Folha de S. Paulo


Tons e subtons de seis décadas de Osesp

RESUMO Turnê pela Europa que se encerra hoje deu início às comemorações dos 60 anos da Osesp. Hoje dona de orçamento vultoso e de crescente prestígio internacional, a orquestra teve história pontuada, até sua reestruturação e a inauguração da Sala São Paulo, em 1997, por baixos salários e instalações precárias.

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Quando na noite deste domingo (dia 27) soarem os últimos acordes do "Titã" de Gustav Mahler no Bridgewater Hall, em Manchester, a Osesp terá concluído sua nona turnê pela Europa.

Com orçamento de cerca de R$ 6 milhões, o tour que levou 120 pessoas e sete toneladas de equipamento a 13 cidades, em 15 concertos ao longo de 21 dias, deu início ao ciclo das comemorações de 60 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, que se completam em setembro de 2014.

O giro levou a agrupação a templos da música, como a Salle Pleyel, em Paris, e o Royal Festival Hall, em Londres, tocando nas mesmas séries que algumas das melhores do mundo, como a Filarmônica de Viena e a holandesa Concertgebouw.

"A Osesp está prestes a se tornar uma orquestra séria no contexto global", afirma à Folha James Jolly, editor-chefe da tradicional revista britânica "Gramophone". Para ele, a nomeação da norte-americana Marin Alsop como regente titular, a partir de 2012, "fez emergir uma identidade internacional da orquestra".

"A Osesp tem energia, flexibilidade e entusiasmo palpável. Isso é tão importante quanto tradição e herança cultural. Música clássica não é peça de museu. A vitalidade e a habilidade para se conectar com o público de hoje (e de amanhã) são essenciais. É uma orquestra da nova geração que já tem esse status", completa Jolly.

Foi a partir de sua reestruturação, em 1997, que a Osesp mudou a paisagem da música erudita brasileira. Sua trajetória de sucesso e o impressionante acúmulo de conquistas são consequência de uma injeção vultosa de recursos e de determinante vontade política.

Segundo levantamento do anuário "Viva Música!", publicação de referência sobre a atividade orquestral no país, foram 242 concertos em 2012, para 238.111 pessoas. E, no ano passado, além do corpo fixo de 169 músicos (115 da orquestra e 54 do coro), foram contratados por cachê outros 285.

SÍMBOLO

O maior símbolo da pujança da Osesp é a Sala São Paulo. O lugar onde se ergue, na região central da cidade, era antes um grande hall descoberto, com muitas palmeiras: o jardim da estação ferroviária Júlio Prestes, projetada pelo arquiteto Cristiano Stockler das Neves e inaugurada em 1938.

Em 1999, quando foi reaberto como Sala São Paulo, o espaço tinha recebido projeto acústico sofisticado, com um teto móvel, composto de 15 placas de aço, de 7,5 toneladas cada, recobertas de madeira e movimentadas individualmente por computador para se ajustar à obra musical executada. O projeto ganhou o Architecture Honor Award 2000 nos quesitos de arquitetura, restauração e tecnologia. O prêmio foi conferido pelo Usitt (sigla em inglês para Instituto do Teatro dos EUA).

A Sala São Paulo, porém, representa mais do que uma conquista tecnológica. Sua inauguração deu uma sede própria à orquestra, que vinha de uma trajetória errante, feita de poucos momentos de glória e inúmeros de renúncia, pontuada pelo abandono do poder público e pela aflição dos músicos.

Embora tenha sido seu primeiro regente titular, em sua autobiografia o maestro João de Souza Lima (1898-1982) não a menciona uma única vez. Em dissertação de mestrado, o oboísta Arcádio Minczuk revisita a história da orquestra e encontra o depoimento do spalla Natan Schwartzman: "A verba que o governo estadual preparou para a orquestra [em 1954] foi de apenas um mês. Então nós ainda ficamos tocando dois meses para ver se a Assembleia Legislativa poderia fazer alguma coisa. Depois, ficou todo mundo debandando".

