Debate que permeou a última edição da MITsp, o tema do racismo e do papel do negro volta ao festival em debates e três peças.
"Branco: O Cheiro do Lírio e do Formol", de Alexandre Dal Farra, investiga o branco na sociedade racista. Usa como metáfora uma família caucasiana que se fecha em casa por medo do que vem de fora.
Dal Farra, que é branco, diz que tentou acessar "esse lado que constitui a gente e é horrível". "Não falamos do racismo da sociedade, mas do lugar onde eu como indivíduo sou racista e não percebo."
Já "A Missão em Fragmentos: 12 Cenas de Descolonização em Legítima Defesa" é um desdobramento da performance "Legítima Defesa", encenada após algumas sessões da MITsp no ano passado.
O grupo de 15 performers e o diretor Eugênio Lima partiram de "A Missão (Lembranças de uma Revolução)", de Heiner Müller, confrontando a peça do alemão com outros textos para desconstruir um pensamento colonizador.
A peça, conta Lima, se transforma num "ringue" de discursos. O elenco, todo de atores negros, se alterna nos papéis –não há protagonista, ou "colonizador". "Cada um está lutando pela sobrevivência."
Em "Black Off", a atriz sul-africana Ntando Cele fala de estereótipos racistas; vestindo-se de branca, assume o "alter ego" Bianca White, comediante e filantropa que julga saber tudo sobre negros.
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BRANCO
QUANDO sex. (17), às 18h; sáb. (18), às 21h, dom. (19), às 20h30
ONDE CCSP, r. Vergueiro, 1.000, tel. (11) 3397-4002
QUANTO R$ 20; 16 anos
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A MISSÃO EM FRAGMENTOS
QUANDO sex. (17) e sáb. (18), às 21h; dom. (19), às 18h
ONDE Auditório Ibirapuera, pq Ibirapuera, portão 2, tel. (11) 3629-1075
QUANTO R$ 20; 16 anos
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BLACK OFF
QUANDO sáb. (18) seg. (20) e ter. (21), às 19h
ONDE Itaú Cultural, av. Paulista, 149, tel. (11) 2168-1777
QUANTO grátis; 15 anos