Será que Hollywood está ouvindo? Um novo relatório que avalia como as mulheres se saíram no cinema em 2016 constatou um aumento de 7% no número de mulheres protagonistas, ante o ano anterior. No entanto, outros indicadores, entre os quais o número total de papéis femininos com falas, sugerem resultados menos positivos.
O Centro para o Estudo da Mulher no Cinema e Televisão, da Universidade Estadual de San Diego, constatou que 29% dos protagonistas entre os 100 filmes de maior bilheteria em 2016 eram mulheres, ante 22% em 2015. Os papéis incluem personagens como Jyn Erso, interpretada por Felicity Jones em "Rogue One: Uma História Star Wars", o filme de maior bilheteria no ano. De modo semelhante, o número de personagens femininos de primeira importância também subiu, de 34% para 37%. O centro descreveu os números sobre 2016 como "pico histórico recente".
Mas o número total de papéis com falas - somando grandes personagens e papéis menores - caiu em 1%. E quando o assunto é a presença nas telas de mulheres minoritárias, os resultados foram ainda mais irregulares. A porcentagem de personagens femininas asiáticas dobrou (para 6%, ante 3% em 2015), e o número de mulheres negras subiu ligeiramente (para 14% ante 13% no ano anterior). Mas o número de personagens interpretados por mulheres latinas caiu ligeiramente, a 3% ante 4% em 2015.
Como estudos anteriores já haviam apontado, em filmes nos quais mulheres eram diretoras ou roteiristas, mulheres interpretaram personagens principais em 57% dos casos. A proporção cai a 18% em produções comandadas por homens.