Para exibir "Chatô" nos cinemas, o diretor Guilherme Fontes montou a própria distribuidora e afirma que planeja lançá-lo em cerca de 40 salas paulistanas e cariocas no próximo dia 19. Depois levá-lo a outras cidades.
A confirmação, contudo, só sai no início da próxima semana, quando as redes batem o martelo da programação. Na mesma data estreará o blockbuster americano "Jogos Vorazes: A Esperança – O Final".
Segundo Fontes, redes como Cinemark e Espaço Itaú confirmaram a exibição. Procuradas pela Folha, as duas empresas informam que não é bem assim.
A Cinemark diz, via assessoria, que "não vê impedimentos". Mas ressalva: "Como acontece com outros lançamentos, só poderá confirmar o filme na grade e revelar detalhes" alguns dias antes da estreia.
Tom semelhante adota Adhemar Oliveira, diretor de programação do Itaú.
"O obstáculo dele é que irá estrear numa semana cheia de lançamentos", diz Oliveira, que só confirmará na segunda.
Lançando o filme ou não, Fontes tem dívida de R$ 83 milhões, com correção e multas, por ter captado, a partir de 1995, R$ 8,6 milhões de recursos públicos incentivados via leis Rouanet e do Audiovisual.
Falhou em apresentar prestação regular de contas e o "produto final", isto é, o filme.
Esse processo corre no Tribunal de Contas da União. Fontes recorreu, em recurso ainda não julgado.
Em outubro, a Ancine (Agência Nacional do Cinema) informou ao TCU que a cópia do filme entregue à Cinemateca foi reprovada por conter marca d'água.
Fontes diz que pretende entregar uma cópia intacta nesta sexta-feira (13).