Folha de S. Paulo


Na Holanda, reality da Record teve luta por papel higiênico, sexo e roubo

Antonio Chahestian/Divulgação
Marcos Mion em gravação do reality 'A Casa
Marcos Mion em gravação do reality 'A Casa'

Se o enredo de "A Casa", reality show que a Record estreia na próxima terça (27), for semelhante ao do programa original, exibido na TV holandesa em 2016, o que se anuncia é drama com toques de barbárie.

O teaser do primeiro episódio de "Get The F*uck Out Of My House", nome na versão europeia (algo como "saia da porra da minha casa", em tradução livre), mostra: disputa por papel higiênico, banana sendo comida secretamente no banheiro, briga por uma panela de água, sexo debaixo do lençol, desmaios e conchinhas coletivas (quatro pessoas dormindo enfileiradas em um pequeno sofá).

Os (muitos) conflitos se dão pela convivência absurda de cem pessoas em uma casa planejada para quatro: quatro camas, quatro toalhas, um banheiro (na versão brasileira serão dois).

E aí, se passam poucos minutos até que os participantes comecem a arrancar as cortinas e rasgar o tecido com a ajuda dos dentes para usá-lo como toalha ou lençol.

O líder ganha uma suíte, luxo no contexto claustrofóbico daquela vida, e faz seus decretos rodeado do público atento no meio da sala. Alguém passa servindo café em qualquer tipo de recipiente e ouve reclamações sobre a quantidade da bebida na xícara. Reclamações, aliás, dão o tom da comunicação.

Lá, o valor disputado é menor. São € 100 mil (R$ 372 mil) para abastecer a casa durante o programa e premiar o vencedor —aqui, o valor é de R$ 1 milhão. Durante a estadia, os participantes convivem com armários cheios de mantimentos a preços altos, anunciados na porta: o box com frutas custa € 50 (R$ 186), por exemplo. Uma tela aponta o saldo atual da casa —e quando há um roubo (logo no primeiro dia as câmeras flagram fanfarrões assaltando o armário), a apresentadora anuncia o débito no valor total a todos os participantes. Mais conflito.

Assista ao episódio holandês

"A Casa" é um formato que pertence à Freemantle e o Brasil será o segundo país a levá-lo ao ar. Aqui, o programa será apresentado por Marcos Mion. Serão também cem participantes em um imóvel de 120 metros quadrados. A cada semana há uma eleição para o "dono da casa", que terá uma suíte e escolherá quem vai embora do jogo (ele pode eliminar mais de um). O participante também administra como gastar o valor com compras para a casa. A final será ao vivo, em setembro, e será o único momento em que o público votará.

NA TV
A CASA
QUANDO terças (a partir de 27) e quintas, às 22h30, na Record; 10 anos; exibição na íntegra no R7 Play para assinantes


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