Folha de S. Paulo


Os esforços para proteger sítios arqueológicos e culturais

Os militantes do Estado Islâmico que destruíram a cidade assíria antiga de Nimrud teriam adorado William "Basher" ("Esmurrador") Dowsing. Entre o inverno de 1643 e o verão do ano seguinte, autorizado por um decreto do Parlamento Longo da Inglaterra a acabar com "todos os monumentos à superstição e idolatria", Dowsing, funcionário puritano que foi comandante dos exércitos da Associação de Condados do Leste durante a Primeira Guerra Civil inglesa, encarou como sua missão pessoal obliterar o máximo possível da arte sacra das igrejas e faculdades da região de Anglia Oriental.

Tanto orgulho ele sentia desse trabalho "divino" que fazia um diário detalhado em que registrava com minúcias as façanhas de seu esquadrão demolidor. Em Pembroke Hall, da universidade de Cambridge, em dezembro de 1643, "destruímoss e arrancamos 80 quadros supersticiosos", ele escreveu; no vilarejo de Clare, em Suffolk, mil pinturas foram destruídas, além de figurinos de madeira dos 12 Apóstolos sobre um telhado.

Karim Sahib/AFP
Trabalhadores iraquianos limpam estátua de touro alado no sítio arqueológico assírio de Nimrud, em 2001
Trabalhadores iraquianos limpam estátua de touro alado no sítio arqueológico assírio de Nimrud, em 2001

Quem opusesse resistência a Basher o faria por sua própria conta e risco. Em Swaffham Bulbeck, um vilarejo em Cambridgeshire, John Grange, que teria se embriagado e rido dos Cabeças Redondas (os puritanos), teve sua casa queimada até o chão na manhã seguinte, como castigo por sua temeridade. Anjos sob qualquer forma -pintados, de gesso ou de madeira-deixavam Dowsing enraivecido, praticamente espumando pela boca e pedindo as marretas.

Os ataques contra imagens "idólatras" na Inglaterra tinham começado para valer um século antes, com a Reforma Protestante. Uma coisa que ninguém viu em "Wolf Hall" (seriado histórico recente da BBC) foram os esquadrões armados com marretas que Thomas Cromwell pôs em ação durante a dissolução dos mosteiros.

Nessa primeira fase, os alvos dos demolidores foram obras que supostamente promoviam a devoção tola a milagres espúrios. Mas a partir de 1547, no reinado do menino rei, Edward 6º, foi lançada uma campanha muito mais agressiva contra todas as imagens equacionadas com "idolatria". Estima-se que quando essa iconoclastia de Estado chegou ao fim, com a morte de Edward, em 1553, a Inglaterra já tinha perdido até 90% de sua arte cristã.

Os argumentos daqueles para quem as imagens constituem uma ofensa a Deus se assemelham muito aos daqueles iconoclastas puritanos. Puristas judeus ao longo dos séculos interpretaram a proibição aos ídolos, no segundo mandamento, como interdição absoluta de imagens em sinagogas e livros de orações (com a exceção do Hagadah da Pessach), e não das esculturas que foram objetos de adoração pagã. Judeus e muçulmanos compartilhavam a objeção à atribuição de uma imagem humana a uma divindade única, suprema, sem rosto e sem forma, e (juntamente com alguns cristãos) acreditavam que criar imagens do mundo era uma transgressão presunçosa do monopólio divino da criação.

Mas os odiadores de imagens não conseguiram se impor em nenhuma das três grandes religiões monoteístas. Nos cinco primeiros séculos de sua existência, os pisos das sinagogas judaicas eram cobertos de mosaicos, incluindo imagens de figuras da Bíblia, imagens coloridas que só desapareceram na mesma época da chegada do islã.

O dogma de que o próprio islã proíbe imagens do profeta é desmentido pela presença dele em inúmeros livros muçulmanos, se bem que com seu rosto muitas vezes oculto por um véu ou uma chama. E nem todos os protestantes acreditavam que imagens fossem uma profanação da pureza da palavra do Evangelho. Lutero se mostrava sensibilizado e até entusiasmado pelo poder das imagens de suscitar devoção.

