Folha de S. Paulo


Ouça as dez melhores músicas de Leonard Cohen, morto aos 82 anos

Fred R. Conrad/The New York Times
(NYT) NEW YORK -- Feb. 24, 2009 -- COHEN-MUSIC-4 -- Musician Leonard Cohen during an interview at the Warwick Hotel in New York in February 2009. When Cohen was in a monastery for five years in the 1990s, his manager lost his entire fortune of about $5 million and essentially stole his publishing rights; Cohen won a suit against her in 2005 but has yet to see any money and is reportedly almost broke. Now the 74-year-old will announce a live CD and DVD and a major United States tour that is rumored to include the Coachella festival. (Fred R. Conrad/The New York Times) ORG XMIT: NYT ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Leonard Cohen durante entrevista em Nova York, e 2009

Há pouco mais de uma semana, o crítico da Folha André Barcinski publicou em seu blog no UOL um top 10 com as melhores músicas de Leonard Cohen, morto nesta segunda-feira (10) aos 82 anos. Veja abaixo.

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UM TOP 10 DE LEONARD COHEN

"So Long, Marianne", do álbum "Songs of Leonard Cohen" (1967)

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Até hoje é uma das mais pedidas em shows. Uma homenagem à norueguesa Marianne Ihlen, companheira e musa inspiradora de Cohen em várias canções. Marianne morreu em julho passado, de câncer, aos 81 anos.

"Bird on the Wire", do álbum "Songs from a Room" (1969)

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O maior elogio a essa canção veio do grande Kris Kristofferson, que disse que queria ter um trecho da letra impresso em sua lápide: "Como um pássaro no fio / como um bêbado em um coral da meia-noite / eu tenho tentado, a meu modo, ser livre".

"Chelsea Hotel #2", do álbum "New Skin for the Old Ceremony" (1974)

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Descrição de uma noite quente de amor num quarto do famoso pulgueiro nova-iorquino, casa de músicos, escritores e fashionistas. Anos depois, Cohen revelou que sua companhia naquela noite era a cantora Janis Joplin. Depois, arrependeu-se pela indiscrição e pediu perdão ao "fantasma de Janis".

"The Guests", do álbum "Recent Songs" (1979)

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Música lindíssima de um disco subvalorizado de Cohen, fala de uma misteriosa festa e seus convidados: "Os muitos de coração aberto / e os poucos de coração partido".

"Dance Me To The End of Love", do álbum "Various Positions" (1984)

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No início dos anos 80, Cohen descobriu o sintetizador e sua música incorporou elementos do Europop de cabaré de Serge Gainsbourg. Esse clássico é uma valsa eletrônica, com uma letra das mais românticas de Cohen.

"I'm Your Man", do álbum "I'm Your Man" (1988)

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Se eu tivesse de escolher um disco como o melhor de Cohen seria "I'm Your Man", que traz pelo menos cinco clássicos do repertório do compositor. A faixa-título é uma insinuante cantada em que, para satisfazer a amada, ele se transforma em médico, boxeador, motorista e até sadomasoquista.

"Tower of Song", do álbum "I'm Your Man" (1988)

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Grande letra sobre o misterioso e inexplicável processo da criação artística. Cohen pede ajuda ao lendário cantor country Hank Williams, mas ele não responde, "cem andares acima de mim, na Torre da Canção". Uma obra-prima.

"The Future", do álbum "The Future" (1992)

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Cohen parece falar sobre a perplexidade política e social pós-queda do Muro de Berlim e antevê um mundo caótico, em uma de suas letras mais políticas e irônicas.

"A Thousand Kisses Deep", do álbum "Ten New Songs" (2001)

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Composta em parceria com Sharon Robinson (assim como todas as músicas desse disco), é uma das canções mais bonitas e românticas dos últimos trabalhos de Cohen.

"Treaty", do álbum "You Want it Darker" (2016)

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Canção arrebatadora do mais recente disco de Cohen. Parece falar, novamente, de Marianne Ihlen, "um fantasma" com quem Cohen "nunca mais trocou uma palavra desde que ela partiu".


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