Folha de S. Paulo


'O Bom Dinossauro', da Pixar, inverte lógica do gênero 'garoto e seu cão'

Sabe aquele tradicional gênero do cinema cujos protagonistas são um garoto e seu fiel cachorro, sendo que os dois precisam unir forças para sobreviver a alguma enrascada? A distopia "O Menino e seu Cachorro" (1975), de L.Q. Jones, embute a ideia já no seu título, por exemplo.

Pois "O Bom Dinossauro", nova animação da Pixar que estreia no Brasil nesta quinta (7), inverte a lógica: o bicho é o inteligente e o humano é o "mascote".

Divulgação
Créditos: Divulgação Legenda: Cena de
Cena de "O Bom Dinossauro"

Arlo é um apatossauro do tipo tímido e um pouco covarde que vive com seus pais numa espécie de fazenda. Após um acidente o separar de sua família, ele tem de se virar em meio ao mundo selvagem tendo a seu lado apenas um menino das cavernas de poucos anos que só emite uns grunhidos, feito um bicho.

"Inverter a lógica foi o mais divertido: tinha de achar o menino que existia dentro daquele dinossauro", diz à Folha o diretor do filme, Peter Sohn. "Ainda mais num mundo como o nosso, em que humanizamos os nossos bichos", completa.

Embora tenha sido um "fracasso" de bilheteria nos EUA –o faturamento de US$ 114 milhões é o pior da história da Pixar, "O Bom Dinossauro" é certamente a animação mais rica visualmente da história dos estúdios: não pelos personagens em si, mas pelos cenários.

"É que a natureza é o antagonista de verdade nesse filme", explica a produtora do filme, Denise Ream.


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