Folha de S. Paulo


crítica

'Warcraft' é só um 'O Senhor dos Anéis' violento e piorado

assista ao trailer

Assistir a "Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos" não é para qualquer um. São requisitos para a tarefa ter aguentado o terceiro filme de "O Senhor dos Anéis" e ter acompanhado sem dormir a arrastada trilogia "O Hobbit".

Os fãs do jogo que deu origem ao primeiro longa da inevitável franquia "Warcraft" podem reclamar, mas, quem não é fanático –ou seja, gente normal– só enxergará um novo "O Senhor dos Anéis".

Os personagens (ou será melhor dizer "jogadores"?) repetem as "etnias" da obra de J.R.R. Tolkien: humanos, magos e orcs. Em alguns momentos, passam rapidamente na tela orelhudos de cabelos brancos que podem ser elfos, mas isso não fica claro.

O que "Warcraft" tem de diferente é a violência. Muitas vezes tudo fica vermelho de sangue –ou meio esverdeado, já que é dessa cor o que corre nas veias dos orcs.

Bem, eis a história, bem resumida. Liderados por um feiticeiro vilão, Gul'dan, os orcs passam por um portal e invadem a terra dos humanos para conquistá-la.

O rei Llane vai combater os agressores, ajudado por um líder guerreiro, Lothar, e um mago, o guardião Medivh.

Três outros personagens se destacam: Khadgar, aprendiz de feiticeiro, Garona, mestiça humana-orc, e Durotan, o orc "mocinho" da trama, porque perceberá a maldade de Gul'dan e se juntará aos humanos na batalha.

Os atores são praticamente desconhecidos. Os efeitos visuais cumprem o mínimo que se espera de produções assim, com gosto duvidoso. O herói Durotan parece uma mistura barata do bárbaro Conan com o ogro Shrek.

De resto, o filme é diversão rasteira e restrita a adolescentes pouco exigentes.

WARCRAFT - O PRIMEIRO ENCONTRO DE DOIS MUNDOS
DIREÇÃO: Duncan Jones
ELENCO: Travis Fimmel, Paula Patton, Ben Foster
PRODUÇÃO: EUA, 2016, 12 anos
QUANDO: estreia nesta quinta (2)


Endereço da página:

Links no texto: