Folha de S. Paulo


Prêmio Oceanos quer ser Booker Prize da língua portuguesa

A partir de 2016, o Prêmio Oceanos vai expandir seu escopo e se tornar uma espécie de Man Booker Prize da língua portuguesa.

O troféu literário passará a ter entre os concorrentes livros publicados em qualquer lugar do mundo, desde que escritos em português. O anúncio foi feito na noite desta terça (8), por Selma Caetano, curadora do Oceanos, durante a entrega do prêmio —concedido neste ano a Silviano Santiago.

"Está na hora de a literatura em português ultrapassar as fronteiras de seu próprios países", disse ela.

Para ter livros de outros países, a organização do prêmio reuniu um conselho de críticos literários.

Danilo Verpa/Folhapress
PARATY, RJ - 31.07.2014 - 21H30 - PORQUE ERA ELE, PORQUE ERA EU - Silviano Santiago. Mesa com Mathieu Lindon e Silviano Santiago, com mediacao de Paulo Roberto Pires. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, ILUSTRADA)
Silviano Santiago em debate durante a Flip de 2014

No time, estão Antônio Carlos Secchin, Beatriz Resende, Flora Süssekind, Manuel da Costa Pinto, Leyla Perrone-Moisés, José Castello e Lourival Holanda.

A partir desta quarta (9) o conselho já se reúne para começar a viabilizar o prêmio ano que vem.

A curadora do Oceanos ainda não tem detalhes de como vai ser a estrutura do prêmio, mas a ideia é que editoras internacionais de língua portuguesa possam inscrever seus autores.

"Temos que achar um curador de literatura portuguesa e outro de língua africana", diz ela.

Selma diz que fez um levantamento dos inscritos no Portugal Telecom, agora batizado de Prêmio Oceanos, e descobriu que só 17% são de autores fora do Brasil.

"Publica-se poucos portugueses no país. Africanos nem se fala. Queremos aumentar isso", afirma.


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