Folha de S. Paulo


CRÍTICA

'Que Horas Ela Volta?' perde ao não confiar em seu público

Em "Que Horas Ela Volta?" (2014, 12 anos, TC Premium, 22h), Regina Casé é a empregada nordestina que, por anos e anos, trabalha em São Paulo e ajuda a criar o filho de uma rica família para custear a educação da filha, que mora em Pernambuco.

Ela é uma "pessoa da família". As coisas vão mudar um pouco quando a filha se instalar na casa da família.

O filme assume certa condescendência em relação ao espectador e introduz novidades até aqui ausentes do cinema de Anna Muylaert.

A patroa assume papel de vilã. O que significa: não alguém preso a uma engrenagem de poder, mas movido por determinações pessoais de natureza psicológica.

A desconfiança em relação ao público, entregando-lhe o costumeiro, enfraquece o filme, mas pode ter garantido plateia maior do que costumam ter trabalhos da autora.


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