Folha de S. Paulo


'É inaceitável', diz Ben Affleck sobre produtor acusado de assédio sexual

Luke Macgregor/Reuters
O ator Ben Affleck durante a première de 'Batman Batman Vs Superman: A Origem da Justiça' em Londres em março de 2016
Ben Affleck durante a première de 'Batman Vs Superman: A Origem da Justiça' em Londres, em 2016

O ator americano Ben Affleck disse nesta terça-feira (10), em seu Twitter, que está "triste e com raiva" ao saber que Harvey Weinstein abusou de seu poder para "intimidar, abusar sexualmente e manipular diversas mulheres ao longo de décadas".

"Isto é completamente inaceitável, e eu me pergunto o que posso fazer para que isso não aconteça com outras mulheres. Precisamos fazer mais para proteger nossas irmãs, amigas, colegas de trabalho e filhas", disse.

O irmão do ator, Casey Affleck, foi acusado de má conduta sexual, em 2010, por duas mulheres da equipe do filme "Eu Ainda Estou Aqui". Casey negou e o processo nunca chegou aos tribunais, sendo encerrado com um acordo.

Ben

Harvey Weinstein foi demitido no domingo (8) da produtora que dirigia e que leva seu próprio nome após acusações de ter assediado sexualmente mulheres.

Ao menos oito mulheres fizeram denúncias contra o produtor. As atrizes Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow também o acusaram o de assédio sexual.

Outros artistas se manifestaram sobre o caso.

A premiada atriz Meryl Streep falou que as ações de Harvey Weinstein foram vergonhosas, sem desculpas e um abuso de poder. Ela disse ainda que as mulheres que o denunciaram são heroínas.

"Estou cansada da mídia exigindo que apenas as mulheres se pronunciem. E quanto aos homens? Talvez muitos estejam com medo de olhar para o seu próprio comportamento...", disse a atriz Jessica Chastain no Twitter.

Jessica

A atriz Judi Dench, que trabalhou com o produtor nos últimos 20 anos, disse que as acusações são "horríveis" e ofereceu seu apoio às "mulheres que sofreram, e apoio incondicional a quem falou" sobre o assunto.

"É indefensável. Essa é a única palavra", disse o ator George Clooney em entrevista ao site Daily Beast. O produtor ajudou a alavancar a carreira de Clooney com o filme "Um Drink no Inferno" (1996). "O conheço há 20 anos."

A atriz e diretora Lena Dunham prestou depoimento ao jornal americano "The New York Times", e afirmou que "o silêncio de Hollywood só reforça a cultura que impede a mulher de denunciar". No Twitter, disse que a empresa de Weinstein sempre soube dos assédios.

Lena

"Se pronunciar sobre abuso sexual e coerção é assustador e as mulheres não têm nada a ganhar pessoalmente fazendo isso", comentou a atriz Julianne Moore.

Julianne


Endereço da página:

Links no texto: