"Making a Murderer" ganhou sinal verde da Netflix para sua continuação. Em comunicado divulgado nesta terça (19), a empresa de vídeos on-demand confirmou que encomendou novos episódios da série documental.
Lançado no fim de 2015, o programa acompanha a história real de Steven Avery, condenado nos anos 1980 por estupro que não cometeu. Ficou preso por 18 anos, mas foi libertado depois que um exame de DNA provou sua inocência. Avery processou policiais e procuradores do condado de Manitowoc por falhas na investigação e indenização de US$ 36 milhões.
Entretanto, voltou à prisão ao ser acusado pela morte de Teresa Hallbach.
Os dez episódios da primeira temporada apresentaram cenas reais do julgamento de Avery pelo homicídio. Já a continuação deve ter como foco o desgaste emocional das partes envolvidas e o processo do acusado de reverter o veredicto —em janeiro de 2016, Avery pediu à Justiça a anulação do julgamento.
No pedido dirigido à Corte de Apelação de Winsconsin (EUA), Avery afirmou que a decisão do júri foi contaminada por um dos jurados, que falou repetidas vezes que ele era "culpado para c**", além de afirmar aos pares: "Se vocês não conseguem lidar com isto, avisem ao juiz e saiam daqui".
Avery também justificou sua apelação afirmando que a busca das autoridades que produziu provas incriminatórias —como sangue com seu DNA e a chave do veículo de Halbach— foi ilegal. Além disso, ele alega que algumas provas foram plantadas pela polícia a fim de incriminá-lo.