Assim, ainda era possível opor resistência à mutilação e destruição ao atacado dos Basher Dowsings da vida. Quando o governador parlamentar tomou York, no verão de 1644, ele deu ordens específicas contra a depredação de monumentos de igrejas; essa sensibilidade possibilitou a preservação de muitas das glórias da catedral de York que sobreviveram. Exterminadores políticos mais modernos, determinados a erradicar de suas sociedades quaisquer locais de devoção que rivalizassem com os seus, em muitos casos foram combatidos por conservadores que integravam suas próprias fileiras.

Por exemplo, para impedir as turbas revolucionárias francesas de arrancar e destruir os túmulos reais de St. Denis e qualquer outra coisa associada aos séculos do velho regime, o arqueólogo francês setecentista Alexandre Lenoir lançou investidas preventivas voltadas a objetos medievais, guardando-os no monastério abandonado dos Petits-Augustins, ao qual deu o nome de Museu dos Monumentos Franceses.

Quer seja em Nimrud ou em Bamiyan, onde o Taleban em 2001 destruiu esculturas colossais de Buda da antiguidade, os obliteradores todos são movidos pelo mesmo instinto de pânico cultural, o medo de que as obras supremas do passado levem o povo a afastar-se da obediência cega e absoluta. A beleza e a história não interessam em absoluto a eles, que vivem em um universo de sujeição atemporal e forçam outros a habitá-lo também.

A simples noção de que as realizações da humanidade possam elevar-se ao nível do sublime é, para eles, uma afronta sacrílega. De certo modo, esse próprio sentimento constitui um elogio não intencional ao poder das imagens. No entanto, quando esse instinto pueril e temeroso leva a atos de aniquilação irreversível, não apenas a cultura imediata dos obliteradores é vitimada, mas a humanidade por inteiro, que perde um pedaço de sua memória, como se uma parte de nosso cérebro coletivo tivesse sido extirpada por um lobotomizador desvairado.

Mas lamentar essa perda para a humanidade não terá efeito algum sobre aqueles para quem a perda não é nada, comparada às imposições da divindade. Entrevistado pela BBC Radio 4 e indagado se seria favorável a uma intervenção militar para salvar Nimrud, o assiriólogo John E. Curtis disse que sim, e sua resposta é compreensível.

Lamentavelmente, porém, um esquadrão de ataques da Unesco é algo que só pode existir nos sonhos de histórias em quadrinhos. Mesmo antes que seus aviões pudessem ter sido abastecidos de combustível, os destruidores já estariam se parabenizando por terem reduzido obras-primas a escombros e pó.

Simon Schama é editor colaborador do "Financial Times".

IRAQUE

Este mês, militantes do Estado Islâmico, conhecido como EI, terraplenaram e saquearam os sítios arqueológicos antigos de Nimrud e Hatra, à margem do rio Tigre; a informação foi confirmada por funcionários do governo iraquiano. No mês passado foram divulgadas imagens de vídeo feitas pelo EI mostrando seus militantes destruindo a marretadas estátuas e santuários da era otomana num museu de história antiga na cidade de Mossul, sob controle do grupo desde junho do ano passado.

E agora? Ciente da importância do rico patrimônio arqueológico do Iraque, o governo adiantou a reabertura do museu nacional de Bagdá. E pediu à coalizão militar liderada pelos EUA bombardear posições do EI em todo o país, num esforço para proteger tesouros arqueológicos de mais saques e destruição. Um dos sítios visto como sendo mais vulnerável a ataques é a cidade antiga de Uruk, no sul do país, que, segundo especialistas, contém os exemplos mais antigos no mundo de arquitetura monumental e vida urbana.

