Principais fontes de receita das grifes de moda, os acessórios são tão ou mais importantes que as roupas no portfólio das marcas. As italianas Salvatore Ferragamo e Fendi são exemplos de etiquetas que construíram suas imagens e seus impérios por meio de bolsas e sapatos que adornaram estrelas do cinema como Sophia Loren e Audrey Hepburn (1929-1993).
As duas marcas são destaques do sétimo volume da Coleção Folha Moda de A a Z, que será lançado neste domingo (4), em bancas e livrarias de todo o país.
Ferragamo (1898-1960) criou quatro modelos de calçados que até hoje são reeditados por sua grife e por outras que almejam a popularidade alcançada pelo criador.
O "rainbow", uma sandália entrelaçada em camadas volumosas revestidas de camurça colorida, adornou os pés da atriz Judy Garland.
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| Audrey Hepburn e Salvatore Ferragamo no Palazzo Spini Feroni, Florenca, 1954 |
O sapato Audrey, outro sucesso da marca, foi concebido para outra atriz, Audrey Hepburn, e batizado em homenagem à eterna Bonequinha de Luxo. De salto baixo e de forma afunilada com decote "V", o calçado foi lançado em 1978.
As criações do designer viraram sinônimo de status por sempre estarem nos looks de atrizes de Hollywood, onde Ferragamo iniciou sua trajetória na moda. Até hoje o Museu Ferragamo, em Florença, cidade de fundação da marca, conserva as fôrmas dos pés das atrizes que ele calçou.
Outro ícone italiano, a Fendi é uma marca essencialmente de acessórios e peles, muitas peles.
Primeira grife a adornar as bolsas com partes animais, lançou em 1977 um dos maiores sucessos da indústria da moda, a bolsa baguette.
Silvia Fendi, dona da marca e integrante da terceira geração da família que empresta o sobrenome à etiqueta, concebeu o pequeno acessório, que já foi produzido em mais de 600 versões.
Ao lado do alemão Karl Lagerfeld (também estilista e diretor criativo da Chanel), a Fendi elevou as peles à condição de itens fashion ao borrar de tinta as carcaças de minks e raposas que formam seus casacos e bolsas.