O longa francês "120 BPM", de Robin Campillo, foi escolhido como o melhor longa da competição deste ano do Festival de Cannes, segundo a crítica internacional. O anúncio saiu neste sábado (27).
O prêmio é dado pela Fipresci, entidade que reúne críticos cinematográficos de vários países, e não se confunde com a Palma de Ouro, que é dada pelo júri do festival.
Terceiro longa de Campillo, "120 BPM" remonta a luta dos ativistas do Act Up, grupo de defesa de pacientes soropositivos, no início dos anos 1990. A ficção mostra os militantes batalhando contra a homofobia e o descaso do governo e da indústria farmacêutica.
Fora da competição principal, a Fipresci também premiou "Closeness" e "A Fábrica de Nada".
O primeiro, exibido na mostra Um Certo Olhar, é dirigido pelo russo Kantemir Balagov. Trata do conflito étnico no Cáucaso por meio da história de uma família judia cujo filho caçula desaparece.
"A Fábrica de Nada", do português Pedro Pinho, é um drama de três horas de duração sobre as relações de trabalho numa indústria daquele país. Fez parte da mostra Quinzena dos Realizadores.
O longa "120 BPM" é forte concorrente à Palma de Ouro, embora júri e imprensa nem sempre concordem. No ano passado, o alemão "Toni Erdmann", de Maren Ade, foi o vencedor do prêmio da Fipresci, mas foi ignorado pelos jurados.
A cerimônia de premiação da Palma de Ouro ocorre no domingo (28).
O jornalista GUILHERME GENESTRETI se hospeda a convite do Festival de Cannes