"Tenho o coração partido porque ninguém sequer sabe exatamente o que foi destruído", diz o arqueólogo alemão Peter Pfälzner, que trabalha com as autoridades do Governo Regional do Curdistão (GRC) para preservar os sítios históricos. "Trata-se da destruição de patrimônio cultural, mas também da destruição de uma identidade, para criar uma identidade completamente nova."

Pfälzner e seus colegas estão concentrando seus esforços em localizar e registrar s sítios arqueológicos mais importantes do norte do Iraque, especialmente em Dohuk, uma das três províncias da região curda montanhosa adjacentes a Mossul. "Assim que tomam conhecimento dos sítios antigos e sua localização, as pessoas se orgulham e se dispõem totalmente a protegê-los. A população só precisa tomar conhecimento dos sítios."

Borzou Daragahi é correspondente do FT para o Oriente Médio e norte da África.

SÍRIA

Uma das consequências trágicas da guerra civil síria vem sendo a destruição de sítios históricos, desde fortalezas até bazares medievais, convertidos à força em zonas de guerra. Os rebeldes incapazes de combater o poderio aéreo avassalador do regime vêm recorrendo cada vez mais a "bombas de túnel", que miram posições do exército a partir de posições subterrâneas. Os rebeldes cavam um túnel sob uma posição do Exército, o enchem de explosivos e então detonam a explosão.

De acordo com o arqueólogo Michael Danti, que trabalha com a Escola Americana de Pesquisas Orientais da Universidade de Boston, essas explosões destroem não apenas belas obras arquitetônicas, mas também camadas de artefatos históricos ainda soterrados sob os sítios. Nos bazares antigos de Aleppo, Patrimônio Histórico da Unesco, a madrassa de al-Sultaniyah, fundada em 1223, desabou em outubro do ano passado. De acordo com relatos, as madrassas e mesquitas de Khasrawiya, construídas entre os século 13 e 15, caíram por terra dois meses mais tarde, atingidas por bombas de túnel.

E agora? Arqueólogos dizem que as manifestações internacionais de repúdio a esse tipo de destruição têm sido poucas comparadas com as reações contra a destruição pelo EI de artefatos antigos assírios na província de Hasaka, do leste da Síria. Isso apesar de quase 90% do patrimônio arqueológico destruído pelo EI e outros ser formado de artefatos islâmicos, incluindo mesquitas, santuários e túmulos dos séculos 13 e 14. Organizações internacionais procuram ajudar arqueólogos sírios e a população local a proteger sítios históricos que ainda não foram depredados.

Segundo Cristina Menegazzi, especialista da Unesco para programas na Síria, embora haja pouco que a Unesco possa fazer por muitas edificações, a organização está se esforçando para proteger objetos móveis e múseus. Todos os museus do país foram fechados, e os objetos que não podem ser movidos foram cercados por muros de concreto, estruturas de madeira e sacos de areia.

Erika Solomon é correspondente do FT em Beirute.

MALI

Os monumentos e mesquitas antigos de Timbuktu, construídos de tijolos de barro e calcário, resistiram a séculos de tempestades e ventos desérticos coruscantes, graças em parte aos habitantes da cidade, que sempre se dedicaram a conservar os sítios. Foi apenas em 2012 que seu futuro pareceu correr risco, quando extremistas islâmicos do grupo Ansar Dine se espalharam pelo norte do Mali, capturando a maioria das cidades principais em conjunto com extremistas aliados da Al Qaeda no Magreb Islâmico. Intolerantes das tradições místicas sufistas de Timbuctu, eles proibiram a música e levam enxadas, picaretas e máquinas de terraplanagem para destruir os santuários contendo os túmulos de santos, algo que viam como idolatria. Dezesseis mausoléus foram destruídos, incluindo dois que ficavam ao lado da imensa mesquita de Djingareyber, do século 14.

Como ficou? Muitos manuscritos em pergaminho foram salvos de serem queimados graças à coragem de moradores da cidade, que começaram a levá-los embora, de canoa e caminhão, para a capital, Bamako, e graças também à intervenção da França, que enviou tropas para ajudar a derrotar a insurgência islâmica. Mas dezenas de milhares de manuscritos agora estão em risco por outro motivo: a umidade.

Abdul Kader Haidara, que administra uma das coleções particulares de Timbuctu, diz que os manuscritos estão sendo preservados e digitalizados em Bamako e depois vão retornar. "Vão voltar a seus donos anteriores em Timbuctu", ele diz. Os recursos para esse trabalho vêm de fontes internacionais, desde fundações alemãs até a iniciativa mais inovadora de "crowdfunding" (financiamento coletivo) lançada por um programador de computadores no Estado de Washington, nos EUA.
Lazarus Eloundou, diretor da Unesco em Mali, estima que pelo menos 370 mil manuscritos tenham sido tirados de Timbuctu em segredo durante a insurgência. Ele lamenta a "perda incalculável" de cerca de 4.200 manuscritos queimados ou roubados. Nas últimas semanas a Unesco também começou a reconstruir alguns dos mausoléus.

William Wallis é redator de assuntos africanos do FT.

EGITO

O Museu Maláui na província de Minya, no alto Egito, foi saqueado em meio ao caos que tomou conta do país em agosto de 2013, quando os serviços de segurança dispersaram à força dois acampamentos de protesto islâmicos, matando centenas de manifestantes.

Saqueadores arrombaram o museu, que tinha antiguidades da região em volta, incluindo relíquias de Tel el-Amarna, um grande sítio arqueológico egípcio. Centenas de artefatos foram roubados, e os que eram grandes demais para serem levados embora, como sarcófagos, foram destruídos. Os danos incluíram a destruição de valiosas máscaras de gipsita do período greco-romano e de uma estátua pintada, que datava do Velho Império egípcio, do nobre Pepi Ankh, mostrado abraçando sua esposa. Mais de 900 dos 1.089 artefatos do museu foram roubados ou danificados.

Como ficou? O saque aconteceu num período especialmente turbulento da história recente do Egito -as mortes de manifestantes aconteceram seis semanas depois de os militares terem afastado do poder o presidente eleito, o islâmico Mohamed Mursi, desencadeando violência maior em todo o país. O incidente acabou ficando à sombra de outros acontecimentos, como incêndios propositais de igrejas e ataques a delegacias de polícia.

"Havia coisas demais acontecendo", diz Monica Hanna, professora de egiptologia na Universidade Americana do Cairo. Ela e outros acadêmicos independentes pediram que estudiosos que tinham trabalhado com o museu enviassem fotos dos artefatos, para possibilitar a criação de um registro. Este foi distribuído para a polícia egípcia, o Exército e a Interpol. A lista também foi enviada a organismos internacionais que combatem o tráfico de antiguidades, para que os objetos não pudessem ser revendidos.

A polícia egípcia conseguiu recuperar muitos dos objetos: em outubro do ano passado o governo anunciou que 950 tinham sido recuperados. Apesar dos planos de reparar e reabrir o museu até meados de 2014, ele permanece fechado. "Infelizmente, depois do ataque ao museu Maláui nada foi feito para proteger outros sítios", diz Hanna, chamando a atenção para os danos sofridos recentemente por um museu em Arish, no norte do Sinai, devido a um ataque com explosivos lançado por militantes islâmicos contra instalações dos serviços de segurança nas proximidades.

Heba Saleh é correspondente do FT no Cairo.

AFEGANISTÃO

Em março de 2001 o Taleban afegão, então no poder em Cabul, bombardeou e destruiu com explosivos dois Budas colossais esculpidos em um penhasco no vale de Bamiyan, na cordilheira Hindu Kush. As estátuas, uma com 53 metros de altura e outra com 35 metros, eram duas das maiores esculturas de Buda do mundo. Também estavam entre as mais antigas, tendo sido esculpidas do penhasco no século 6, quando Bamiyan era um centro budista renomado e ponto chave das rotas comerciais antigas que ligavam a China à Europa e a Ásia central à Índia.

