Folha de S. Paulo


Ancine estuda tarifa para regulação de streaming, como Netflix e Net Now

John G. Mabanglo - 20.ago.2015/Efe
JGM04 LOS GATOS (ESTADOS UNIDOS), 19/01/2016.- Fotografía de archivo fechada el 20 de agosto de 2015 que muestra el logotipo de la plataforma líder de televisión por internet a nivel mundial, Netflix, en su sede de Los Gatos, California (Estados Unidos), hoy, 19 de enero de 2016. La Compañía presentará hoy, 19 de enero de 2016, sus resultados en el último trimestre de 2015. EFE/JOHN G. MABANGLO ORG XMIT: JGM04
Sediada em Los Gatos, Califórnia, a Netflix será uma das empresas afetadas pela regulação

A Ancine (Agência Nacional do Cinema) deve apresentar até o fim do semestre o projeto de lei que regulamentará os serviços de vídeo sob demanda, como a Netflix e o Net Now. O tema foi abordado nesta sexta (11) pela diretora do órgão, Rosana Alcântara, durante o Rio Content Market, feira de negócios do audiovisual.

Plataformas do gênero movimentaram receitas de R$ 503 milhões no Brasil em 2015, de cordo com dados apresentados pela Ancine.

Inspirada na legislação de países europeus, o novo marco regulatório deverá estabelecer cotas para produções nacionais, criar um novo tributo para as empresas do setor e definir juridicamente o que é vídeo sob demanda, ainda não categorizado pelas leis brasileiras. A previsão é que o texto passe por consulta pública antes de ser submetido ao Congresso.

O projeto ainda em discussão com outros ministérios —entre eles, Casa Civil e Fazenda—, e e o governo "não excluiu nesse debate" a possibilidade de incluir o YouTube entre as plataformas reguladas. O que fica de fora, diz Alcântara, são vídeos pessoais, sem finalidade comercial.

O grupo de trabalho ainda não definiu o valor da taria que será cobrada dos serviços de vídeo sob demanda. Segundo a Ancine, atualmente existem 30 deles no Brasil.

Sobre as cotas, elas devem funcionar tanto para incentivar produções originais como pela compra de direitos de exibição de conteúdo nacional. O marco também estuda a ideia de exigir das plataformas de streaming um espaço de destaque para filmes e séries brasileiras em sua página inicial.

A jornalista GABRIELA SÁ PESSOA viajou a convite da organização do Rio Content Market


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