Folha de S. Paulo


Caso O.J. Simpson volta à TV em série com John Travolta e Ross de 'Friends'

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O "julgamento do século", como foi apelidado o do atleta americano O.J. Simpson, não poderia acabar em outro lugar senão na TV. O caso será retratado no seriado "American Crime Story: O Povo Contra O.J. Simpson", que estreia nesta quinta (2) no FX.

A televisão foi um personagem à parte no processo contra a superestrela do futebol americano, também comentarista esportivo. No Brasil, seria comparável ao assédio em torno do assassinato da atriz Daniella Perez, em 1992.

Na época, os EUA acompanharam ao vivo a perseguição ao carro do jogador, foragido após supostamente esfaquear a mulher e uma amiga na mansão do casal em Los Angeles. O veredito que o inocentou, em 1995, foi televisionado para 150 milhões de americanos, 57% da audiência no país.

O circo foi tamanho que os advogados de defesa acabaram se tornando celebridades. Foi ali que Robert Kardashian (papel de David Schwimmer, o Ross de "Friends") ganhou notoriedade, antes de ser reconhecido como o patriarca do clã de Kim Kardashian. Robert Shapiro (John Travolta) acabou aparecendo em filmes, talk shows e séries como "Eu, a Patroa e as Crianças".

O primeiro episódio quase não sai da mansão de Simpson, vivido pelo oscarizado Cuba Gooding Jr. A casa é cercada pela mídia enquanto Kardashian e Shapiro tentam convencê-lo a depor.

"American Crime Story" é a primeira investida do produtor Ryan Murphy –criador do terror "American Horror Story" e vencedor do Emmy pela comédia "Glee"– na onda de séries criminais.

A estreia tem algo do ritmo cerebral de "How to Get Away With Murder" (Sony) e, como "Making a Murderer" (Netflix), estimula a reflexão sobre um crime que abalou o país.

Tudo sem uma gota de violência, promete Murphy. "É sobre um caso violento sem nenhuma violência. O roteiro me pareceu interessante e bastante inteligente", disse ao "New York Times".

NA TV
American Crime Story
QUANDO 22h30, no FX


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