Folha de S. Paulo


'Messias' do jazz, Art Blakey foi padrinho de talentos do gênero

ORG XMIT: 324301_1.tif **FILE** A 1985 file photo of Art Blakey. Blakey has been honored with a historical marker that will be placed at his boyhood home in Pittsburgh's Hill District. Musicians followed the unveiling ceremony Sunday, Aug. 26, 2007, with nearly two hours of music, including some of the jazz drummer's work. (AP Photo)
O músico Art Blakey em 1985

O baterista americano Art Blakey (1919-1990) comandou por 35 anos o grupo The Jazz Messengers, um dos mais duradouros da história desse gênero. Ele foi praticamente um "ativista" do jazz, divulgando sua música em apresentação entusiasmadas, como se estive em missão religiosa.

Esse lado messiânico de Blakey é destacado no volume número 13 da Coleção Folha Lendas do Jazz, que chega às bancas no próximo dia 11. Mas é necessário lembrar todas as facetas do artista.

Como baterista, Blakey foi um performer furioso. As sete faixas gravadas ao vivo presentes no CD que acompanha o volume da coleção são provas irrefutáveis. A versão de Blakey para "Justice", de Thelonious Monk, é delirante.

Entre os anos 1940 e 1950, ele trabalhou com a nata musical do bebop, como Monk, Dizzy Gillespie e Charlie Parker. Mas foi a partir de 1955, com a criação do Jazz Messengers, talvez o melhor grupo do estilo moderno hard bop, que brilhou seu talento para incentivar novatos e aglutinar talentos em projetos.

A lista extensa de integrantes do Jazz Messengers inclui luminares do gênero. Para citar apenas alguns: os trompetistas Freddie Hubbard e Wynton Marsalis, os saxofonistas Wayne Shorter e Lee Morgan, e os pianistas Keith Jarrett e Horace Silver. Um "dream team" mutante.


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