A Osesp de hoje deve muito ao sonho de Eleazar de Carvalho, o maior regente brasileiro. O maestro, porém, não pôde ver a concretização de seus desejos para a orquestra, cujo comando assumiu em 1973. Ele, que lecionou na Universidade de Yale e na Juilliard, e teve entre seus alunos Zubin Mehta, Seiji Ozawa e Claudio Abbado, morreu em setembro de 1996.

O pianista e maestro João Carlos Martins acredita que, se Eleazar estivesse hoje à frente da orquestra, ela "estaria entre as cinco melhores do mundo". No tempo em que a Osesp residiu no teatro Cultura Artística, de 1975 até 1985, houve apresentações memoráveis.

ILustração de Veridiana Scarpelli
ILustração de Veridiana Scarpelli

O primeiro ciclo completo das sinfonias de Mahler e a "Sinfonia Fantástica" de Berlioz, uma especialidade de Eleazar, são evocativos dessa época. Mas, alguns anos mais tarde, a orquestra também chegaria a tocar para seis pessoas em uma antiga sala de cinema, dentro do edifício Copan.

A transformação do cinema em teatro e sede da orquestra ocorreu na gestão Franco Montoro (1983-87), com o secretário da Cultura Jorge da Cunha Lima. A acústica do local era péssima, e o espaço administrativo ficou mais restrito do que na casa anterior. O único equipamento era um telefone, sem linha para ligar para o exterior ou fax. Não havia ar-condicionado.

Em 1988, a Osesp fez ensaios e apresentações nos auditórios dos clubes Hebraica e Paulistano, da escola Caetano de Campos e nas arcadas do largo de São Francisco. Um ano depois, passou a residir no Memorial da América Latina, mas, sem contar com prioridade no uso do auditório, parte dos ensaios passou a acontecer fora dele, até no restaurante do local.

Faltava amor próprio ao conjunto, e muitos viviam dele como se fosse um "bico". Por várias vezes o maestro precisou alterar a programação, especialmente quando havia peças como "Sagração da Primavera", de Stravinsky.

"Os salários dos músicos às vezes atrasavam e eram baixos. Eleazar também tinha dificuldade em ampliar a orquestra -eram poucos os músicos qualificados disponíveis. Por isso havia volatilidade e ele se via obrigado a alterar a programação com peças que não exigissem orquestração completa", explica o trompetista Gilberto Siqueira, que, aos 63 anos e 40 de Osesp, é seu músico mais antigo.

A elegância e a precisão dos gestos de Eleazar e seu profundo conhecimento sobre as obras sempre foram louvados. Mas as dificuldades enfrentadas pela orquestra o consumiam. De temperamento intempestivo, o regente se indispunha frequentemente tanto com os músicos quanto com políticos.

Diante desse quadro, segundo conta o maestro Diogo Pacheco, que foi seu assistente, ele resolveu adotar o pragmatismo. "Quando não se pode fazer o que se deve, deve se fazer o que se pode: ele vivia repetindo essa frase", recorda.

IMPROVISO

O velório de Eleazar de Carvalho marcou o ponto de mutação. A cerimônia foi realizada no Theatro Municipal, com o caixão sobre o palco. Formações sinfônicas revezadas o rodeavam, executando obras de Bach e outros compositores. A certa altura, o trompetista Gilberto Siqueira, num arroubo, discursou de improviso.

"Falei sobre uma coisa muito importante, pela qual o Eleazar havia lutado pela vida inteira e não tinha conseguido conquistar. Até para ser velado ele precisou de uma casa emprestada", lembra Siqueira. "O Municipal, que estava lotado, veio abaixo, como no final de uma ópera." O governador Mario Covas estava presente. Marcos Mendonça, secretário de Cultura à época, estava a seu lado e atesta: "Esse discurso teve uma influência no rumo dos acontecimentos".

