Folha de S. Paulo


Obra fantástica de Isabel Allende une política e feminismo

Eric Risberg/Associated Press
A escritora chilena Isabel Allende
A escritora chilena Isabel Allende

Em seu terceiro volume, que estará nas bancas no domingo (27), a Coleção Folha Mulheres na Literatura traz a visão de mundo da escritora Isabel Allende no best-seller "A Casa dos Espíritos".

Uma das autoras mais conhecidas da literatura latino-americana contemporânea, a chilena apresenta neste que é o seu romance de estreia os temas de política, feminismo e busca pela liberdade que mais tarde permeariam toda sua produção literária.

Prima do presidente Salvador Allende, morto durante o golpe militar que implantou um período de ditadura no Chile (1973-1990), a autora parte da reconstituição da sua história pessoal para abranger a experiência coletiva.

"Ela gerou empatia ao criar uma narrativa envolvente a partir da sua perspectiva pessoal", afirma o crítico Manuel da Costa Pinto, colunista da Folha e curador da coleção.

Em "A Casa dos Espíritos", lançado originalmente em 1982, Isabel Allende combina magia e realidade ao contar uma saga familiar na qual os destinos das mulheres insubordinadas da família Del Valle se encontram com os abusos de poder do latifundiário e senador Esteban Trueba.

A Casa dos Espíritos
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O romance não apenas alçou a escritora a representante do realismo mágico, ao lado de nomes como o colombiano Gabriel García Márquez e o argentino Júlio Cortázar, como a tornou conhecida mundialmente.

Na década seguinte ao lançamento do livro, a história fantástica que trata dos desafios latino-americanos para deixar o passado para trás foi adaptada para o cinema e conquistou o grande público.

O filme, de 1993, dirigido por Bille August, contava com Meryl Streep, Glenn Close, Jeremy Irons, Antonio Banderas e Winona Ryder nos papéis principais.


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