Folha de S. Paulo


Escritora marroquina Leila Slimani recebe Goncourt por 'Chanson Douce'

O Prêmio Goncourt de romance, o mais tradicional da França, foi concedido à franco-marroquina Leila Slimani, 35, por "Chanson Douce" (Editoria Gallimard), anunciou o júri nesta quinta-feira (3).

A história narra a vida de uma babá que mata as duas crianças das quais deveria tomar conta. É baseada na história real de uma dominicana que foi julgada por duplo homicídio em 2012, em Nova York.

No romance, Louise, uma babá "perfeita", torna-se indispensável para a família burguesa parisiense que a contrata, a ponto de quase fazer parte da família. O livro, que se inicia com as palavras "o menino morreu", já está entre os mais vendidos na França.

Slimani, que é mãe de um menino e está grávida, já havia provocado sensação com seu primeiro romance, "Dans le Jardin de l'Ogre", sobre uma ninfomaníaca. Com o segundo livro, ela confirma um estilo claro, direto e aprofunda seu interesse nas áreas sombrias da alma humana.

A escritora é a 12ª mulher a ser honrada com o Goncourt em 112 anos de história do prêmio.

Já o Prêmio Renaudot, avaliado pelo mesmo júri, foi concedido à romancista e dramaturga Yasmina Reza por sua obra "Babylone" (Editora Flammarion).

A categoria ensaio também recompensou uma mulher, Aude Lancelin, pelo livro "O Mundo Livre", no qual acerta as contas com a revista francesa "L'Obs", da qual foi demitida em maio.


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