Folha de S. Paulo


Silviano Santiago leva Prêmio Oceanos por livro sobre descobridor de Cazuza

Um dos maiores críticos literários em atividade no país foi o ganhador do Prêmio Oceanos 2015, primeira edição do troféu literário depois que ele deixou de se chamar Portugal Telecom.

Silviano Santiago teve seu romance "Mil Rosas Roubadas" (Companhia das Letras) eleito o melhor livro do ano. O anúncio foi feito na noite desta terça (8), em cerimônia no Auditório Ibirapuera. Como prêmio, o autor levará R$ 100 mil.

O segundo lugar ficou com "Por Escrito" (Companhia das Letras), de Elvira Vigna. Os demais ganhadores foram, respectivamente: Alberto Mussa, por "A Primeira História do Mundo" (Record), e Glauco Mattoso, por "Saccola de Feira" (NVersos).

Eles receberão, nessa ordem, R$ 60 mil, R$ 40 mil e R$ 30 mil.

Danilo Verpa/Folhapress
PARATY, RJ - 31.07.2014 - 21H30 - PORQUE ERA ELE, PORQUE ERA EU - Silviano Santiago. Mesa com Mathieu Lindon e Silviano Santiago, com mediacao de Paulo Roberto Pires. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, ILUSTRADA)
Silviano Santiago em debate durante a Flip de 2014

No romance premiado com a primeira colocação, Silviano Santiago experimenta com o gênero biográfico ao contar a história e lidar com a perda do produtor musical Ezequiel Neves, morto em 2010, de quem foi amigo íntimo. O produtor era conhecido por ter descoberto Cazuza.

"Dedico esse prêmio ao biógrafo que eu perdi", disse o autor, sobre o produtor Ezequiel Neves.

"Por Escrito", de Elvira Vigna, por sua vez, traz uma narrativa não linear conduzida pela protagonista, que tem como interlocutor o amante.

Já "A Primeira História do Mundo", de Alberto Mussa, faz parte da série de livros em que o escritor conta a história do Rio de Janeiro por meio de seus crimes. O romance trata do primeiro registro formal de um assassinato no país.

"Saccola de Feira", por sua vez, é uma coletânea de sonetos de Glauco Mattoso, com temas variados, indo da infância ao sexo.

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Ano passado, quando se chamava Portugal Telecom, o prêmio literário correu o risco de acabar, quando a empresa de mesmo nome foi vendida para uma telefônica francesa. A partir de então, o troféu literário foi assumido pelo Itaú Cultural.

Diferentemente dos outros anos, desta vez a curadoria e o júri do prêmio não dividiram os livros em categorias.

Elvira Vigna foi o segundo lugar, com "Por Escrito" (Companhia das Letras). O terceiro colocado foi Alberto Mussa, com "A Primeira História do Mundo" (Record). Glauco Mattoso ficou com o quarto lugar, com "Saccola de Feira" (NVersos)


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