Folha de S. Paulo


Crítica

'Gran Torino', de Clint Eastwood, é um dos grandes longas do séc. 21

Para o Walt Kowalski de "Gran Torino" (2008, 14 anos, MaxPrime, 22h15) qualquer ser com olhos repuxados é um inimigo. A seus olhos, o oriental não é só um invasor a ser recebido com o racismo de praxe.

Pior, o estrangeiro é a imagem daqueles japoneses cujos automóveis roubam dos americanos a supremacia da indústria automobilística.

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Kowalski (papel de Clint Eastwood) vive na região de Detroit, a ex-meca dos automóveis, e odeia o filho que trabalha para os japoneses.

É, no mais, o orgulhoso proprietário de um Gran Torino de 1972, uma joia e um sinal da decadência americana no ramo.

Nos filmes de Clint Eastwood, porém, nada substitui a experiência.

E Walt Kowalski travará conhecimento com a família oriental que mora na casa ao lado da sua.

Então veremos esse homem idoso transformar-se, pouco a pouco, no contato com esse outro absoluto, com esse fantasma do outro que o habita.

O melhor Clint Eastwood recente e um dos grandes filmes do século 21.

Trailer de "Gran Torino"


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