Folha de S. Paulo


Crítica Filme Na TV

Woody Allen ri da intelectualidade americana como um homem apaixonado em 'Bananas'

No belo ciclo que o Futura está programando dedicado a Woody Allen, "Bananas" (1971, livre, 22h) tem um lugar especial. Ele é, na prática, o segundo filme que dirigiu, e também um dos primeiros a estabelecer com muito humor sobre paradoxos.

Aqui, ele é o sujeito (desajeitado, inútil dizer) que se apaixona por uma ativista política. Não esquecer que estamos num tempo de convulsões. Há o Vietnã, Cuba, guerrilhas na América das bananas (nós, por exemplo).

As jovens ativistas são seres morais. E são belas o bastante para que o rapaz se apaixone por uma delas (Louise Lasser, ainda não é Diane Keaton) o bastante para se dispor a enfrentar os rigores e riscos da guerrilha.

Daí ele tirará muitos motivos para rirmos das revoluções e, com elas, da intelectualidade americana e com ela. Não é para rir: o documentário "O Brasil de Darcy Ribeiro" (2013, 14 anos, Curta, 14h30). de Ana Maria Magalhães.


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