Folha de S. Paulo


Com preços salgados, consumo na Cidade do Rock chega a R$ 300

Eduardo Anizelli/Folhapress
RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL, 16-09-2017: Publico aproveita o Rock Street Africa, durante o segundo dia do primeiro final de semana do Festival Rock in Rio, no Rio de Janeiro. (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress, ILUSTRADA)
A procura por produtos da loja oficial do evento tem sido grande, apesar de um boné custar R$ 90

Quem vai à Cidade do Rock tem poucas opções para economizar. Os preços de alimentação e "souvenirs" têm sido criticados.

Uma esfiha no Habib's, por exemplo, sai a R$ 5 (numa loja normal, o valor é de R$ 2,20), enquanto uma pizza brotinho de mussarela na Domino's custa salgados R$ 22 (na loja, o valor é de R$ 15,90).

Para quem vem com a família, os custos podem triplicar. O casal paulistano Rafael, 42, e Patrícia Barros, 48, levou o filho Rodrigo, 13, para curtir Maroon 5 e Shawn Mendes.

Eles disseram estar assustados com os preços do Bob's, onde um combo de sanduíche, batata e refrigerante estava custando em média R$ 30. "Já imaginávamos que a alimentação seria à base de lanches, mas os preços estão um pouco salgados", disse ele.

Fora do espaço gourmet, não há locais onde se possa fazer uma refeição. Comprar bebidas também sai caro. Um copo de 310 ml de água ou uma latinha de refrigerante custam R$ 5. Um copo de mate, tradicional nas praias do Rio, custa R$ 7, e um chope, R$ 12.

Patrícia quis levar uma lembrança da loja oficial do festival, mas desistiu ao ver que a camiseta do Maroon 5 saía a R$ 130 e a da cantora Fergie, a R$ 100. O jeito foi optar por uma camiseta mais barata na loja da Leader Magazine, que custou R$ 40.

Apesar dos preços altos, as lojas oficiais do Rock in Rio –como a principal, que fica no cento da Cidade do Rock– têm grande procura. Os motivos, no entanto, não são estritamente comerciais: o local também é procurado por ser um dos poucos climatizados.

As tradicionais camisetas com a frase "Eu fui" custam R$ 85, enquanto um casaco de moletom sai por R$ 190, e um boné, por R$ 90.

O chinelo de borracha saía a R$ 95, e o body, peça em alta entre o público, R$ 145. A canga, opção para quando bate o cansaço e esticar-se no chão torna-se a melhor alternativa, custa R$ 60.

"Estamos aqui e não tem jeito. Temos que pagar", dizia o engenheiro agrônomo Eduardo Navarro, 40, que comprou um boné para o filho.

A psicóloga Legna Rango, 48, e o empresário Alexandre Rebechi, 53, faziam o cálculo dos custos de um dia de festival com os dois filhos, Thamyres, 15, e Arthuro, 11.

Em pouco mais de uma hora no festival, os gastos já chegavam a quase R$ 600. Somente na loja oficial, gastaram R$ 480, com dois bonés, duas camisetas, uma caneta e um carregador portátil de celular. Tudo isso sem contar o almoço na pizzaria Domino's.

"Eu fui comprar um pizza, mas tive que comprar quatro porque o tamanho é muito pequeno. Viemos para aproveitar, não pagamos barato no ingresso, mas o custo aqui está mais alto do que imaginávamos", disse Rebechi.


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