O rumo atual é amparado por uma realidade oposta à do período de Eleazar. Com orçamento de R$ 98 milhões anuais, a Osesp, se fosse norte-americana, só ficaria atrás das "big five" (Los Angeles, Boston, San Francisco, Nova York e Chicago).

Desse total, R$ 55 milhões anuais são subvencionados pelo Estado. Além disso, a captação própria de recursos cresceu de R$ 15 milhões, em 2006, para R$ 43 milhões, em 2012, perfazendo o total que sustenta as atividades.

Apresentado aos dados, o editor britânico James Jolly se espanta com a proporção do crescimento. No mesmo momento, orquestras do mundo todo se contraíam: a crise de 2008 fez encolher as doações na Europa e nos Estados Unidos.

Na Grã-Bretanha, a BBC gastou o equivalente a R$ 114 milhões em 2012 para suas cinco orquestras: BBC Symphony, BBC Philharmonic, National Orchestra of Wales, BBC Scottish e BBC Concerto Orchestra. Elas não sofrem as pressões de orquestras independentes, e a venda de ingressos importa menos do que as transmissões.

"É meio arriscado comparar orçamentos, pois cada orquestra tem suas características. A BBC Symphony e a BBC Philarmonic estariam no segundo escalão das boas orquestras internacionais. Mas seu orçamento demonstra que é possível administrar uma boa orquestra com muito menos dinheiro do que muitas fazem", afirma Jolly.

Marcelo Lopes, diretor-executivo da Osesp, rebate: "As comparações com orquestras inglesas são bem impróprias: reconhecidamente são as mais mal pagas da Europa". Além disso, "os impostos sobre salários são bem menores lá do que no Brasil" diz. E acrescenta que o "prestígio" funciona como "facilitador". "Os grandes artistas querem mesmo tocar em Londres e, sabendo da situação, acabam aceitando cachês mais baixos."

De acordo com Lopes, 50% do orçamento da Osesp é gasto com pessoal. Outros 25%, com orçamento artístico -cachês de regentes e solistas convidados (serão 70 em 2014, com valores que variam de US$ 5.000 a US$ 20 mil), passagens, hospedagem. E 8%, com manutenção predial. O restante se distribui em despesas variadas.

Também a captação própria de recursos, que quase triplicou nos últimos sete anos, depende, ainda que indiretamente, do setor público. Lopes afirma que os aumentos foram em grande parte suscitados pelo benefício da Lei Rouanet.

Os projetos incentivados lideram o ranking das fontes de arrecadação. Respondem basicamente pelos gastos das temporadas anuais, turnês e, mais recentemente, do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, gerido pela Osesp desde 2012.

Foram captados, através da Lei Rouanet, R$ 14 milhões para a temporada de 2012; para o festival, foram R$ 3,5 milhões. Os maiores patrocinadores (acima de R$ 100 mil) incluem instituições financeiras, como Banco do Brasil e Credit Suisse, e multinacionais, como Atlas Schindler e Basf.

CONTEXTO

Os custos da orquestra não se devem só aos esforços por excelência, mas ao projeto maior da Osesp, o contexto no qual a orquestra se insere.

As ações educativas, por exemplo, devem atingir, em 2013, 120 mil crianças, por meio dos concertos didáticos e de ensaios abertos. Só até julho foram 38 dessas apresentações, nas quais o público tem acesso a um repertório introdutório e conhece os instrumentos, muitas vezes até subindo no palco. No ano passado, mais de 900 professores receberam capacitação para orientar alunos em sala.

Há também as produções fonográficas. Até hoje a orquestra já gravou 64 álbuns, por selos brasileiros e do exterior. Nesse quadro, têm destaque composições nacionais. A Osesp registrou todo o ciclo dos choros e bachianas de Villa-Lobos e resgatou obras de brasileiros da primeira metade do século passado, como Camargo Guarnieri e Francisco Mignone.

No ano que vem, estreia no prestigiado selo Decca, com um CD que terá obras interpretadas pelo pianista Nelson Freire, sob regência de Marcelo Lehninger, e outro com peças brasileiras regidas por Marin Alsop.

