O diretor de cinema americano James Toback, 72, está sendo acusado de cometer abuso sexual contra mais de 30 mulheres. As denúncias foram veiculadas no jornal "Los Angeles Times".
Segundo os relatos, Toback as atraía se vangloriando de sua carreira no cinema e dizia que poderia torná-las estrelas de cinema. Em seguida, guiava a conversa para assuntos pessoais e fazia perguntas sobre sexo.
Nenhuma delas denunciou os encontros à polícia na época em que aconteceram.
"Ele me disse que nada o agradaria mais do que se masturbar enquanto olhava nos meus olhos", afirmou ao "Los Angeles Times" Louise Post, hoje guitarrista e vocalista da banda de rock independente Veruca Salt. Ela conheceu o cineasta em 1987, quando frequentava a Barnard College.
O cineasta negou as acusações e afirmou ao jornal americano que nunca conheceu as mulheres e que, se o fez, "foi por cinco minutos e não se lembrava".
CARREIRA
Toback é roteirista e diretor desde 1974. Seu filme mais recente, "The Private Life of a Modern Woman", tem Sienna Miller como protagonista e estreou no Festival de Veneza este ano.
Entre seus créditos está o filme vencedor do Oscar "Bugsy" (1991), dirigido por Barry Levinson e protagonizado por Warren Beatty e Annette Bening.
Ele também dirigiu e escreveu "Tyson" (2008), documentário sobre o lutador americano Mike Tyson.
ASSÉDIO SEXUAL
Milhares de mulheres relataram histórias de assédio sexual nas redes sociais com a hashtag #MeToo (#EuTambém) depois que um escândalo similar sobre o produtor Harvey Weinstein surgiu no início de outubro.
Weinstein, de 65 anos, é acusado de abuso e assédio sexual por cerca de 40 atrizes, incluindo Gwyneth Paltrow, Angelina Jolie e Cara Delevingne.
O produtor insistiu que todos os encontros sexuais foram consensuais, mas investigações criminais sobre o caso estão sendo realizadas em Nova York, Los Angeles e Londres.
Bob Weinstein, irmão de Harvey, também foi acusado de assédio sexual. A produtora da série "O Nevoeiro", Amanda Segel, afirmou que ele fazia convites inapropriados e ameaçou demiti-la caso não aceitasse.
O diretor da Amazon Studios, Roy Price, se demitiu da empresa de streaming após ser acusado de assédio pela produtora Isa Hackett e pela atriz Rose McGowan, que afirmou que Price sabia sobre os casos de Weinstein.
