Folha de S. Paulo


Terceira temporada de 'True Detective' em 2017 ainda é incerta, diz produtor

Fora da programação da HBO para este ano, a terceira temporada de "True Detective" ainda está sendo planejada pelo produtor Steve Colin, também responsável por séries como "Mr. Robot" e "The L World".

Ele é fundador e CEO da produtora Anonymous Content, que tem no catálogo filmes como "O Regresso" e "Spotlight", vencedores respectivamente do Globo de Ouro e do Oscar de melhor filme neste ano.

"Ainda não é oficial. Estamos trabalhando em diferentes ideias, e com sorte teremos algo que gostaríamos de ver no próximo ano", disse à Folha após sua apresentação nesta quinta (10) no Rio Content Market, feira de negócios do audiovisual.

Ele disse que equipe ainda não tem ideia de quem será o elenco ou onde será ambientada a possível nova temporada —em cada ano de "True Detective", mudam a trama e os protagonistas.

A série recebeu 12 indicações ao Emmy no primeiro ano (levou cinco troféus), em que Matthey McConaughey e Woody Harrelson viveram uma dupla de detetives se reencontra para capturar um serial killer.

Já a segunda temporada foi considerada um fiasco pela crítica: Colin Farrell e Rachel McAdams não convenceram em sua investigação envolvendo o mercado imobiliário de Los Angeles.

Golin diz não concordar com as críticas. Para ele, a série foi "interessante da mesma maneira": "Havia muita expectativa".

Em entrevista ao produtor brasileiro Rodrigo Teixeira e ao advogado Rodrigo Salinas, especializado em audiovisual, Golin falou dos desafios de produção e disse que o principal em um projeto é ter um bom roteiro, forte o suficiente para convencer um diretor a embarcar em um projeto. Com cineasta de renome, ele diz, um elenco estrelado vem quase naturalmente.

Sobre "Mr. Robot", sensação de 2015 e melhor série dramática no Globo de Ouro em 2016, ele diz que sempre se entusiasmou pela trama hacker e achou que logo conseguiria investimento dois canais. "Ninguém queria 'Mr. Robot'", contou. Nem mesmo a HBO, que a recusou.

Acabaram vendendo, após resistência da própria equipe, para o USA Network, canal que não integra o primeiro time da televisão americana: "[Parte da equipe] dizia que já precisava de dinheiro para as contas e o aluguel".

A jornalista GABRIELA SÁ PESSOA viajou a convite da organização do Rio Content Market


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