Folha de S. Paulo


Em reforma, Museu da Língua Portuguesa reativa relógio e fachadas

As quatro fachadas do museu e o relógio, reativado, concretizaram a primeira fase da reforma do Museu da Língua Portuguesa, entregue nesta quarta (6), com a presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckimin (PSDB), e do secretario de Cultura José Luiz Penna (PV).

A reforma se iniciou após o incêndio que atingiu o prédio, em dezembro de 2015, e cujo controle tardou duas horas. O incidente destruiu o prédio e ocasionou a morte de um bombeiro.

Durante o evento, Alckmin lamentou o incêndio e informou que mesmo partes que não foram destruídas passam pelo restauro, uma vez que "o prédio tem 117 anos".

Na época, as instalações funcionavam sem aval do Corpo de Bombeiros.

"O restauro é muito mais penoso do que uma construção. Tentamos usar o máximo do material que sobrou, mas é muito trabalhoso", explica Penna.

A previsão é que o museu seja reaberto ao público em 2019. Entretanto o secretário e o governador divergem em relação ao mês da possível conclusão das obras.

Para Alckmin, a reforma estará pronta no início de 2019.

Penna, porém, duvida da previsão. "Acho que o primeiro semestre é uma boa [estimativa]. É melhor que tenhamos um prazo mais elástico para evitar ansiedade", diz.

A estrutura museológica também passará por revisões informa Regina Ponte, coordenadora de museus da Secretaria de Cultura. Devem ser destinados R$ 5 milhões a essa parte.

"O incidente nos deu a possibilidade de olhar criticamente para os dez anos de atuação do museu para tentar melhorar pontos negativos", explica Ponte. A "facilidade de fluxo de pessoas" é um dos aspectos a aprimorar que ela destaca.

ORÇAMENTO

Dos R$ 65 milhões estimados para a reconstrução do espaço, cerca de R$ 34 milhões vieram do seguro.

Os outros R$ 36 milhões foram investidos por agentes da iniciativa privada, como Grupo Globo, EDP e Itaú.


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