Folha de S. Paulo


Músicas do Oasis embalam show solo de Noel Gallagher no Lollapalooza

Noel Gallagher, 48, demonstrou na tarde de domingo (13), no palco principal do Festival Lollapalooza Brasil 2016, que não é mais apenas um cantor. Tornou-se uma instituição do rock.

O sucesso mundial nos anos 1990 como líder, compositor, guitarrista e eventual cantor na banda britànica Oasis deixou o artista acima do bem e do mal. Ao lançar, agora, seus álbuns sozinho, vai aos poucos acrescentando aqui e ali mais pérolas a seu repertório matador, mas sempre será celebrado pelo que fez na antiga banda.

O show no Lolla foi o nítido reflexo do fenômeno. Ele apresentou algumas canções de seu segundo e mais recente disco solo, "Chasing Yesterday", exemplos de sua capacidade de produzir rocks que grudam tanto no ouvido que parecem música pop.

Mas é quando retoma as faixas de álbuns do Oasis que a coisa pega de verdade. Uma música não tão famosa como "Sad Song" já é suficiente para hipnotizar os fãs do Oasis presentes. E o público de Noel é um dos mais misturados do Lolla, em faixa etária e código visual.

Quando a próxima a ser tocada é um hino do britpop como "Champagne Supernova", a plateia vai abaixo. Teve mais Oasis, com catarse na hora de "Wonderwall".

Para encerrar, "Don't Look Back in Anger", aquela que os fãs cantavam de ponta a ponta nos shows do Oasis e continuam afinados nesse coro.

Com tantos hits, Noel se limita um show simples, direto. Confia num sorriso honesto e na força de suas composições. É, simplesmente, o roqueiro com maior domínio de harmonia musical desde um tal de Paul McCartney.


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