Tão vastos eram os monumentos que foram precisos dias para destruí-los, primeiro com artilharia antiaérea e depois com explosivos colocados em buracos abertos com furadeiras nas esculturas.

Como ficou? As estátuas faziam parte do sítio de Patrimônio Mundial da Unesco no vale de Bamiyan, e os atos do Taleban foram denunciados como crimes contra a cultura e contra a humanidade.

O regime do Taleban foi deposto em 2001 por um ataque de rebeldes apoiados pelos EUA contra Cabul, após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 contra Washington e Nova York, arquitetados pela Al Qaeda. O Japão, entre outros doadores, prometeu dinheiro para reconstruir os Budas a partir de seus resquícios danificados. Dominado pelos hazaras, muçulmanos xiitas hostis ao Taleban, Bamiyan é um dos lugares mais pacíficos do Afeganistão, mas a guerra civil, sob a forma de uma insurgência renovada do Taleban, convulsiona outras partes do país.

Victor Mallet é chefe da sucursal do FT para a Ásia meridional.

LÍBIA

Aparentemente, é apenas uma caverna muito grande nos Montes Verdes do leste da Líbia. Mas cientistas acreditam que ela contém respostas a perguntas chaves sobre nossos ancestrais e como eles sobreviviam 200 mil anos atrás.

Descoberta na década de 1950, a caverna de Haua Fteah permaneceu em grande medida inexplorada até o início deste século. Agora ela corre grave perigo; é possível que já tenha sido depredada ou saqueada. Ninguém sabe ao certo porque ninguém esteve lá. Situada perto de zonas de guerra em Benghazi e Derna, muitos temem que ela possa ser atingida por mísseis errantes, saqueada por ladrões ou depredada por fanáticos.

Outros sítios também correm perigo. Um castelo da era otomana na cidade de Sabha, no sul da Líbia, foi danificado por um míssil no ano passado durante combates entre milícias tubus e árabes. Em muitos sítios em todo o país, incluindo as espetaculares ruínas romanas de Leptis Magna, à beira-mar, observadores notaram construções ilegais, com invasores aproveitando a ausência de governança para construir casas irregulares. No ano passado, vândalos teriam danificado as preciosas pinturas rupestres pré-históricas de Tadrart Acacus, no sul do país.

Como vai ficar? Nada deve mudar muito. Autoridades líbias dos dois governos rivais que hoje se combatem numa guerra civil crescente dizem que têm preocupações maiores que os sítios arqueológicos. Para complicar as coisas, alguns no poder se solidarizam com os jihadistas para quem esses sítios são sacrílegos. Políticos islâmicos em Trípoli se fazem de desentendidos quando seus aliados extremistas destroem monumentos urbanos importantes e santuários sufistas. Falando com um jornalista ocidental no ano passado, Omar al-Hassi, primeiro-ministro de um dos autoproclamados governos islâmicos da capital, elogiou a visão árida de um grupo jihadista ligado à Al Qaeda, considerando-a "bela".
O arqueólogo italiano Savino de Lernia, que estuda a Líbia há um quarto de século, diz: "A arqueologia líbia é especialmente rica e diversificada, sendo muito estrategicamente localizada entre o Mediterrâneo e o Saara. A paisagem e a geografia são muito importantes. O registro arqueológico é antiquíssimo."

Em artigo publicado no mês passado no periódico científico "Nature", ele avisou: "É possível que a maior ameaça ao patrimônio diversificado da Líbia seja o tráfico de materiais arqueológicos para a obtenção de lucro ou para o financiamento de grupos radicais." Ele escreveu que são necessárias mais ações para proteger e conservar os sítios e artefatos líbios, senão "as pesquisas arqueológicas no país, já moribundas, não demorarão a morrer. Seria altamente decepcionante e paradoxal se, depois de anos de descaso sob o regime de Gaddafi, o legado arqueológico líbio fosse novamente abandonado."

Borzou Daragahi

Tradução de Clara Allain.


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