Folha de S. Paulo


Autor português José Luiz Peixoto é o vencedor do Prêmio Oceanos

Patrícia Pinto/Divulgação
O escritor português José Luiz Peixoto
O escritor português José Luiz Peixoto

O escritor português José Luiz Peixoto foi o vencedor deste ano do Prêmio Oceanos, com o romance "Galveias" (Companhia das Letras), anunciou na noite desta terça-feira (6) a organização do troféu literário.

No romance premiado, Peixoto usa suas memórias de infância e conta uma história passada em sua cidade natal, que tem o mesmo nome do livro, na região do Alentejo. A narrativa é disparada pela queda de um meteorito no local.

"É incrível estar numa cidade como São Paulo, com 16 milhões de pessoas, a falar de um lugar que tem mil pessoas. Acho importante que nossos países se conheçam por inteiro. Não posso deixar de dedicar esse prêmio a Essas mil pessoas que estão em Galveias e existem, com sua dose de resistência, às dificuldades do interior de Portugal", disse o autor.

Nas demais colocações, todos os livros eleitos pelo júri do Oceano são de lançamentos do Grupo Companhia das Letras.

"A Resistência", de Julián Fuks, por exemplo, que havia ganhado o Prêmio Jabuti de livro de ficção do ano, ficou em segundo lugar.

Em terceiro, veio "O Livro das Semelhanças", da mineira Ana Martins Marques, uma das vozes mais importantes da poesia contemporânea nacional, mas que não havia figurado entre os 14 finalistas de poesia no Prêmio Jabuti.

"Maracanazo e Outras Histórias", de Arthur Dapieve, ficou em quarto.

O primeiro colocado receberá como prêmio R$ 100 mil; o segundo, R$ 60 mil; o terceiro, R$ 40 mil; e o quarto, R$ 30 mil. O prêmio é promovido pelo Itaú Cultural.

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Entre os dez finalistas, estavam ainda "Escuta" (Companhia das Letras), de Eucanaã Ferraz, "Manual de Flutuação para Amadores" (7Letras), de Marcos Siscar, e "Sermões" (Iluminuras), de Nuno Ramos.

Também concorriam o romance "Uma Menina Perdida no seu Século à Procura do Pai" (Companhia das Letras), de Gonçalo M. Tavares; "Ainda Estou Aqui" (Alfaguara), de Marcelo Rubens Paiva; e "Jeito de Matar Lagartas", de Antonio Carlos Viana.

Morto em outubro deste ano, Viana é um dos homenageados da cerimônia do Oceanos.


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