Folha de S. Paulo


Série 'Edifício Paraíso', do GNT, faz humor em cima de brigas de casais

A chef Soraia (Marisa Orth) ganhou um prêmio e não convidou a mulher, Kátia (Chandelly Braz), mais nova, para ir à cerimônia. Deu ruim.

Em determinado momento da briga, que tem até celular jogado pela janela, a corretora de imóveis coloca a música "Pedacinhos" ("Adeus também foi feito pra se dizer"), de Guilherme Arantes.
Kátia diz: "Entendeu?". "Entendi, você é 100% hétero. Se fosse minimante gay teria botado Joanna, Gadú."

Em outros quatro apartamentos, mais quatro casais também começam a brigar, por motivos aparentemente ridículos, com direito a quebrar louça e a engolir uma chave. Tudo com ironias e até escatologias, intercaladas com cenas de sexo.

Tricia Vieira/Divulgação
Fernanda Young e Guilherme Fontes em cena de 'Edifício Paraíso', do GNT
Fernanda Young e Guilherme Fontes em cena de 'Edifício Paraíso', do GNT

É essa discussão de relação ao longo de cinco horas, em uma mesma noite, a premissa de "Edifício Paraíso", nova série de Alexandre Machado e Fernanda Young, que estreia na segunda (5) no GNT.

No elenco da trama de 15 capítulos, dirigida por Pedro Amorim, também estão Tainá Muller e Michel Melamed, Lucy Ramos e Ícaro Silva, Samya Pascotto e Thiago Rodrigues e a própria Young e Guilherme Fontes.

"Toda briga de casal é ridícula", diz Young, sobre o mote da série. "Apesar de inverossímil, a ideia de que no mesmo prédio, numa noite, haja conflitos amorosos é cabível."

Pode até caber essa coincidência, mas, em "Edifício Paraíso", ela acaba sendo repetitiva -e cansativa.

"Nada mais repetitivo do que o amor. A obsessão pela repetição é pertinente para causar esse humor de incômodo e reflexão", defende.

Sobre estereótipos realçados em diálogos, Young diz que as pessoas são estereotipadas. "Hoje as pessoas são tão tão tão chatas, nada pode. Difícil fazer comédia assim."

NA TV
Edifício Paraíso
Quando: seg. a sex., às 23h; 14 anos


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