Folha de S. Paulo


J.K. Rowling critica Trump, mas afirma que ele tem direito de ser intolerante

A escritora britânica J.K. Rowling, criadora do universo mágico de Harry Potter, classificou o provável candidato presidencial republicano Donald Trump como intolerante, após receber o prêmio PEN/Allen Foundation Literary Service Award, em Nova York.

Rowling, que recebeu a honraria por seus esforços no combate a desigualdade e censura, criticou o magnata, que pediu que muçulmanos sejam temporariamente impedidos de entrar nos Estados Unidos.

Mas a autora defendeu o direito de Trump visitar a Inglaterra, apesar da revolta que seus comentários causaram em sua terra natal.

Carlo Allegri/Reuters
A autora J.K. Rowling posa para foto no Lincoln Center, em Nova York, em 2012
A autora J.K. Rowling posa para foto no Lincoln Center, em Nova York, em 2012

"Acho quase tudo que o senhor Trump diz questionável. Considero-o ofensivo e intolerante. Mas ele tem meu apoio total para vir ao meu país e ser ofensivo e intolerante aqui", afirmou Rowling sob aplausos da plateia nesta segunda-feira (16).

Em janeiro, legisladores britânicos debateram uma petição assinada por mais de meio bilhão de seus conterrâneos para proibir a entrada de Trump no país por causa de sua declaração sobre muçulmanos, mas decidiram que o ex-apresentador de reality show deveria ter permissão de visitar a nação para que suas posturas possam ser questionadas.

No ano passado, Rowling escreveu no Twitter que Voldemort, o vilão de "Harry Potter", "não chega nem perto de ser tão ruim" quanto Trump.


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