Folha de S. Paulo


Barão Vermelho apresenta novo vocalista em show neste sábado

Leo Aversa/Divulgação
Fernando Magalhães, Rodrigo Santos, Rodrigo Suricato, Guto Goffi e Maurício Barros
Da esq. para dir. Fernando Magalhães, Rodrigo Santos, Rodrigo Suricato, Guto Goffi e Maurício Barros

O Barão Vermelho mostra ao público paulistano neste sábado (1º) o início de uma terceira fase na carreira da banda. Depois de despontar no cenário do rock brasileiro nos anos 1980, com Cazuza (1958-1990), e atravessar quase três décadas com o guitarrista Roberto Frejat como cantor, agora o microfone principal ganha novo titular, já conhecido do público roqueiro.

Rodrigo Suricato criou em 2009 a banda que leva seu sobrenome, com boa aceitação do público. O Suricato se insere numa espécie de folk rock brasileiro, teve destaque no programa da Globo "SuperStar" e lançou um disco elogiado, "Sol-Te", que ganhou em 2015 o Grammy Latino na categoria melhor álbum brasileiro.

Sem material inédito desde 2004 e se reunindo apenas para shows pontuais, o Barão voltou à estrada oficialmente e já fez quatro apresentações com o novo vocalista. "O objetivo é fazer as principais capitais, para comunicar bem a volta do Barão e, a longo prazo, gravar inéditas", conta Suricato à Folha.

Agora o Barão tem dois integrantes de sua formação original, o baterista Guto Goffi e o tecladista Maurício Barros, e mais dois músicos há muitos anos no grupo, o baixista Rodrigo Santos e o guitarrista Fernando Magalhães.

O convite para Suricato entrar foi feito por Mauricio. Eles ficaram amigos participando do projeto Nivea Rock, no ano passado, com Paula Toller, Paralamas, Nando Reis e Marjorie Estiano.

"Eu me aproximei do Maurício e ele viu minha afinidade com o Barão. É a minha banda brasileira predileta de todos os tempos", celebra.

O tecladista ficou impressionado ao ver que Suricato conhecia muitas músicas do Barão, não apenas os grandes sucessos. "Tive oportunidade de tocar muito essas músicas no início de carreira, na trajetória dos bares. E você pega uma intimidade. Modéstia à parte, eu me sinto muito feliz de estar dentro dessa história e de ser eu ali, e não um crooner. Poderia ser alguém que desempenhasse bem, mas sem grande identificação com as músicas."

"Mal ou bem, as pessoas me conheciam com o Suricato. Mas claro que para cantar no Barão bate um frio na barriga, claro. Quando alguém fala que é uma responsabilidade muito grande, eu respondo que é uma irresponsabilidade muito grande," diz, rindo. "Suceder Frejat na banda que já teve Cazuza, puxa, é preciso ter muita cara de pau", confessa o vocalista.

Como planejou, Rodrigo continua também a trajetória do Suricato. A banda grava agora mais um disco. E ele prepara um projeto com Liminha e Paula Toller.

"Gosto de estar enturmado e produtivo. Tem canção para todo mundo. Me prender em algum lugar é me perder para sempre."

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BARÃO VERMELHO
QUANDO sábado (1º), às 22h
ONDE Tom Brasil, r. Bragança Paulista, 1.281, tel. (11) 4003-1212
QUANTO de R$ 100 a R$ 240
CLASSIFICAÇÃO 14 anos


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