A Osesp também conta com uma editora de partituras, a Criadores do Brasil, lançando uma média de 15 obras de brasileiros ao ano, além do trabalho de recuperação e publicação do repertório nacional.

A busca por uma identidade brasileira da orquestra se reflete também no percentual de apresentações dedicadas ao repertório nacional, que no ano passado bateu os 10%. Para James Jolly, da "Gramophone", é um balanço razoável: "É importante prestigiar a produção local. Duvido que as orquestras inglesas executem o repertório britânico nessa proporção".

Para Arthur Nestrovski, diretor artístico da Osesp desde 2010, a palavra-chave na composição dos programas é "equilíbrio".

"Há um esforço para contemplar os mais variados estilos, períodos e formações musicais ao longo da temporada. Tanto os compositores centrais do repertório -Beethoven, Mozart, Brahms, Tchaikovsky- como os autores do nosso tempo e os compositores do século 20 aparecem regularmente nos programas, assim como os criadores brasileiros, do passado e do presente. Queremos cultivar a tradição e ao mesmo tempo acompanhar a produção atual."

"Nenhuma outra orquestra desse porte toca mais brasileiros do que a Osesp -de longe. Nenhuma faz mais encomendas (pelo menos seis por ano)", acrescenta.

REESTRUTURAÇÃO

Quando a reestruturação da Osesp passou a se desenhar, Marcos Mendonça tinha alguns trunfos no seu currículo de secretário de Estado da Cultura. A reforma da Pinacoteca, empreendida por Paulo Mendes da Rocha, estava em andamento. Um ano antes, o museu havia abrigado a célebre exposição de Rodin, que teve mais de 180 mil visitantes.

Marcelo Lopes, diretor-executivo da Osesp, lembra que o projeto partiu das diretrizes básicas lançadas por Eleazar de Carvalho.

O conceito se erguia sobre duas bases: a requalificação dos músicos e a construção de uma sala de alta qualidade acústica. A esses pilares seria acrescida a institucionalização da Osesp, a partir da criação de uma organização com mais autonomia de gestão. Isso determinou a criação da Fundação Osesp, em 2005, contratada pela Secretaria de Estado da Cultura para gerir a orquestra e seus projetos, como organização social (OS).

O modelo, porém, não é unânime. Para Carlos Augusto Calil, secretário municipal de Cultura entre 2005 e 2012, "as OSs não são uma maravilha, mas funcionam". "No caso da Osesp, o governo do Estado não tem mais uma orquestra: ele a transferiu para uma fundação de direito privado."

No último ano da gestão de Gilberto Kassab como prefeito, Calil criou uma fundação de direito público para administrar o Theatro Municipal. "A diferença é que a fundação é do município, e o Theatro não foi privatizado", pontua. Ele explica que a fundação poderá contratar uma OS para gerir as atividades artísticas, mas o planejamento se mantém na fundação, que agirá como intermediária entre a administração direta e a OS.

Para o secretário de Estado da Cultura, Marcelo Araújo, a fundação "é injustamente criticada como modelo de privatização quando, na verdade, busca agilidade na gestão, na implantação das políticas e diretrizes fixadas pela secretaria".

Segundo ele, a Fundação Osesp se tornou referência de administração cultural para várias outras instituições do país. Hoje todos equipamentos da secretaria funcionam dentro desse modelo. São 25 contratos de gestão com 20 OSs.

MÃO DE FERRO

A consolidação da reestruturação deve grande parte de seu êxito ao perfeccionismo e à mão de ferro do maestro John Neschling, contratado em março de 1997. Acumulando os cargos de regente titular e diretor artístico, ele saiu do zero absoluto, em termos de assinantes, a 11.626 subscritores (hoje são 12.303). O piso salarial, que à sua chegada era de R$ 1.500, está em R$ 10.897.

