Folha de S. Paulo


CRÍTICA

Acima da média, 'Chico Xavier' exibe acerto de roteiro e direção

O cinema é um veículo propício às coisas do além, do mundo dos milagres, dos espíritos ou dos fantasmas. Daí "Chico Xavier "" O Filme" (2010, livre, Warner, 22h30) ser um achado.

Existe ali, claro, o elogio do médium, de seu modo de ser, da bondade, da humildade. Mas, se isso é essencial ao filme de Daniel Filho, seu sucesso deriva em grande medida da confrontação clássica entre crença e descrença.

Divulgação
Laura Cardoso e Nelson Xavier em cena de
Os atores Laura Cardoso e Nelson Xavier em cena da minissérie "Chico Xavier", derivada de filme homônimo

Temos, por um lado, uma mãe que busca contato com seu filho (morto, claro) e enfrenta a descrença do pai, que acha tudo isso uma besteira. Inútil dizer quem terá razão: todos sabemos desde o início.

No entanto, a adequação entre o roteiro assinado por Marcos Bernstein e a direção de Daniel Filho é evidente, o que produz um filme acima da média.

Sem falar que a direção de atores –sobretudo a de Nelson Xavier no papel de Chico Xavier, mas não só ele– é muito forte.


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