Folha de S. Paulo


crítica/filme na tv

Aura de ameaça permeia marcha de Martin Luther King em 'Selma'

Divulgação
Cena do filme
Cena do filme "Selma - Uma Luta pela Igualdade"

É até possível entender a pequena comoção que "Selma - Uma Luta Pela Igualdade" (2014, TC Pipoca, 14h, 14 anos) provocou nos EUA, ou, ao menos, na seara do Oscar.

Trata-se de reconstituir, ali, a batalha liderada por Martin Luther King Jr. pela igualdade de direitos eleitorais nos EUA. A direção de Ava Duvernay tem como principal mérito, à parte os atores centrais (David Oyelowo, que faz King, em particular), a criação de uma atmosfera forte.

Os momentos que precedem a marcha a Selma ganham aqui uma aura de perigo permanente, de ameaça pesada por parte das autoridades do Alabama. Nem mesmo o Nobel ganho por Luther King Jr. pouco antes da marcha, que se deu em dezembro de 1964, serviu para amenizar esse perigo.

Essa luta, que nos parece obviamente justa, foi um marco na conquista dos direitos civis pelos negros (e, hoje, pelas minorias em geral). Mas o filme é bem quadrado.


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