Folha de S. Paulo


Skank comemora 20 anos do disco que lançou 'Garota Nacional'

Garota Nacional

O Skank já era uma das mais celebradas bandas nacionais dos anos 1990 quando lançou, há 20 anos, seu terceiro disco, "O Samba Poconé".

Repetir o sucesso do álbum anterior, "Calango" (1994) —que vendeu mais de um milhão de cópias graças a uma sequência de hits como "Jackie Tequila", "Te Ver" e cover de "É Proibido Fumar"— seria difícil.
Mas, como o vocalista Samuel Rosa lembrou à plateia do Vivo Rio na noite deste sábado (15), a banda tinha um trunfo, que se tornaria a canção mais popular de sua carreira.

"Havia uma expectativa enorme em relação a esse álbum, que seria de certa forma a prova do segundo disco, apesar de ser o terceiro. E ele começou com o acachapante hit 'Garota Nacional', e aí foi um pulo enorme, porque passou do Brasil para outros países também", disse o cantor para o público que encheu a casa de shows do Aterro do Flamengo, no centro do Rio.

Marco Aurélio Canônico/Folhapress
Skank faz show comemorativo dos 20 anos de
Skank faz show comemorativo dos 20 anos de "O Samba Poconé", no Vivo Rio

A apresentação foi a primeira de uma miniturnê que celebra as duas décadas do campeão de vendas (dois milhões de unidades) que consolidou o quarteto mineiro como uma banda de estádio, para multidões.

"'O Samba Poconé' foi de uma repercussão retumbante em termos de popularidade. Foi um momento até um pouco difícil para nós. A gente começou a viajar muito pelo Brasil e fora do Brasil, 'Garota Nacional' não parava de tocar. E a gente não podia reclamar, afinal de contas era uma coisa com que a gente sempre sonhou, até hoje sonha", disse Samuel.

O show foi também uma chance de lembrar que o álbum "tinha mais assunto do que só 'Garota Nacional'", como afirmou o vocalista antes de cantar "Sem Terra" —uma das muitas canções de temática política que caracterizam a carreira dos mineiros desde o início.

O repertório da turnê comemorativa também resgata pérolas como o reggae "Zé Trindade", homenagem ao humorista da Atlântida, e o acelerado forró "Poconé".

Os mineiros abriram o show com duas do disco mais recente ("Velocia", 2014): o rock "A Noite" e a pop "Do Mesmo Jeito", seguida pela igualmente radiofônica "Uma Canção É pra Isso".

O bloco dedicado a "O Samba Poconé" teve oito das 11 canções do disco. Ele foi aberto justamente pela primeira faixa dele, "É uma Partida de Futebol", outro sucesso de grande magnitude, e foi encerrado pelo terceiro hit gerado pelo CD, a romântica "Tão Seu".

O resto do longo show (28 músicas) foi como sintonizar numa rádio FM: uma imensa sequência de canções populares para o público cantar e gravar com seus celulares.

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SETLIST

"A Noite"
"Do Mesmo Jeito"
"Uma Canção É pra Isso"
"É uma Partida de Futebol"
"Eu Disse a Ela"
"Os Exilados"
"Zé Trindade"
"Sem Terra"
"Poconé"
"Garota Nacional"
"Tão Seu"
"Canção Noturna"
"Ainda Gosto Dela"
"Jackie Tequila"
"Balada do Amor Inabalável"
"Te Ver"
"Acima do Sol"
"Três Lados"
"Vou Deixar"
"Esquecimento"
"Sutilmente"
"Vamos Fugir"
"Amores Imperfeitos"
"Resposta"
"Dois Rios"
"Ela me Deixou"
"É Proibido Fumar"
"Saideira"


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