Folha de S. Paulo


Banda The Cult prevê show curto em noite especial no São Paulo Trip

Divulgação
O vocalista Ian Astbury, da banda inglesa The Cult
O vocalista Ian Astbury, da banda inglesa The Cult

A banda britânica The Cult encerra nesta quinta (21) em São Paulo sua sétima passagem pelo Brasil, que já teve shows em Porto Alegre e Curitiba. Mas hoje a banda encara a apresentação como especial, segundo o guitarrista Billy Duffy disse à Folha.

"Acredito que é a primeira vez do Who no Brasil, não? Isso é muito louco! Pete Townshend sempre me surpreende com a paixão com que ele toca sua guitarra", conta Duffy, que vê na oportunidade de abrir a noite um lado positivo e outro negativo.

"O bom é que, desta vez, vamos tocar para muitas pessoas, em um estádio. O ruim é que será um show mais curto do que costumamos fazer no Brasil. Talvez uma hora. Espero que os fãs entendam."

Surgido na cena independente, o Cult conseguiu sucesso mundial com seu segundo álbum, "Love" (1985), puxado pelo single "She Sells Sanctuary".

Duffy concorda que sua banda foi a primeira daquela cena a enveredar para um som mais pesado.

"Sei que, no começo, éramos da turma alternativa, o público queria ver uma banda de rock gótico, e isso nunca nos deixou confortáveis. Queríamos ser conhecidos como uma banda de hard rock."

Ele enxerga influência do Cult nas bandas grunge, que estouraram na virada para os anos 1990.

"Conheci algumas, ficamos amigos, e é incrível como eles abraçaram o Cult e o lado mais pesado da nossa banda. Nós somos uma espécie de combinação da música independente britânica com a música pesada americana."

Além de seus hits, como "Revolution", "Love Removal Machine" e "Rain", o Cult mostrará no show faixas de "Hidden City", décimo álbum da banda.

Lançado no ano passado, com novas canções escritas por Duffy em parceria com o cantor Ian Astbury, o disco teve ótima acolhida da crítica e dos fãs.

"Não passamos tanto tempo juntos quando não estamos trabalhando, somos homens crescidos, chegando à meia-idade, com nossas famílias, mas acho que temos uma relação forte. Nós escrevemos as músicas juntos, não existe uma que seja a música do Ian ou a música do Billy."


Endereço da página: