Folha de S. Paulo


Crítica

Filme de super-heroína é tão bom que parece da Marvel

Divulgação
Mulher-Maravilha [Wonder Woman, Estados Unidos, 2016], de Patty Jenkins (Warner). Gênero: aventura. Elenco: Gal Gadot, Robin Wright, Chris Pine. 3D/ Dolby Atmos ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Cena do filme 'Mulher-Maravilha' de Petty Jenkins

MULHER-MARAVILHA
ELENCO: Gal Gadot, Chris Pine, Robin Wright
PRODUÇÃO: EUA, 2017, 12 anos
DIREÇÃO: Patty Jenkins
Veja salas e horários de exibição.

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O embate entre os fãs das duas maiores editoras de quadrinhos americanas, Marvel e DC Comics, é questão primordial para os nerds.

Cada novo exemplar desse já sólido filão de filmes baseados em HQ é mais um round na briga. Nos últimos anos, a superioridade foi da Marvel, em crítica e em bilheteria.

Mas o confronto fica mais equilibrado a partir desta quinta (1º). Ao sair do cinema, a constatação: "Mulher-Maravilha" não é só o melhor filme de um personagem da DC. É tão bom que parece filme da Marvel. Na verdade, parece melhor do que quase todos os filmes da Marvel.

O trabalho caiu nas mãos de uma diretora. Patty Jenkins teve sucesso precoce, aos 31, com "Monster" (2003). Mas a carreira empacou, restringindo-se a episódios de séries.

Na superprodução, imprime assinatura incomum aos filmes de heróis de gibi. Consegue equilibrar cenas leves de química romântica entre a Mulher-Maravilha e Steve Trevor, espião americano na Primeira Guerra, com sequências de ação empolgantes.

A israelense Gal Gadot é realmente uma maravilha, mas sua contribuição vai além da beleza. Foi uma sacada escalar uma moça de Israel, onde garotas vão para o Exército.

Sua desinibição nas coreografadas cenas de batalha talvez não tenha a ver com o treinamento militar, mas muitos espectadores devem estabelecer essa relação.

Assista ao trailer de "Mulher-Maravilha"

Trailer Mulher Maravilha

"Mulher-Maravilha" tem ação durante a Primeira Guerra, quando a amazona Diana quebra o isolamento de seu ambiente, uma ilha mística habitada só por mulheres, ao encontrar Steve (Chris Pine).

O roteiro ganha pontos numa recriação do início do século passado e propõe com simpatia o estranhamento de Diana diante da Europa.

Claro que o filme rende muita discussão sobre um dos temas da vez, a mulher ganhando poder numa sociedade machista. No caso de Diana, superpoder.

Com ação, humor, romance e personagens charmosos, "Mulher-Maravilha" é provavelmente o início de uma franquia com tudo para dar certo. Antes do segundo filme solo, ela vai se unir aos meninos no aguardado longa da Liga da Justiça. É esperar para ver se Diana poderá colocá-los num caminho mais divertido no cinema.


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