Folha de S. Paulo


Em estreia, Cotton Project mostra básicos das ruas em versão luxuosa

Uma das sete estreantes desta edição da São Paulo Fashion Week, a Cotton Project apresentou uma coleção despretensiosa.

O diretor criativo Rafael Varandas e o estilista Acácio Mendes se propõem a trazer o universo do skate para um público mais maduro. Sua linha de básicos, batizada de "Essentials" e vendida o ano inteiro, com camisetas em algodão pima, calças de alfaiataria e jaquetas esportivas, compõem os "looks". No lado mais fashion, dividido em estações, casacos, calças e camisas de jacquard, shorts de seda e peças bordadas a mão.

Na história criada pela marca para este verão, duas gangues de rua fictícias se enfrentam: os Troublemakers e os Dangerous do Tourist, uma só de mulheres e uma composta por homens. O empoderamento feminino —tema em alta no momento— é explorado pela Cotton Project quando coloca modelos de atitude para desfilar roupas destinadas para eles.

Apesar de ser uma marca masculina, Varandas conta que adora quando mulheres usam suas peças. Na passarela, meninas e meninos desfilaram. "Não vamos mentir: criamos pensando neles. Mas produzimos uma grade grande para que as mulheres possam usar também". A única peça puramente feminina da coleção é um maiô, criado em parceria com a marca carioca de moda praia Haight.

Minimalista, a Cotton Project desfilou apenas três estampas. Hibiscos, coqueiros e listras foram vistos em peças pontuais como camisas e camisetas. O grande trunfo da marca é apostar em peças básicas, que são transportadas imediatamente para as ruas, e que preenchem um vazio de mercado sem exagerar no preço da roupa. Em sua loja na Rua da Consolação, em São Paulo, a etiqueta varia de R$100 a R$500 reais.


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