Folha de S. Paulo


CRÍTICA

'Pinóquio' deixa criança presa à TV como se tivesse um ímã

OK, Walt Disney sempre foi visto pela esquerda como um inimigo da causa. O que não é de se espantar, já que ele sempre se qualificou como inimigo da causa!

Mas bote uma criança na frente de algum filme que tenha produzido, "Pinóquio" (1940, TC Fun, 15h30, livre), por exemplo, e ela ficará grudada ali, como se o longa tivesse um ímã. Disney conhecia as crianças do seu tempo, mas seus filmes vão além: chegam sossegadamente aos dias de hoje.

Essa permanência do desenho animado da idade de ouro não desmerece, de modo algum, as novas animações. Ambos têm por base o fantástico, a imaginação.

Claro, a de "Pinóquio" toma um empréstimo grande do conto original. Mas paga bem esse empréstimo ao desenvolver a história do boneco que sonhava se tornar um menino de verdade.

Ainda hoje: "Jackie Brown" (1997, Paramount, 0h30, 18 anos), possivelmente o melhor Tarantino.


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