu em 13 das 23 áreas disponibilizadas pela Prefeitura de Paris para um inovador concurso de desenvolvimento urbano. Vencerá quem apresentar o melhor uso criativo das áreas, que variam de pequenos edifícios a grandes complexos.

O consórcio incluiu projetistas de seis países (Brasil, Chile, EUA, Itália, França e Suíça), entre eles, o chileno Alejandro Aravena, que foi anunciado, na última quarta, vencedor do Pritzker 2016. O time é finalista de duas áreas (com trabalhos de Andrade Morettin e dos franceses Joly & Loiret), e os resultados da final, que ocorreria nos primeiros dias de 2016, será divulgado ainda no primeiro semestre.

PATRIMÔNIO

Enquanto a Turquia cortejava estrelas ocidentais da arquitetura para o projeto da torre do aeroporto de Istambul, temia-se que o Estado Islâmico destruísse o patrimônio de Sabratha, na Líbia, como havia feito em Palmira, na Síria.

Mas dos arqueólogos veio também uma notícia inesperada. Foram encontrados vestígios de que Stonehenge pode ter sido transportado para a Inglaterra desde o País de Gales, onde foram localizadas rochas com tamanhos e formas semelhantes a seus 80 monólitos azuis. Os estudiosos desconfiam de que ele tenha sido remontado em diferentes locais, muito antes da casa de Frank Lloyd Wright.

Como ficou registrado no filme de Robert Zemeckis que invocamos no começo deste texto, o ano de 2015 era o símbolo de um futuro distante. Hoje, ele já é passado, e será lembrado pela crise econômica e política no Brasil, pelo terrorismo do EI e pela subsequente crise dos refugiados na Europa.

Talvez a maior novidade revelada por uma construção humana no ano tenha sido, justamente, a de Stonehenge: segundo os pesquisadores, a mudança de endereço pode ser a prova de que foi um monumento de unificação, que reuniu no Neolítico povos da Grã-Bretanha.

Mesmo ainda sendo uma teoria, é um alento para o presente saber que houve paz no passado, um tempo que, como diz o ditado, pode ser imprevisível.

FERNANDO SERAPIÃO, 44, crítico de arquitetura, é editor da revista "Monolito", que completa cinco anos com a edição "Anuário 2015", a ser lançada no final do mês.

LEONARDO FINOTTI, 39, é fotógrafo especializado em arquitetura.


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