Folha de S. Paulo


Coleção traz Nina Simone entre o jazz e o ativismo

This image released by RadicalMedia/Moxie Firecracker Productions shows a photo of Nina Simone from the documentary
A cantora de jazz Nina Simone

Ela foi uma das maiores cantoras de jazz. E também de soul, rhythm'n'blues, pop, folk, gospel. E grande pianista, com formação em música clássica. E ainda uma compositora inspirada e engajada na luta pelos direitos civis.

Por tudo isso, classificar Nina Simone (1933-2003) de um ícone musical do século 20 não é usar essa palavra de uma forma banalizada.

A história de sua vida é contada no quinto volume da Coleção Folha Lendas do Jazz. O livro-CD chega às bancas no próximo domingo (16).

O disco traz 19 gravações de 1964 a 1967, incluindo sua versão magistral de "I Loves You, Porgy", dos irmãos Gershwin, e quatro músicas de sua autoria: "Take Me to the Water", "See-Line Woman", "Sinnerman" e a polêmica "Mississippi Goddam" sobre a explosão em uma igreja batista que matou quatro meninas negras.

Adolescente que pretendia se tornar pianista de música erudita no fim dos anos 1940, teve de enfrentar as rejeições por causa da cor de sua pele

Desde o primeiro álbum, "Little Girl Blue" (1958), com o sucesso "My Baby Just Cares for Me", cativou o público com sua voz única e um ritmo natural em suas frases.

Depois do engajamento político, nos anos 1960, teve momentos turbulentos em sua vida privada, com problemas financeiros, e deixou os EUA.

Morreu em casa, na França, em 2003, depois de enfrentar um câncer de mama durante alguns anos.


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