Tão ou mais lembrada quanto a excelência de Neschling, no entanto, é sua vaidade. Antes de ser contratado, ele já dizia: "Eu não preciso da orquestra, a orquestra é que precisa de mim". Acabou demitido em 2009. Hoje à frente do Theatro Municipal, o regente não quis falar à reportagem. "Neschling é um grande empreendedor, honesto e comprometido, com um conhecimento incrível. É, também, um homem de relacionamento zero", define o veterano Siqueira.

O momento mais delicado do processo foi a requalificação dos músicos, que ocorreu três meses após a contratação de Neschling.

Todos deveriam ser submetidos a exames de seleção. Houve muita oposição e desconfiança, com trocas de acusações de parte a parte. Por fim, dos 97 integrantes da antiga estrutura da Osesp, 68 se inscreveram para as audições, e 44 foram aprovados para integrar a nova orquestra.

A necessidade emergencial à época, de acordo com Arcádio Minczuck, autor de uma dissertação de mestrado sobre a Osesp, era por instrumentistas de cordas.

Por isso, a opção foi realizar audições em países com tradição na formação desse tipo de instrumentista. O momento colaborava: ganhava-se mal no Leste Europeu. Foram feitas audições em Bucareste (Romênia) e Sofia (Bulgária), e 16 músicos foram trazidos.

Hoje, 25% dos instrumentistas da Osesp são estrangeiros -10% da orquestra provém de países europeus; outros 8% são russos.

INCOMPLETO

Carlos Augusto Calil considera a Osesp "um projeto incompleto". "Apesar do alto padrão musical, a orquestra não tem ainda uma identidade brasileira, latino-americana. O seu parâmetro é estrangeiro, reproduzindo a mentalidade colonial, que predomina no país", afirma.

Para o ex-secretário municipal de Cultura, mesmo a relação da agrupação com o entorno é falha.

"O fato de você entrar na sala São Paulo como se fosse em uma fortaleza blindada, com o carro de vidros fechados, mostra que, infelizmente, o poder público não cuidou de promover a integração com o bairro. No entorno, encontram-se algumas das mais importantes instituições culturais da cidade, como a Pinacoteca, o Museu da Língua Portuguesa e o Sesc Bom Retiro, além das duas estações ferroviárias e do parque da Luz."

A Osesp, porém, ressalta sua política de democratização do acesso a suas atividades.

Atualmente, 62% do público da Osesp não paga ingresso ou paga até R$ 15 por uma entrada de concerto.

Em 2012, foram 7 concertos gratuitos da Osesp, 21 de orquestras parceiras, 30 ensaios gerais abertos, 37 concertos fora da Sala São Paulo e 27 do projeto Osesp Itinerante, que levou a orquestra a nove cidades do interior do Estado. As turnês pelo interior ou em outros locais, como o parque Ibirapuera, atingiram um público de 96.788 pessoas. Na fronteira virtual, a Osesp inaugurou os concertos digitais e oferece gratuitamente no seu site (osesp.art.br) download de gravações, podcasts e textos.

A orquestra também atua no campo de formação de músicos. Conta com uma academia com 40 alunos bolsistas, em tempo integral -quatro dos atuais membros da agrupação saíram dela. Além disso, o Festival de Inverno de Campos do Jordão tem um projeto pedagógico para alunos bolsistas -neste ano, foram 144.

Em entrevista à Folha, o executivo Fábio Barbosa, recentemente nomeado presidente da Fundação Osesp, sucedendo Fernando Henrique Cardoso, afirmou que o momento é de consolidação.

"Os horizontes se abriram, na medida em que a orquestra se tornou mais respeitada. No momento estamos definindo as linhas do planejamento estratégico para os próximos anos. Mais ações de educação ou menos? Mais ou menos turnês? Quais iniciativas nos levariam a ter uma orquestra da qual a população e a sociedade se orgulhariam ainda mais?"

MORRIS KACHANI, 44, é repórter especial da Folha.

VERIDIANA SCARPELLI, 34, é ilustradora.


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